João Ameal
João Ameal [João Francisco de Barbosa Azevedo de Sande Aires de Campos] (Coimbra, 1902 – Lisboa, 1982) Historiador, escritor, político, jornalista e professor.
João Ameal teve um sinuoso percurso político, movendo-se entre vários esteios de relações e de projectos políticos. Identificado com o ideário monárquico tradicionalista e inicialmente próximo do Integralismo Lusitano, virá no entanto a ser um seu destacado e problemático aderente, logo depois dissidente (1919-20), de novo aderente (início dos anos 30) e por fim dissidente (depois de 1933).
Ao eclodir a questão dinástica (1919-1932) - os integralistas desligaram-se da obediência a D. Manuel II - João Ameal mudou-se então para o campo dos monárquicos manuelistas, fundando com Alfredo Pimenta a Acção Realista Portuguesa onde irá assumir a direção do seu diário, a Acção Realista. Nesse período de divisão entre tradicionalistas, à semelhança de Fernando Campos e ao contrário de Alfredo Pimenta, Ameal procurou manter boas relações com António Sardinha (1887-1925).
No período do estabelecimento do Estado Novo (1930-1933), colaborou com Hipólito Raposo e Almeida Braga na revista Integralismo Lusitano – Estudos Portugueses e acompanhou inicialmente os integralistas Alberto de Monsaraz e Francisco Rolão Preto no Nacional-Sindicalismo em defesa do projecto constitucional municipalista que fora apresentado pelo general Gomes da Costa em 1926.
Em Julho de 1930, Oliveira Salazar começou por defender uma representação nacional idêntica à que fora defendida pelo general Gomes da Costa mas, em 1932, optou pelo modelo fascista do partido único da União Nacional. João Ameal mudou-se então para o campo do Salazarismo, acompanhando Manuel Múrias na cisão que levou à criação da Acção Escolar de Vanguarda, vindo a tornar-se um dos principais ideólogos do novo regime. Foi o autor do cartaz Decálogo do Estado Novo, de 1934, e, nesse mesmo ano, foi indicado por António Ferro para a secção portuguesa dos efémeros Comitati d'Azione per l'Universalità di Roma (CAUR). Foi depois secretário-geral adjunto da Liga de Acção Universal Corporativa (1935), deputado à Assembleia Nacional (entre 1942-1953) e procurador à Câmara Corporativa (entre 1957-1961).
João Ameal teve um sinuoso percurso político, movendo-se entre vários esteios de relações e de projectos políticos. Identificado com o ideário monárquico tradicionalista e inicialmente próximo do Integralismo Lusitano, virá no entanto a ser um seu destacado e problemático aderente, logo depois dissidente (1919-20), de novo aderente (início dos anos 30) e por fim dissidente (depois de 1933).
Ao eclodir a questão dinástica (1919-1932) - os integralistas desligaram-se da obediência a D. Manuel II - João Ameal mudou-se então para o campo dos monárquicos manuelistas, fundando com Alfredo Pimenta a Acção Realista Portuguesa onde irá assumir a direção do seu diário, a Acção Realista. Nesse período de divisão entre tradicionalistas, à semelhança de Fernando Campos e ao contrário de Alfredo Pimenta, Ameal procurou manter boas relações com António Sardinha (1887-1925).
No período do estabelecimento do Estado Novo (1930-1933), colaborou com Hipólito Raposo e Almeida Braga na revista Integralismo Lusitano – Estudos Portugueses e acompanhou inicialmente os integralistas Alberto de Monsaraz e Francisco Rolão Preto no Nacional-Sindicalismo em defesa do projecto constitucional municipalista que fora apresentado pelo general Gomes da Costa em 1926.
Em Julho de 1930, Oliveira Salazar começou por defender uma representação nacional idêntica à que fora defendida pelo general Gomes da Costa mas, em 1932, optou pelo modelo fascista do partido único da União Nacional. João Ameal mudou-se então para o campo do Salazarismo, acompanhando Manuel Múrias na cisão que levou à criação da Acção Escolar de Vanguarda, vindo a tornar-se um dos principais ideólogos do novo regime. Foi o autor do cartaz Decálogo do Estado Novo, de 1934, e, nesse mesmo ano, foi indicado por António Ferro para a secção portuguesa dos efémeros Comitati d'Azione per l'Universalità di Roma (CAUR). Foi depois secretário-geral adjunto da Liga de Acção Universal Corporativa (1935), deputado à Assembleia Nacional (entre 1942-1953) e procurador à Câmara Corporativa (entre 1957-1961).
Outras refs:
João Branco, "AMEAL, João, in Dicionário de Historiadores Portugueses [ joao_ameal.pdf ]