Artur da Fonseca Cardoso, 1865-1912
Em 1894, Fonseca Cardoso quis fazer um estudo antropométrico dos soldados do Minho, adquirindo na casa Collin, de Paris, uma "caixa antropométrica" de Paul Topinard (1830-1911). A inspeção a realizar a 800 novos recrutas permitir-lhe-ia iniciar registos antropométricos. Não chegou a realizar esses registos, por ter sido integrado no contingente de 600 militares enviados para Goa combater os Ranes de Satari. Partiram de Lisboa no dia 21 de Outubro de 1895. Será na Índia que Cardoso acaba por fazer os primeiros registos da antropometria portuguesa, seguindo os métodos de Topinard descritos em Éléments d’anthropologie générale and L’Homme dans la nature.
Fonseca Cardoso, capitão do Exército, viria a morrer de malária "na riba adversa de Timor"
Bibliografia
Bibliografia passiva
Fonseca Cardoso, capitão do Exército, viria a morrer de malária "na riba adversa de Timor"
Bibliografia
- 1896 - O Indígena de Satari. Estudo anthropologico (Porto: [n.pub.], 1896); O Indígena de Satari. Estudo anthropológico’, Revista de Sciencias Naturaes e Sociaes, 5 (1897), pp. 7–19.
- 1898 - ‘Anthropologia do povo portuguez. O Minhoto d’ entre Cavado e Âncora’, Portugália, 1 (1898), 23–59.
- 1908 - ‘Anthropologia Portuguesa’, in Notas sobre Portugal, Lisboa: Exposição Nacional do Rio de Janeiro/Imprensa Nacional, 1908, pp. 57–72.
Bibliografia passiva
- 1913 - José Fortes, ‘Nótula biográfica acêrca do capitão Artur Augusto da Fonseca Cardoso’, O Archeologo Português, 18 (1913)
- 1913 - António Mendes Correia, ‘A obra anthropologica de Fonseca Cardoso’, Dyonisos, 1 (1913), 29–32.
- 1934 - Alfredo Ataíde, ‘Fonseca Cardoso e a Antropologia Colonial’, in Trabalhos do 1o Congresso Nacional de Antropologia Colonial, Porto: Edições da 1a Exposição Colonial Portuguesa, 1934, pp. 151–56.
- 2001 - Ricardo Roque, Antropologia e Império: Fonseca Cardoso e a expedição à Índia em 1895, Lisboa: ICS, 2001.
- 2022 - Ricardo Roque, “Equivocal Connections: Fonseca Cardoso and the Origins of Portuguese Colonial Anthropology”, in Bérose - Encyclopédie internationale des histoires de l'anthropologie, Paris. [URL Bérose : article2534.html]
Em 1913, António Sardinha, refere Fonseca Cardoso - "o antropólogo notabilíssimo que desvendou os enigmas entramados da etnogenia portuguesa" (p. 7); "o desenredo clarividente do nosso tipo antropológico" (p. 12) - e Costa Lobo [TP, p. 16 (p. 7)] Nesse ano, António Mendes Correia, publicara o artigo ‘A obra anthropologica de Fonseca Cardoso’, Dyonisos, 1 (1913), 29–32.