Plínio Salgado, O conceito cristão de democracia, ed. 1946
Contra os totalitarismos comunista e fascista (pp. 83-85):
Agravando a crise, atua um terceiro elemento de desordem: São certas formas de reação contra o socialismo materialista internacional oposta por um socialismo materialista nacional.
O marxismo, como concepção da sociedade futura, pretende a subordinação completa do individuo à coletividade mundial. Objectivando essa forma totalitária universal, trata de destruir os meios de defesa da «pessoa humana», que são o núcleo familiar, o grupo nacional e o clima religioso.
Para isso, utiliza-se do próprio individualismo, arremetendo-o contra a estabilidade e indissolubilidade dos vínculos familiares, contra o conceito histórico tradicional-espiritualista e todas as formas de organicidade e disciplina que são o fundamento da Pátria, e, acima de tudo, contra a crença numa vida futura e contra os deveres que dela decorrem.
Sendo o Homem e a Família fracos para reagirem sozinhos contra tão grande perigo, fazem-no através da Religião e da Nacionalidade.
Do mesmo modo como buscam defesa espiritual na comunhão religiosa que os proclama intangíveis, também procuram os meios de defesa civil-temporal na comunidade política representada pelo Estado.
Se o Estado se inspira nos princípios religiosos e sabe distinguir os limites entre o poder de César e o poder de Deus, então a personalidade humana, com todos os seus atributos, prerrogativas, deveres e justas aspirações encontrará nele garantias; se, ao contrário, o Estado se inspira nos interesses da sua própria manutenção, como entidade viva, nesse caso, querendo se defender da pulverização coletivista do socialismo internacional, a personalidade humana sucumbe triturada por um socialismo nacional.
Querendo livrar-se de um Estado Totalitário destinado a absorver a Espécie Humana, cai na armadilha de um Estado Totalitário que se propõe absorver a Nação. O primeiro [MARXISMO / COMUNISMO], pretende reduzir toda a Humanidade a massa amorfa, onde os direitos individuais se afogarão no oceano dos direitos coletivos, utopia que só favorece a uma reduzida casta dirigente. O segundo [FASCISMO], identificando os conceitos de Nação e Estado e dando a este configuração e exercício funcional de carácter biológico, fará desaparecer as marcas da personalidade dos súbditos, sempre que elas contrariem os caracteres expressivos da fisionomia estatal.
[negritos acrescentados]
O marxismo, como concepção da sociedade futura, pretende a subordinação completa do individuo à coletividade mundial. Objectivando essa forma totalitária universal, trata de destruir os meios de defesa da «pessoa humana», que são o núcleo familiar, o grupo nacional e o clima religioso.
Para isso, utiliza-se do próprio individualismo, arremetendo-o contra a estabilidade e indissolubilidade dos vínculos familiares, contra o conceito histórico tradicional-espiritualista e todas as formas de organicidade e disciplina que são o fundamento da Pátria, e, acima de tudo, contra a crença numa vida futura e contra os deveres que dela decorrem.
Sendo o Homem e a Família fracos para reagirem sozinhos contra tão grande perigo, fazem-no através da Religião e da Nacionalidade.
Do mesmo modo como buscam defesa espiritual na comunhão religiosa que os proclama intangíveis, também procuram os meios de defesa civil-temporal na comunidade política representada pelo Estado.
Se o Estado se inspira nos princípios religiosos e sabe distinguir os limites entre o poder de César e o poder de Deus, então a personalidade humana, com todos os seus atributos, prerrogativas, deveres e justas aspirações encontrará nele garantias; se, ao contrário, o Estado se inspira nos interesses da sua própria manutenção, como entidade viva, nesse caso, querendo se defender da pulverização coletivista do socialismo internacional, a personalidade humana sucumbe triturada por um socialismo nacional.
Querendo livrar-se de um Estado Totalitário destinado a absorver a Espécie Humana, cai na armadilha de um Estado Totalitário que se propõe absorver a Nação. O primeiro [MARXISMO / COMUNISMO], pretende reduzir toda a Humanidade a massa amorfa, onde os direitos individuais se afogarão no oceano dos direitos coletivos, utopia que só favorece a uma reduzida casta dirigente. O segundo [FASCISMO], identificando os conceitos de Nação e Estado e dando a este configuração e exercício funcional de carácter biológico, fará desaparecer as marcas da personalidade dos súbditos, sempre que elas contrariem os caracteres expressivos da fisionomia estatal.
[negritos acrescentados]