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Affonso Lopes Vieira. Trovador d'El-Rey

Petrus (Pedro Veiga)
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O nacionalismo literário, ao extinguir-se um século de tanta agitação ideológica como foi aquele que veio marcado com o selo do Renascimento Romântico, revelou-se com mais poderosa garra na Arte Portuguesa no domínio da poesia do que no das outras formas de elaboração literária e estética. E porque uma das fibras da raça é efetivamente a da emoção lírica e suas fontes brotam dos mais diversos veios em que a Inspiração se fecunda, temos que o lirismo nacional jorrando em correntes distintas se representa nesse quarto de século não por um ou mais poetas de inspiração comum, mas por altos e puros Artistas de alma e acento próprios - símbolos duma complexa natureza psicológica profundamente imbuída do telúrico.
 
António Nobre trouxe à superfície da alma lusitana o seu desespero fatalista e a perpétua saudade que nela se ocultava.
 
Manuel da Silva Gaio engastou a sua inspiração sadia numa Paisagem de écloga, qual outro vate da renascença afeito à rústica beleza dos idílios e pastorais.
 
Affonso Lopes Vieira encontra o segredo da sua poesia na lenda, no rimance amorável que as eras tecem em torno da História, na espuma do Passado que como a das ondas engrinalda de beleza a Vida que a memória dos Tempos nos transmite.
 
Em António Corrêa de Oliveira surge o evocador da alma melancólica e primitiva do povo - é o folk-lore rural o inspirador da sua musa.
 
Finalmente António Sardinha, mesmo tangendo o arrabil, aparece de cota brunida e a sua alma lírica refulge do aço das batalhas, muito embora nela se reflita também a linfa das ribeiras bucólicas. É um poeta em que se encarna a dureza medieval leal e fria.
 
Qual de todos o mais português?
​

Todos portugueses são - pois até nos motivos que elegeram para reger os destinos da sua Poesia se não excluíram da autêntica expressão do nosso fundo étnico. Mas se aprofundarmos este tema, se mergulharmos na raiz étnica dos seus estros — não é singular que uma reveladora correspondência se descortine entre a Alma lírica destes Poetas e a Alma da Natureza que os criou?
 
A desesperança e a tristeza de Nobre, a sua alma para além da Vida - não pedem o marulho doloroso do mar e não é ele um lusitano nado à beira das ondas - cheio da saudade das Distâncias?
 
Não entoa seus arpejos Silva Gaio na paisagem italiana das margens do Mondego, de tam fundas reminiscências clássicas? E não é nobre e represa, ao velho sabor, a expressão dos sentimentos a que a sua Musa dá vulto?
 
E Sardinha não vem do Alentejo, duma paisagem dura. ressequida, sem nuanças de bruma nem espelhos de água?
 
E não se revê logo em Corrêa d'Oliveira a paisagem florestal e serpenteada do coração da Beira, que em cada cotovelo oculta a voz fresca da água ou a sinfonia das aves e a melodia de musa popular?
 
Resta Affonso Lopes Vieira e no seu lirismo, delicado sem extremos, na sua musa suave mas sem concessões ao gosto alambicado dos poetas sem personalidade, não se vislumbra logo uma toalha de águas murmurantes e pradarias verdes, em terras de muito fruto e meã estatura, - as leivas odorantes e garridas de Leiria e seu termo - balsamisadas pelo Pinhal do Rey e pelos ventos fagueiros que trazem o gosto salino da maresia?
 
Eis os condutores dessa corrente lírica que encheu, por mais dum quarto de século a Literatura portuguesa, refugando-a da Vida Universal e das lutas espirituais, trazidas até nós pela inquietação anteriana, e prolongando desta guisa, até nossos dias, o lirismo ingénuo e primitivo, daqueles poetas sem constrangimento que nasceram com a língua materna.
 
Foi vasta a messe lírica que sacrificou a este gosto de trovar, tam apegado ele é à vida lusitana - desde Mário Beirão, o novo cantor da «Lusitânia» e das fundas tristezas das suas Paisagens, a Guilherme de Faria, o bardo que tragicamente partiu em demanda de outra Vida maior, - aliciando até aqueles que disferiam voo pelas alturas olímpicas, procurando atingir com mitológica energia o mistério da vida cósmica - o maior dos quais, das grimpas do Marão, já então enchia os Espaços com a luz e o fogo da sua inspiração metafísica e astral.
 
Petrus

Prefácio de Petrus (Pedro Veiga) In Trovador d'El-Rey, Porto, 1952, pp. 13-14.
​​...nós não levantaríamos nem o dedo mínimo, se salvar Portugal fosse salvar o conúbio apertado de plutocratas e arrivistas em que para nós se resumem, à luz da perfeita justiça, as "esquerdas" e as "direitas"!

​​- António Sardinha (1887-1925) - 
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