Ricardo Severo da Fonseca e Costa (Lisboa, 6 de novembro de 1869 — São Paulo, 3 de abril de 1940). Engenheiro, arquiteto, arqueólogo e escritor.
Filho de José António de Fonseca e Costa e de Mariana da Cruz de Fonseca e Costa, nasceu em Lisboa, numa família enriquecida por negócios em Angola, onde seu pai era fornecedor de caravanas e expedições militares. Mudou-se ainda criança com a família para a cidade do Porto, onde fez o ensino secundário na Escola Académica do Porto, tendo Rocha Peixoto e Basílio Teles como colegas.
O seu interesse pelo estudo das raízes étnicas do povo português cresceu no contacto com os trabalhos arqueológicos de Carlos Ribeiro, levando-o a participar em 1880 no 9º Congresso Internacional de Arqueologia Pré-histórica e Antropologia, em Lisboa.
No ano lectivo de 1884-85 matriculou-se no curso de Engenharia Civil da Academia Politécnica do Porto, onde recebeu por duas vezes o prémio de melhor aluno do seu curso. Obteve o diploma de engenheiro civil em Obras Públicas (Novembro de 1890) e de Minas (Março de 1891). O ensino naquela Academia era sobretudo de carácter técnico-científico, lecionando-se apenas ciências naturais e exactas, em ambiente dominado por um cientismo positivista.
Em 1886 publicou na Revista de Guimarães o seu primeiro artigo, em colaboração com Fonseca Cardoso e com comentários de Martins de Sarmento, a propósito de uma escavação arqueológica na ‘Cividade de Bagunte’, local de um povoado fortificado da Idade do Ferro que conheceu e explorou durante as suas visitas a uma propriedade familiar próxima.
Em 1888, com 19 anos, publicou a sua primeira obra individual, Paleoethnologia portugueza, ensaio crítico sobre o arqueólogo francês Émile Cartailhac.
Veio a estabelecer-se no Brasil como sócio do construtor Ramos de Azevedo, que realizou grandes obras de engenharia em São Paulo nas primeiras décadas do século XX.
António Sardinha, apesar de se ter reconvertido ao Catolicismo e à Monarquia em 1913 - afastando-se, por via da filosofia e sociologia de São Tomás de Aquino, do vincado positivismo e cientismo de republicanos como Ricardo Severo, em busca das raízes étnicas da nação portuguesa, escreverá em "A Herança de Garrett" (1918): "E atrás de Santos Rocha vem a Portugália, - verdadeiro pergaminho da nossa nobreza de povo. Lembro o ardor de Rocha Peixoto, curvo-me à desilusão de Ricardo Severo! Depois da Citânia, - necrópole minhota a que é preciso subir, para se rezar ao sol de Deus a oração da Raça! -, desenterram-se os castros do Norte, - encadeia-se a sua sociabilidade rude com os esplendores longínquos de Tirynto e de Mycenas. Se Herculano escrevera quase definitivamente a história do nosso municipalismo, o prefácio da nossa história escreviam-no esses pacientes e inspirados trabalhadores."
Cronologia
BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA PASSIVA
Refs.
Filho de José António de Fonseca e Costa e de Mariana da Cruz de Fonseca e Costa, nasceu em Lisboa, numa família enriquecida por negócios em Angola, onde seu pai era fornecedor de caravanas e expedições militares. Mudou-se ainda criança com a família para a cidade do Porto, onde fez o ensino secundário na Escola Académica do Porto, tendo Rocha Peixoto e Basílio Teles como colegas.
O seu interesse pelo estudo das raízes étnicas do povo português cresceu no contacto com os trabalhos arqueológicos de Carlos Ribeiro, levando-o a participar em 1880 no 9º Congresso Internacional de Arqueologia Pré-histórica e Antropologia, em Lisboa.
No ano lectivo de 1884-85 matriculou-se no curso de Engenharia Civil da Academia Politécnica do Porto, onde recebeu por duas vezes o prémio de melhor aluno do seu curso. Obteve o diploma de engenheiro civil em Obras Públicas (Novembro de 1890) e de Minas (Março de 1891). O ensino naquela Academia era sobretudo de carácter técnico-científico, lecionando-se apenas ciências naturais e exactas, em ambiente dominado por um cientismo positivista.
Em 1886 publicou na Revista de Guimarães o seu primeiro artigo, em colaboração com Fonseca Cardoso e com comentários de Martins de Sarmento, a propósito de uma escavação arqueológica na ‘Cividade de Bagunte’, local de um povoado fortificado da Idade do Ferro que conheceu e explorou durante as suas visitas a uma propriedade familiar próxima.
Em 1888, com 19 anos, publicou a sua primeira obra individual, Paleoethnologia portugueza, ensaio crítico sobre o arqueólogo francês Émile Cartailhac.
Veio a estabelecer-se no Brasil como sócio do construtor Ramos de Azevedo, que realizou grandes obras de engenharia em São Paulo nas primeiras décadas do século XX.
António Sardinha, apesar de se ter reconvertido ao Catolicismo e à Monarquia em 1913 - afastando-se, por via da filosofia e sociologia de São Tomás de Aquino, do vincado positivismo e cientismo de republicanos como Ricardo Severo, em busca das raízes étnicas da nação portuguesa, escreverá em "A Herança de Garrett" (1918): "E atrás de Santos Rocha vem a Portugália, - verdadeiro pergaminho da nossa nobreza de povo. Lembro o ardor de Rocha Peixoto, curvo-me à desilusão de Ricardo Severo! Depois da Citânia, - necrópole minhota a que é preciso subir, para se rezar ao sol de Deus a oração da Raça! -, desenterram-se os castros do Norte, - encadeia-se a sua sociabilidade rude com os esplendores longínquos de Tirynto e de Mycenas. Se Herculano escrevera quase definitivamente a história do nosso municipalismo, o prefácio da nossa história escreviam-no esses pacientes e inspirados trabalhadores."
Cronologia
- 1869-11-06 - Nasce em Lisboa.
- 1880 - Participa em Lisboa no 9º Congresso de Antropologia e Arqueologia Pré-histórica.
- 1880/1883 - Edita, em parceria com Alberto Ortigão Miranda, o jornal semanal O Instrutivo.
- 1884/1891 - Forma-se em engenharia civil de obras públicas e em engenharia civil de minas, pela Academia Politécnica do Porto.
- 1886 - Publica o artigo "Notícia arqueológica sobre o Monte da Cividade", em parceria com Artur da Fonseca Cardoso, na Revista Guimarães, editada pela Sociedade Martins Sarmento
- 1887/1898 - Participa da criação da Sociedade Carlos Ribeiro (1888-1898), com a missão de divulgar estudos nas áreas da Antropologia, Arqueologia, Etnologia, Geologia e Botânica.
- 1890/1898 - Participa da criação da Revista de Ciências Naturais e Sociais, da Sociedade Carlos Ribeiro.
- 1890 - Publica o artigo "Primeiros vestígios do período neolítico na província de Angola", Revista de Ciências Naturais e Sociais.
- 1892 - Vive na cidade de São Paulo.
- 1892 - Publica o artigo "Museu Sertório", no jornal Correio Paulistano.
- 1892 - É auxiliar no escritório do arquiteto Ramos de Azevedo.
- 1892 - É chefe da seção construtora do Banco União de São Paulo.
- 1895/1897 - Volta a viver na cidade do Porto.
- 1898-09-01 - Assina o "Prospecto" de abertura da revista Portugália - materiais para o estudo do povo português, de que é diretor e proprietário (1899-1908). Aí se pode ler: "Admitida a nação portuguesa actual como um organismo étnico com vida própria independente - com razões de ser de ordem etnológica e histórica - procura-se estuda-lo por todos os seus aspectos, definindo a natureza e relações dos próprios elementos, a psicologia e mesologia da sua vida orgânica e habitat, acentuado os caracteres específicos que formam e explicam actualmente os tipos nacionais." (Ricardo Severo in "Prospecto" de Portugalia, tomo I, 1899, negritos acrescentados)
- 1899 - Fonseca Cardoso publica na revista Portugalia o artigo O Minhoto d'Entre o Cavado e Ancora (Portugália, tomo I, Porto, 1899, 23-56).
- 1900 - Realiza o projeto da residência da família Severo - Casa do Porto.
- 1900 - Dedica-se a pesquisas arqueológicas.
- 1908 - Instala-se definitivamente em São Paulo.
- 1908 - É convidado por Ramos de Azevedo para associar-se ao Escritório Técnico F. P. Ramos de Azevedo
- 1908 - Participa da fundação do Centro Republicano Português.
- 1908/1940 - Participa da fundação e é diretor da Companhia Iniciadora Predial, em sociedade com Ramos de Azevedo, Frederico Vergueiro Steidele Arnaldo Vieira de Carvalho, uma empresa financiamento imobiliário que constrói residências de aluguel e financia a construção de residências particulares
- 1909/1928 - É secretário e inspetor escolar do Liceu de Artes e Ofícios
- 1910 - Participa da fundação da Companhia Cerâmica Vila Prudente, com Ramos de Azevedo, Emilio Falchi, Nicola Puglise Carboni, Menotti Falchi e Rodolpho Crespi.
- 1911 - Participa da Sociedade dos Arquitetos e Engenheiros de São Paulo, com Ramos de Azevedo, Victor Dubugras, António Francisco de Paula Souza (1843-1917), Adolfo Augusto Pinto (1856 - 1930), Alexandre Albuquerque, Victor da Silva Freire (1869-1951)
- 1911 - Associa-se ao Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP)
- 1911 - Realiza a conferência Culto à Tradição, no IHGSP.
- 1911-07-22 - Origens da Nacionalidade Portuguesa, Terceira conferencia da serie organisada pelo Gremio Republicano Portuguez, em S. Paulo, realisada no Instituto Historico e Geographico de S. Paulo, em 22-VII-1911. Lisboa, Clássica Editora, 1912 [ 1911_-_ricardo_severo_-_origens_da_nacionalidade_-_ed_1912.pdf (exemplar com assinatura de posse de Fernando Pessoa - https://bibliotecaparticular.casafernandopessoa.pt/3-93MN ]
- 1912 - Participa da fundação da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria e Arte e da Sociedade de Cultura Artística de São Paulo.
- 1914 - Realiza a conferência A Arte Tradicional no Brasil, na Sociedade de Cultura Artística.
- 1916 - Projeta a residência de Júlio de Mesquita, em estilo tradicional.
- 1916 - Realiza o projeto do Palacete Numa de Oliveira
- 1916 - Publica o artigo Arquitetura Velha, na revista A Cigarra
- 1916/1918 - É presidente da Revista do Brasil, idealizada por Júlio de Mesquita
- 1920 - Participa da fundação do Clube Português
- 1920/1924 - Realiza o projeto da Casa Lusa
- 1921 - Realiza o projeto da Casa Praiana, no Guarujá, São Paulo
- 1922 - Publica o artigo "Da Arquitetura Colonial no Brasil: arqueologia e arte", no jornal O Estado de S. Paulo
- 1922 - Participa do júri da 1ª Exposição Geral de Belas Artes, no Palácio das Indústrias
- 1922/1923 - Responsável pela construção, no Brasil, do Pavilhão das Indústrias Portuguesas para a Exposição Internacional das Comemorações do Centenário da Independência, cujo projeto é dos irmãos Carlos e Guilherme Rebelo de Andrade, arquitetos portugueses.
- 1926 - Realiza vários projetos: Beneficência Portuguesa de Campinas, São Paulo; Banco Português; edifício-sede da Sociedade de Cultura Artística de São Paulo (não construído); Casa José Moreira, no Rio de Janeiro; Beneficência Portuguesa de Santos, São Paulo; Estádio de São Januário, no Rio de Janeiro
- 1926 - Concede a entrevista "Arte Colonial III", para o jornal O Estado de S. Paulo.
- 1928 - Com a morte de Ramos de Azevedo assume a direção ao lado de Arnaldo Dumont Villares (1888-1965) do Escritório Técnico de F. P. Ramos de Azevedo - Severo & Villares e Cia Ltda.
- 1928/1940 - É diretor do Liceu de Artes e Ofícios
- 1929 - Participa do concurso para o projeto do Palácio do Congresso do Estado de São Paulo, obtendo o 2º lugar
- 1929 - Realiza o projeto de restauração da Igreja da Ordem Terceira do Carmo
- 1930/1937 - Participa da criação e é diretor presidente da Revista Portuguesa, do Clube Português e da Câmara Portuguesa de Comércio de São Paulo, que conta com J. P. da Silva Porto, Antonio Sampaio, Rodolfo Pinto Couto, Marques da Cruz, João Sarmento Pimentel, José Luis Archer, João Gil Junior, Manuel Vaz de Carvalho e António de Almeida de Eça na diretoria e na redação
- 1932 - No evento Conferências Vicentinas, em comemoração ao IV Centenário da Fundação de São Vicente, São Paulo, realiza a conferência Origens e fatos da expansão portuguesa no Brasil até 1530, como representante da Academia de Ciências de Lisboa
- 1932 - Realiza o projeto da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco
- 1932 - Recebe homenagem da colónia portuguesa
- 1933 - Recebe o título de sócio-honorário do IHGSP
- 1938 - O escritório passa a se chamar Severo & Villares Cia Ltda.
- 1938 - Publica o artigo "A Casa da Faculdade de Direito de São Paulo 1634-1937", na Revista da Faculdade de Direito de São Paulo
- 1939/1940 - Realiza o projeto da Casa Rui Nogueira.
- 1940-04-03 - Falece em São Paulo.
- 1969 - Recebe homenagem na Academia Paulista de Letras, pelo centenário de seu nascimento.
- 1969 - São lançados os livros Homenagem a Ricardo Severo e Homenagem a Ricardo Severo: centenário do seu nascimento 1869-1969
BIBLIOGRAFIA
- 1886 - "Notícia arqueológica sobre o Monte da Cividade". Revista de Guimarães. Guimarães, vol.3, fasc. 3, 1886, pp. 137-141;
- 1888 - Paleoethnologia portugueza: les ages préhistoriques de l'Espagne et du Portugal de M. Émile Cartailhac. Porto, Typographia Occidental, 1888;
- 1889-95 - Revista de sciencias naturaes e sociaes: publicação trimestral (orgão dos trabalhos da Sociedade Carlos Ribeiro). Porto: Typographia Occidental, 1889-1895;
- 1890 - "Primeiros vestigios do periodo neolithico na provincia de Angola". Revista de sciencias naturaes e sociaes. Porto, vol. 1, n.° 4, 1890, pp. 152-161;
- 1893-94 - Um vaso romano de barro, in Rev. de Sc. Nat. e Soc., t. 1, 1893-94, pag. 130, 1 grav.
- 1899-1908 - Portugalia - materiais para o estudo do povo português. Porto, Imprensa Portuguesa, 1899-1908;
- 1899 - Estatueta romana de Soutello. 1899, 4 pags., 1 phototipia.
- 1900 - Ex-voto de bronze de Soutello d'Arnota, 1900, 12 pags., 1 phototipia, 3 gravs.
- 1900 - Noticia da estação romana da quinta da Ribeira em Tralhariz. 1900, 8 pags., 3 gravs.
- 1903 - As necropoles dolmenicas de Traz-os-Montes. 1903, 52 pags., 16 est. lithogr., 20 grav.
- 1905 - Thesouro de Lebução (ourivesaria pre-romana). 1905, 16 pags. 1 phot., 1 chromolith. e 3 gravs;
- 1905 - Os torques de Almoster, 4 p., 1 phototipia, 12 gravs.
- 1905 - Os braceletes d'ouro de Arnozella, 12 p.
- 1905 - Novas descobertas de ourivesaria proto-historica, in Portugalia, t. II, p. 109.
- 1905 - O cemitério romano de Monte de Penouço (Rio Tinto), in Portugalia, t. II, pag. 111, 6 gravs.
- 1905 - Tres inscripções funerarias ineditas do Monte de Penoug', in Portugalia, t. Il, pag. 126, 3 gravs.
- 1906 - O Mercurio de Casal-Comba. 1906, 12 p., 1 phototipia, 2 gravs.
- 1906 - O Castro de Villarinho de Cotas, 12 p., 22 gravs.
- 1907 - Necrópoles lusitano-romanas de inumação, 12 p.
- 1911 - Origens da nacionalidade portugueza, Terceira conferencia da serie organisada pelo Gremio Republicano Portuguez, em S. Paulo, realisada no Instituto Historico e Geographico de S. Paulo, em 22-VII-1911. Lisboa, Clássica Editora, 1912; 2.ª ed. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1924;
- 1931 - A sciencia náutica portuguesa e o descobrimento do Brasil. São Paulo, Centro Republicano Português, 1931;
- 1932 - Origens e factos da expansão portugueza no Brasil até 1530: quarto centenário da Fundação de S. Vicente. São Paulo, Casa Duprat.
BIBLIOGRAFIA PASSIVA
- 1912 - J. M. Esteves Pereira e Guilherme Rodrigues, Dicionario Historico, chorografico, heraldico, biographico, bibliographico, numismático e artístico. Lisboa, vol. VI, João Romano Torres, 1912;
- 1932 - Carlos Malheiro Dias, Homenagem a Ricardo Severo. São Paulo, Companhia Melhoramentos, 1932;
- 1960 - Mário Cardoso, "Cartas de Ricardo Severo para Martins Sarmento". Revista de Guimarães. Guimarães, vol. 70, fasc. 1-2, 1960, pp. 5-20;
- 1985 - Domingos de Pinho Brandão, A Citania de Sanfins na história da arqueologia portuense. Paços de Ferreira, Câmara Municipal de Paços de Ferreira, 1985;
- 1992-1993 - Fernando A. Rodrigues Coimbra, "Ricardo Severo e o desenvolvimento da Arqueologia no Porto". Portvgália. Porto, Nova série, vols. XIII-XIV, 1992-1993, pp. 307-314;
- 1999 - Carlos Fabião, "Um século de Arqueologia em Portugal". Al-Madan, Almada, II série, n.° 8, 1999, pp. 104-126;
- 2007 - Joana Mello, Ricardo Severo, da Lusitânia ao Piratininga: da arqueologia portuguesa à arquitectura brasileira, 1.ª ed. Porto, Dafne, 2007;
- 2011 - Carlos Fabião, Uma História da Arqueologia Portuguesa: das origens à descoberta, Lisboa, CTT - Correios de Portugal, 2011.
Refs.
- https://pt.wikipedia.org/wiki/Ricardo_Severo
- Pelaes Mascaro, L., Bortolucci, M. Ângela, & Lourenço, J. M. (2017). "Ricardo Severo, Raul Lino e os Movimentos Tradicionalistas". Convergência Lusíada, 22(25). Recuperado de https://convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/69 [https://convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/69/69]
- Francisco Miguel Araújo, "Ricardo Severo (1869-1940)" in Dicionário de Historiadores Portugueses: da Academia Real das Ciências ao final do Estado Novo.