Guilherme Joaquim de Moniz Barreto (Goa, Índia Portuguesa, 1863 — Paris, 1896), conhecido por Moniz Barreto, foi um jornalista e crítico literário.
Faleceu com apenas 33 anos de idade, mas foi por vários autores considerado um dos críticos literários mais destacados de finais do século XIX português. Terá recebido influência de Emile Hennequin (La Critique Scientifique, 1888; tr. Port. 1910) e do positivismo de Hippolyte Taine.
António Sardinha manifestou grande apreço pela critica das ideias e das letras realizadas por Moniz Barreto. Em obediência ao propósito de restaurar no domínio do espírito a fisionomia perdida de Portugal, Barreto foi integrado no grupo de sete autores portugueses contemporâneos de referência do Integralismo (in Nação Portuguesa, 3ª Série, nº 1, 1924, p. XXXII):
Moniz Barreto nasceu em Ribandar, Goa, antigo Estado da Índia, no seio de uma família goesa de ascendência açoriana. Os seus pais faleceram quando era criança e foi entregue aos cuidados da sua avó materna, a Viscondessa de Bucelas. Fez os seus estudos secundários no Liceu Nacional de Goa, tendo lido muito jovem escritores como Vitor Hugo, Lamartine, Byron, Milton e Macauly. Os seus estudos foram realizados em língua inglesa, escapando à forte influência francófona da época. Em 1880, com 15 anos de idade, a conselho do seu tio Tomás de Aquino Garcez Palha, Barão de Combarjua, que no ano anterior tinha sido eleito deputado as cortes pelo circulo de Salcete, partiu para Lisboa, onde irá frequentar o Curso Superior de Letras. Foi aluno de Teófilo Braga, Jaime Moniz, Ferreira Deusdado e Adolfo Coelho. Em Lisboa, conviveu com Guerra Junqueiro, Gomes Leal e João de Deus. Colaborou na Revista de Estudos Livres (1883-1886). Terminado o curso, tornou-se bibliotecário na Câmara Municipal de Lisboa, iniciando actividade como crítico literário em vários periódicos, entre os quais o Jornal de Comércio, a Província, O Repórter, a Democracia Portuguesa e a Revista de Portugal, dirigida por Eça de Queirós, na qual publicou o ensaio "A Literatura Portuguesa Contemporânea" (1889).
No início da década de 1890, não obtendo a docência de História no Colégio Militar, partiu para o Brasil para tentar uma carreira jornalistica, vindo a fixar-se em Paris, em 1894, como colaborador do Jornal do Comércio do Rio de Janeiro. Nesse ano, Silva Gaio dedicou-lhe parte da sua obra Os Novos (1894). Em Paris, convive com Eça de Queirós e António Nobre, e frequenta diversas cadeiras da Universidade de Paris. Moniz Barreto estudou as obras de Hippolyte Taine, Ferdinand Brunetière, bem como de teóricos do romantismo alemão.
Em 1896, faleceu em Paris com apenas 33 anos de idade.
A sua obra dispersa foi coligida em antologias por Vitorino Nemésio (Ensaios de Crítica, 1944), José Adjuto Castelo-Branco Chaves (Estudos dispersos, 1963), Manuel de Seabra, José Tengarrinha:
Faleceu com apenas 33 anos de idade, mas foi por vários autores considerado um dos críticos literários mais destacados de finais do século XIX português. Terá recebido influência de Emile Hennequin (La Critique Scientifique, 1888; tr. Port. 1910) e do positivismo de Hippolyte Taine.
António Sardinha manifestou grande apreço pela critica das ideias e das letras realizadas por Moniz Barreto. Em obediência ao propósito de restaurar no domínio do espírito a fisionomia perdida de Portugal, Barreto foi integrado no grupo de sete autores portugueses contemporâneos de referência do Integralismo (in Nação Portuguesa, 3ª Série, nº 1, 1924, p. XXXII):
- Alberto Sampaio, 1841-1908 (Estudos históricos)
- J. P. de Oliveira Martins, 1845-1894 (Estudos políticos e económicos)
- Ferreira Deusdado, 1858-1918 (Filosofia e história da Filosofia)
- Moniz Barreto, 1863-1896 (Crítica das ideias e das letras)
- Martins Sarmento, 1833-1899 (Estudos antropológicos e arqueológicos)
- Nery Delgado, 1835-1908 (Estudos científicos)
- Rocha Peixoto, 1866-1909 (Estudos etnográficos)
Moniz Barreto nasceu em Ribandar, Goa, antigo Estado da Índia, no seio de uma família goesa de ascendência açoriana. Os seus pais faleceram quando era criança e foi entregue aos cuidados da sua avó materna, a Viscondessa de Bucelas. Fez os seus estudos secundários no Liceu Nacional de Goa, tendo lido muito jovem escritores como Vitor Hugo, Lamartine, Byron, Milton e Macauly. Os seus estudos foram realizados em língua inglesa, escapando à forte influência francófona da época. Em 1880, com 15 anos de idade, a conselho do seu tio Tomás de Aquino Garcez Palha, Barão de Combarjua, que no ano anterior tinha sido eleito deputado as cortes pelo circulo de Salcete, partiu para Lisboa, onde irá frequentar o Curso Superior de Letras. Foi aluno de Teófilo Braga, Jaime Moniz, Ferreira Deusdado e Adolfo Coelho. Em Lisboa, conviveu com Guerra Junqueiro, Gomes Leal e João de Deus. Colaborou na Revista de Estudos Livres (1883-1886). Terminado o curso, tornou-se bibliotecário na Câmara Municipal de Lisboa, iniciando actividade como crítico literário em vários periódicos, entre os quais o Jornal de Comércio, a Província, O Repórter, a Democracia Portuguesa e a Revista de Portugal, dirigida por Eça de Queirós, na qual publicou o ensaio "A Literatura Portuguesa Contemporânea" (1889).
No início da década de 1890, não obtendo a docência de História no Colégio Militar, partiu para o Brasil para tentar uma carreira jornalistica, vindo a fixar-se em Paris, em 1894, como colaborador do Jornal do Comércio do Rio de Janeiro. Nesse ano, Silva Gaio dedicou-lhe parte da sua obra Os Novos (1894). Em Paris, convive com Eça de Queirós e António Nobre, e frequenta diversas cadeiras da Universidade de Paris. Moniz Barreto estudou as obras de Hippolyte Taine, Ferdinand Brunetière, bem como de teóricos do romantismo alemão.
Em 1896, faleceu em Paris com apenas 33 anos de idade.
- 1887 - Oliveira Martins, 1887 (ensaio) - edição de 1892 (eBook);
- 1889 - A Literatura Portuguesa no século XIX , 1889, ed. 1940.
A sua obra dispersa foi coligida em antologias por Vitorino Nemésio (Ensaios de Crítica, 1944), José Adjuto Castelo-Branco Chaves (Estudos dispersos, 1963), Manuel de Seabra, José Tengarrinha:
- Ensaios Críticos, 1944 (ensaios, edição póstuma organizada por Vitorino Nemésio);
- Novos Ensaios, s/d (ensaios, edição póstuma organizada por José Tengarrinha);
- Estudos Dispersos, 1963 (ensaios, edição póstuma organizada por Castelo Branco Chaves).
- Moniz Barreto: sel. e pref. de Manuel de Seabra (Lisboa, Panorama, 1963).
Bibliografia passiva
Refs:
- Fernando Castelo Branco - "Subsídios para o estudo da vida e da obra de Moniz Barreto", in Memorias Academia das Ciências Lisboa, Classe de Letras, 23, 1983.
- António Salgado Júnior, "Barreto, Guilherme Moniz" in Jacinto Prado Coelho (direcção), Dicionário de Literatura, volume 1, pp. 178. Porto: Mário Figueirinhas Editor, 1997 (4ª ed.).
- António Braz Teixeira, "Barreto (Guilherme Moniz)" in Enciclopédia Logos. Lisboa/São Paulo: Verbo, 1989 (reimpressa em 1997).
Refs:
- Carlos Leone, Figuras da Cultura Portuguesa: Moniz Barreto (acess. 17 de Outubro de 2008) Arquivado em 25 de setembro de 2008, no Wayback Machine..
- Pedro Mesquita (22 de outubro de 2013). «Ficha histórica: Revista de estudos livres (1883-1886)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em de abril de 2015
- Guilherme_Joaquim_de_Moniz_Barreto
- https://www.geni.com/people/Guilherme-Joaquim-Barreto-Prof/6000000020253600166
- https://www.instituto-camoes.pt/activity/centro-virtual/bases-tematicas/figuras-da-cultura-portuguesa/moniz-barreto
- ↑ Carlos Leone, Figuras da Cultura Portuguesa: Moniz Barreto (acess. 17 de Outubro de 2008) Arquivado em 25 de setembro de 2008, no Wayback Machine..