António Sardinha, "A teoria da Nobreza (Agosto de 1916)", Nação Portuguesa, 1ª série, nº 12, Novembro de 1916, pp. 359-376.
(excertos com negritos acrescentados)
(excertos com negritos acrescentados)
Não pretendem as doutrinas integralistas restaurar apenas a Monarquia em Portugal. Pretendem antes restaurar Portugal pela Monarquia. Restaurar Portugal pela Monarquia é restituir o país às suas instituições tradicionais. (...) Assim, coexistindo com um rei independente e soberano, porque é o representante dos soberanos interesses da Pátria, aparece-nos logo como primeira necessidade de vida pública um regresso desafogado e sincero aos velhos quadros concelhios e corporativos. O organismo não se fortifica senão reanimando-lhe as suas células constitucionais. (p. 359)
... sem autoridades sociais, não é possível transformar a circunstância política de uma restauração no princípio fecundo do ressurgimento de Portugal. (p. 361)
Podemos (...) estabelecer no desenvolvimento de uma família três estádios fundamentais. O primeiro é o da constituição da família sujeita ao trabalho salariado. Temos assim o PLEBEÍSMO. Segue-se-lhe a conquista do desafogo económico em que o dinheiro constitui o objectivo principal. Eis a BURGUESIA. Vem depois a NOBREZA com a aquisição da notoriedade e as responsabilidades consequentes de um nome criado. Pergunta-se: - mas, sendo assim para com o passado, sucederá que hoje em dia a Nobreza seja uma necessidade com a transformação dos tempos e dos costume? (...)
Reconhece-se como natural nos indivíduos a aspiração de subir. Se nos colocamos dentro do mero interesse pessoal, é pelo arrivista que teremos de optar, porque sendo a vida curta, a vida será para aqueles que mais depressa chegarem ao destino que procuram. É legitimo este critério fora de toda a moral e em face das doutrinas revolucionárias, que consideram o indivíduo o princípio e o fim da sociedade. Mas para nós outros o indivíduo vale apenas pelo grupo a que pertence. Se o esforço desse indivíduo se sobrepõe à orbita que o conforma torna-se logo num valor centrífugo, numa quantidade errante, que não deixa atrás de si nada de doradoiro e que as mais das vezes se volve num forte motivo de perturbação. Foi essa a pior das desordens introduzida pelo vento atrabiliário dos Diretos-do-Homem. É que ao esforço do indivíduo, para aproveitar ao grupo, precisa de incidir não só sobre o indivíduo que o realiza, mas também sobre a família ou sobre a profissão em que o mesmo indivíduo se enquadra. Assim o praticou a sociedade antiga, cheia do instinto das grandes verdades tradicionais, antes que a aluíssem até à base os falsos dogmas de 89. De então para cá é um fazer e desfazer constante de teia, não havendo família que dure por muito alto que algum dos seus membros haja ascensionado. Ora uma família nobre é, na clara percepção de Paul Bourget, uma família que DURA. Outrora, pelas leis da CAPILARIDADE SOCIAL, todas as famílias chegavam àquela fase definitiva em virtude da qual ficavam durando. (p. 363)
Reconhece-se como natural nos indivíduos a aspiração de subir. Se nos colocamos dentro do mero interesse pessoal, é pelo arrivista que teremos de optar, porque sendo a vida curta, a vida será para aqueles que mais depressa chegarem ao destino que procuram. É legitimo este critério fora de toda a moral e em face das doutrinas revolucionárias, que consideram o indivíduo o princípio e o fim da sociedade. Mas para nós outros o indivíduo vale apenas pelo grupo a que pertence. Se o esforço desse indivíduo se sobrepõe à orbita que o conforma torna-se logo num valor centrífugo, numa quantidade errante, que não deixa atrás de si nada de doradoiro e que as mais das vezes se volve num forte motivo de perturbação. Foi essa a pior das desordens introduzida pelo vento atrabiliário dos Diretos-do-Homem. É que ao esforço do indivíduo, para aproveitar ao grupo, precisa de incidir não só sobre o indivíduo que o realiza, mas também sobre a família ou sobre a profissão em que o mesmo indivíduo se enquadra. Assim o praticou a sociedade antiga, cheia do instinto das grandes verdades tradicionais, antes que a aluíssem até à base os falsos dogmas de 89. De então para cá é um fazer e desfazer constante de teia, não havendo família que dure por muito alto que algum dos seus membros haja ascensionado. Ora uma família nobre é, na clara percepção de Paul Bourget, uma família que DURA. Outrora, pelas leis da CAPILARIDADE SOCIAL, todas as famílias chegavam àquela fase definitiva em virtude da qual ficavam durando. (p. 363)
A sociedade antiga baseava-se no conceito de HONRA para a discriminação dos seus valores. O conceito de honra era o seu critério de competência. Servir o Estado - a coisa pública (RES PUBLICA), como então se dizia, importava desinteresse e abnegação. Viver à LEI DA NOBREZA equivalia a viver desinteressadamente da sua própria fazenda, a ser-se "limpo de mãos". É que a HONRA excluía o PROVEITO. Eis a razão tão increpada, mas afinal tão compreensível, porque o nobre não podia negociar. Não nos esqueçamos que a Nobreza SERVIA. Servia cargos que, sem outra remuneração que a da HONRA, constituíam deste modo um custoso apanágio. NOBREZA OBRIGA, - ainda agora se exclama. (p. 364)
É inato e legítimo em toda a criatura o desejo de passar duma situação inferior para outra mais graduada, isto é - transitar de classe. Ordenando essa ambição instintiva, a Nobreza tornava-a um factor impulsionador da sociedade e obtinha-se por ela a selecção dos melhores. Vieram os mandamentos revolucionários com os seus igualitarismos frenéticos. Aboliu-se a Nobreza, baseada no privilégio e na excepção, conforme salivava a fúria oratória dos declamadores. Mas triunfou, porventura, a democracia? A democracia pura, - o governo do povo pelo povo, em nenhuma parte a vimos ainda subir ao capitólio. Le peuple est roi - observa Clemenceau, um dos mais ortodoxos na matéria. Il règne. Mais il ne governe pas. Il a, comme les dieux d'Homère, la fumée des hécatombes. Deslocada a origem da autoridade para o seio das multidões, o poder entrou a exercer-se por delegacia. Em vez da Nobreza, como classe social, invertidos todos os valores morais e mentais, deram em aparecer as clientelas e os partidos com o seu interminável cortejo de sicofantas e de aventureiros. (p. 365)
À nobreza da terra e do sangue substituíam-se as potencias do oiro e da especulação. A selecção agora operava-se às avessas. Dantes a Nobreza corrigia a influência das fortunas na sociedade, submetendo-as pela nobilitação ao interesse supremos do todo. Desembaraçado de quaisquer disciplinas que o limitassem e contivessem, o argentário campava agora como maioral omnipotente a que tudo se inclinava, - homens e coisas. (...) No abaixamento dos caracteres, só o apetite do mando e do oiro cresceu insaciavelmente. (...) Desprezaram-se as forças espirituais que são o segredo fecundo da boa saúde colectiva. No seu furor de negação, deitadas abaixo todas as chamadas "diferenças sociais", apenas ficou de pé a conquista da Riqueza, mais sôfrega, mais desabalada do que nunca. A velha Nobreza, de formação cristã, firmada na propriedade e no sangue - dois factos naturais e eternos - desaparecia da cena do mundo, acoçadas violentamente pela aristocracia do dinheiro. (p. 366)
Eu quereria que se atentasse um pouco na meditação de tão singular fenómeno. Só pelo dinheiro actualmente se sobe, sendo excepção raríssima a coincidência do dinheiro com o merecimento. As classes pobres que pelas leis da capilaridade tão alto subiam antigamente, são hoje esmagadas nas tenazes duras do mais duro exclusivismo económico. (...) Se a fortuna se herda, porque é que o mérito e a honra se não hão-de herdar, com as mesmas vantagens sociais de que a fortuna se acompanha? (p. 368)
Desconhecendo a Nobreza, a filosofia revolucionária gerou as oligarquias financeiras. À selecção lenta e segura, obrigada pela capilaridade social, sucedeu a selecção do acaso, dando a primazia aos menos capazes e ao menos dignos. (...) sofremos uma estiagem de personalidades, - sufoca-se debaixo de uma nuvem de medíocres pomposos. (p. 369)
A propriedade trazia consigo o ingresso na governança concelhia. Os "homens-bons" dos nossos municípios fundavam sempre casa. A nobilitação advinha-lhes pelo exercício das pequenas magistraturas locais e pelo cuidado extremo que empregavam em viver "à lei da Nobreza". Viver à lei da Nobreza era não traficar, era tratar-se com criados e cavalos, era não exercer oficio remunerado, era ser-se limpo de mãos, com bem visível desinteresse. (p. 370)
A Nobreza é principalmente, como processo psicológico, uma fixação de carácter. A fixação de carácter não se obtém senão pelo acatamento a um património moral que nos conforme o espírito e signifique para ele uma disciplina voluntariamente aceite pela nossa inteligência, de acordo com as forças mais intimas e mais secretas da nossa personalidade. (p. 372)
Com a Profissão e com a Nobreza é que o Rei de Portugal - e não o minúsculo rei de um partido - empreenderá a restauração da Pátria pela Monarquia. (p. 376)
Não pretendem as doutrinas integralistas restaurar apenas a Monarquia em Portugal. Pretendem antes restaurar Portugal pela Monarquia. Restaurar Portugal pela Monarquia é restituir o país às suas instituições tradicionais. (...) Assim, coexistindo com um rei independente e soberano, porque é o representante dos soberanos interesses da Pátria, aparece-nos logo como primeira necessidade de vida pública um regresso desafogado e sincero aos velhos quadros concelhios e corporativos. O organismo não se fortifica senão reanimando-lhe as suas células constitucionais.
Podemos (...) estabelecer no desenvolvimento de uma família três estádios fundamentais. O primeiro é o da constituição da família sujeita ao trabalho salariado. Temos assim o PLEBEÍSMO. Segue-se-lhe a conquista do desafogo económico em que o dinheiro constitui o objectivo principal. Eis a BURGUESIA. Vem depois a NOBREZA com a aquisição da notoriedade e as responsabilidades consequentes de um nome criado. Pergunta-se: - mas, sendo assim para com o passado, sucederá que hoje em dia a Nobreza seja uma necessidade com a transformação dos tempos e dos costume? (...) // Reconhece-se como natural nos indivíduos a aspiração de subir. Se nos colocamos dentro do mero interesse pessoal, é pelo arrivista que teremos de optar, porque sendo a vida curta, a vida será para aqueles que mais depressa chegarem ao destino que procuram. É legitimo este critério fora de toda a moral e em face das doutrinas revolucionárias, que consideram o indivíduo o princípio e o fim da sociedade. Mas para nós outros o indivíduo vale apenas pelo grupo a que pertence. Se o esforço desse indivíduo se sobrepõe à orbita que o conforma torna-se logo num valor centrífugo, numa quantidade errante, que não deixa atrás de si nada de doradoiro e que as mais das vezes se volve num forte motivo de perturbação. Foi essa a pior das desordens introduzida pelo vento atrabiliário dos Diretos-do-Homem. É que ao esforço do indivíduo, para aproveitar ao grupo, precisa de incidir não só sobre o indivíduo que o realiza, mas também sobre a família ou sobre a profissão em que o mesmo indivíduo se enquadra. Assim o praticou a sociedade antiga, cheia do instinto das grandes verdades tradicionais, antes que a aluíssem até à base os falsos dogmas de 89. De então para cá é um fazer e desfazer constante de teia, não havendo família que dure por muito alto que algum dos seus membros haja ascensionado. Ora uma família nobre é, na clara percepção de Paul Bourget, uma família que DURA. Outrora, pelas leis da CAPILARIDADE SOCIAL, todas as famílias chegavam àquela fase definitiva em virtude da qual ficavam durando.
A sociedade antiga baseava-se no conceito de HONRA para a discriminação dos seus valores. O conceito de honra era o seu critério de competência. Servir o Estado - a coisa pública (res publica), como então se dizia, importava desinteresse e abnegação. Viver à LEI DA NOBREZA equivalia a viver desinteressadamente da sua própria fazenda, a ser-se "limpo de mãos". É que a HONRA excluía o PROVEITO. Eis a razão tão increpada, mas afinal tão compreensível, porque o nobre não podia negociar. Não nos esqueçamos que a Nobreza SERVIA. Servia cargos que, sem outra remuneração que a da HONRA, constituíam deste modo um custoso apanágio. NOBREZA OBRIGA, - ainda agora se exclama.
É inato e legítimo em toda a criatura o desejo de passar duma situação inferior para outra mais graduada, isto é - transitar de classe. Ordenando essa ambição instintiva, a Nobreza tornava-a um factor impulsionador da sociedade e obtinha-se por ela a selecção dos melhores. Vieram os mandamentos revolucionários com os seus igualitarismos frenéticos. Aboliu-se a Nobreza, baseada no privilégio e na excepção, conforme salivava a fúria oratória dos declamadores. Mas triunfou, porventura, a democracia? A democracia pura, - o governo do povo pelo povo, em nenhuma parte a vimos ainda subir ao capitólio. Le peuple est roi - observa Clemenceau, um dos mais ortodoxos na matéria. Il règne. Mais il ne governe pas. Il a, comme les dieux d'Homère, la fumée des hécatombes.
Deslocada a origem da autoridade para o seio das multidões, o poder entrou a exercer-se por delegacia. Em vez da Nobreza, como classe social, invertidos todos os valores morais e mentais, deram em aparecer as clientelas e os partidos com o seu interminável cortejo de sicofantas e de aventureiros.
À nobreza da terra e do sangue substituíam-se as potencias do oiro e da especulação. A selecção agora operava-se às avessas. Dantes a Nobreza corrigia a influência das fortunas na sociedade, submetendo-as pela nobilitação ao interesse supremos do todo. Desembaraçado de quaisquer disciplinas que o limitassem e contivessem, o argentário campava agora como maioral omnipotente a que tudo se inclinava, - homens e coisas. (...) No abaixamento dos caracteres, só o apetite do mando e do oiro cresceu insaciavelmente. (...) Deprezaram-se as forças espirituais que são o segredo fecundo da boa saúde colectiva. No seu furor de negação, deitadas abaixo todas as chamadas "diferenças sociais", apenas ficou de pé a conquista da Riqueza, mais sôfrega, mais desabalada do que nunca. A velha Nobreza, de formação cristã, firmada na propriedade e no sangue - dois factos naturais e eternos - desaparecia da cena do mundo, acoçadas violentamente pela aristocracia do dinheiro.
Eu quereria que se atentasse um pouco na meditação de tão singular fenómeno. Só pelo dinheiro actualmente se sobe, sendo excepção raríssima a coincidência do dinheiro com o merecimento. As classes pobres que pelas leis da capilaridade tão alto subiam antigamente, são hoje esmagadas nas tenazes duras do mais duro exclusivismo económico. (...) Se a fortuna se herda, porque é que o mérito e a honra se não hão-de herdar, com as mesmas vantagens sociais de que a fortuna se acompanha?
Desconhecendo a Nobreza, a filosofia revolucionária gerou as oligarquias financeiras. À selecção lenta e segura, obrigada pela capilaridade social, sucedeu a selecção do acaso, dando a primazia aos menos capazes e ao menos dignos. (...) sofremos uma estiagem de personalidades, - sufoca-se debaixo de uma nuvem de medíocres pomposos.
A propriedade trazia consigo o ingresso na governança concelhia. Os "homens-bons" dos nossos municípios fundavam sempre casa. A nobilitação advinha-lhes pelo exercício das pequenas magistraturas locais e pelo cuidado extremo que empregavam em viver "à lei da Nobreza". Viver à lei da Nobreza era não traficar, era tratar-se com criados e cavalos, era não exercer oficio remunerado, era ser-se limpo de mãos, com bem visível desinteresse.
A Nobreza é principalmente, como processo psicológico, uma fixação de carácter. A fixação de carácter não se obtém senão pelo acatamento a um património moral que nos conforme o espírito e signifique para ele uma disciplina voluntariamente aceite pela nossa inteligência, de acordo com as forças mais intimas e mais secretas da nossa personalidade.
- Frédéric Le Play, 1806-1882
- Marquês de la Tour du Pin (René de La Tour du Pin, 1834-1924) - com Albert de Mun, pertenceu e organizou L'Oeuvre des cercles catholiques d'ouvriers, sob a influência do pensamento de S. Tomás de Aquino (1225-1274), na linha de autores como Louis de Bonald (1754-1840), Frédéric Le Play (1806-1882) e Émile Keller (1828-1909). Neste ensaio, António Sardinha designa-o como "o grande sociólogo tradicionalista" (p. 365), referindo-se-lhe em três aspectos: 1) ao situar o Integralismo Lusitano no campo da RENOVAÇÃO política, recusando a atitude passiva do CONSERVADORISMO (p. 360) [La Tour du Pin, Vers une ordre social Chrétien, p. 234 ss]; 2) considerando a NOBREZA como uma classe social (organismo vivo) e não uma casta (mecanismo inerte) (p. 361) [Acerca da Nobreza em França, Ibidem, p. 370 ss.]; 3) ao adoptar o conceito de "autoridades sociais" de Frédéric Le Play (Vers une ordre social Chrétien, p. 381).
- Georges Vacher de Lapouge (1854-1936). Sardinha cita o "seu curioso livro" Race et milieu social (1909), advertindo tratar-se de um autor, com "um espirito bem pouco inclinado à maior parte das nossas conclusões" (p. 361). Porque é que António Sardinha cita um autor tão distante do seu pensamento? - "Varcher de Lapouge, um dos chefes mais subidos da escola antroposociológica, excede-se no seu pessimismo implacável de cientista. Nem tudo é degenerescência, nem tudo é negação! No entanto, como reconhecimento da ascensão das famílias para uma média de caracteres superiores, sem a qual não há nobreza, é de peso incontestável o seu autorizado testemunho". O insuspeito Vacher de Lapouge vinha afinal confirmar, com os dados estatísticos coligidos no seu estudo, que havia "capilaridade social", sendo a nobreza uma classe social e não uma casta. (pp. 361-363).
- Ernest Renan, Souvenirs d'enfance et de jeuneuse.
- Paul Bourget, 1852-1935
- Alexis de Tocqueville, 1805-1859. "Como Tocqueville, também eu partilhei da opinião liberalista de um século inteiro de equívocos e difamações. Como Tocqueville também eu concluí nas homenagens devidas ao espírito construtivo das gerações que nos precederam." (p. 364)
- Luís da Silva Pereira de Oliveira, Privilégios da Nobreza e Fidalguia de Portugal, 1806.
- George d'Avenel, 1855-1939
- Robert de Jouvenel, La republique des camarades, 1914. [1914_robert_jouvenel_la_republique_des_camarades.pdf]
- J. Grasset
- João Pinto Ribeiro, Usurpação, retenção & restauração de Portugal
- Alberto Sampaio, 1841-1908
- Álvaro Ferreira de Vera, Origem da nobreza política, Lisboa, 1631.
- José de Sousa Machado, Brasões inéditos, Braga, 1906.