A preocupação nacional que hoje nos domina, que se põe quase como um motivo de existência - a defesa do Portugal Africano - totalmente excluída do Iberismo, claro!, continha-se na Aliança como resultante imediata. Solidárias na segurança comum, as duas costas do Atlântico Sul de ancestralidade peninsular abraçariam com força esse oceano, transformando-o em verdadeiro Mare Nostrum. - Mário Saraiva, Julho de 1972.
António Sardinha, A Aliança Peninsular, 4ª edição, Lisboa, Biblioteca do Pensamento Político, 1974 (Nota prévia de Mário Saraiva à 3ª edição, em Julho de 1972, pp. V-XII)
Excerto da nota prévia à 3ª edição por Mário Saraiva, em Julho de 1972. (negritos acrescentados):
“Verdadeiramente A Aliança Peninsular não se reduz a uma qualquer programação no plano banal e corrente de relações de vizinhança ou de negócios, como o poderão levianamente supor quem apenas olhe as letras do titulo, ou leia o livro sem nenhuma atenção. Supera e transcende em muito esse propósito. A Aliança Peninsular traça-se num sentido eminentemente espiritualista e a sua projecção aponta-se até às novas nacionalidades onde prevaleceu a cultura das duas nações mães.
Elevando-se sobre as baixezas partidaristas em que ao tempo se enleava e absorvia por completo a política oficial, António Sardinha, grande pensador e grande português, preocupava-se doridamente com o destino ameaçado da pátria decaída e ousava chamá-la a voltar aos caminhos abandonados da sua vocação e da sua glória. Homem de fé e de génio - não fora ele também um poeta! - visionava que Portugal continuasse a sua missão histórica, tão precisa quando a própria civilização de que éramos porta-estandarte enfermava de crise gravíssima.
No formoso poema inacabado, ansiadamente clamava António Sardinha:
“Europa! Europa!.............
........................................
Onde ficou o lábaro de Cristo?
Onde deixaste, Europa, a tua flama?”
Na centelha da inspiração, a alma do poeta ouvia soar uma daquelas horas dramáticas em que os filhos eleitos do destino são chamados a guardar o património e a honra dos pais:
“Sozinha, nos penhascos do Ocidente,
ouvindo ao mar o ímpeto brutal,
pariste longa e dolorosamente
um moço a quem chamaste Portugal!
...............................................
não temas, ó Europa, ................
já tens quem te dilate a Fé e o Império!”
Império entende-se aqui como o da civilização Ocidental e Cristã, que o materialismo ateu prometia varrer da superfície da terra.
Não se perdia, porém, António Sardinha nos entusiasmos de um sonho de grandeza. Português no mundo, via claramente as dificuldades e os perigos que se nos opunham, na pequenez relativa dos nossas forças, para tamanha empresa. Daqui a inspiração aberta à Aliança Peninsular. Também a Espanha, a nossa vizinha e irmã (filhas, como éramos da “Madre Hispânia”) se achava em similares circunstâncias e com responsabilidades análogas a Portugal: constituindo-se em parcelas ultramarinas ainda a civilizar, igual connosco na progenitura de nacionalidades no continente americano. Incompletadas as missões de Portugal e de Espanha, havia que prossegui-las numa segunda e nova fase, em moldes actualizados, começando por efectivar, lado a lado, as comunidades de línguas portuguesa e castelhana e fazendo em seguida a aliança necessária à defesa e universalidade da obra comum. Isto seria retomar na contemporaneidade “o antigo paralelismo de Quinhentos”. Assim pensava António Sardinha, por volta de 1920, antecipando-se às tendências, hoje em generalizada execução, dos grandes blocos.
“Hispanismo” (de Hispânia e não de Espanha!), concebia-o, em seu rasgo visionário de “grande política”, como “a palavra que exprime e coordena todas as aspirações criadoras, não só das pátrias peninsulares, como das nacionalidades hispano-americanas, Brasil incluído.”
A implícita “unidade hispânica” determinava-a “exactamente no dualismo político, inconversível mas concordante das duas soberanias em que Portugal e Espanha se expressam para melhor garantia do seu interesse comum.”
Em espíritos temerosos, a ideia da Aliança Peninsular tem despertado, bem se sabe, algumas desconfianças e compreensíveis receios. Aliás António Sardinha foi o próprio a dizer que “O estado espanhol herdeiro do centralismo absorvente do Conde-Duque, quando olha Portugal, olha-o como uma parte sua, que interesses criminosos separaram do sua integral gravitação”. Mas como não se muda a situação geográfica, nem é possível alterar ou ignorar a realidade que nos fez confinantes, e por conseguinte esquivarmo-nos à nossa circunstancialidade histórica, António Sardinha via na Aliança, o meio mais adequado para disciplinar as nossas relações de vizinhos. E, na verdade, é sempre mais fácil, por menos notório e menos escandaloso, faltar a um dever, se esse dever é simplesmente moral e não foi assumido voluntariamente na letra de um contrato. Uma aliança desempenha neste sentido as funções de um potente travão; pode tomar-se como um instrumento dissuasivo a conter instintos de atropelo e impulsos de ofensa. Todavia, a precaução de António Sardinha levou-o a considerar, na sua vária extensão, os perigos potenciais da Aliança. Uma boa parte do texto deste livro se lhes refere em concreto.
Não ignorando, não escondendo, nem menosprezando as ambições unitaristas ou unionistas acalentadas no seio das “direitas” nacionalistas espanholas ou das “esquerdas” de lá ou de cá, António Sardinha foi peremptório: antes, e como condição sine qua non do estabelecimento da Aliança, punha, para segura garantia das respectivas independências, o fortalecimento moral e institucional das duas nações. E, repare-se, não só de uma, mas das duas. Efectivamente uma união centrada em Madrid ou em Lisboa iria a dar no mesmo, especialmente para nós. Esse astucioso engodo de fazer a união com um rei português e a capital em Lisboa fora-nos, aliás, já lançado por mais de uma vez.
Na condição prévia de confiar a manutenção das independências nacionais – portuguesa e espanhola – à guarda das respectivas Dinastias reais, via António Sardinha o mais seguro, se não o único meio de evitar que uma aliança descambasse numa união ou numa absorção, de que, como é evidente, só nós poderíamos ser vítimas. E não é de estranhar ou de desvalorizar esta condição, pois que, em sentido inverso, também assim era visto o problema. Os unionistas ou federalistas (o que vem a dar no mesmo) confirmavam a sua validade ao acusarem a Dinastia portuguesa de impedir os seus desígnios. O grão-mestre Sebastião de Magalhães Lima o confessa em La Fédération Ibérique: - “La Fédération a eu jusq’ici un grand ennemi: c’est l’interet dinastique”. Do lado espanhol lê-se o mesmo, quase pelas mesmas palavras: “Sobre esa Dinastia (a de Bragança) pesa la responsabilidade de haber deshecho en tiempo de Filipe IV la obra de Filipe II, y si fuera restaurada renacerian con ella todos los obstáculos que desde 1640 vinieron impediendo la Union Ibérica”. (J. Segalerva)
Sirvam estas insuspeitíssimas palavras de solene aviso ao patriotismo dos Portugueses!
Enquanto estivermos em república e, pior ainda, se, quando restaurada a monarquia espanhola só nós estivermos em república, quaisquer ligações ou compromissos políticos, feitos embora dissimuladamente, esbatendo fronteiras sob o aspecto de fraternidades regionais ou a pretextos de intercâmbios festivos, de empresas de interesses comuns, etc., etc., temia-os também, com toda a clarividência, António Sardinha. São de ver os comentários veementes que lhe provocaram os planos de Afonso XIII apresentados na entrevista de Miramar. Apesar de tudo, ou fosse por insuficiente leitura dos seus escritos, ou incompreensão destes, ou fosse ainda por decisiva aleivosia, não faltou (ontem como hoje!) quem confundisse a doutrina hispanista de António Sardinha com a ideologia do federalismo iberista. Esta acusação denuncia uma lamentável leviandade, se não uma desonestidade intelectual.”
(...)
[Mário Saraiva]
“Verdadeiramente A Aliança Peninsular não se reduz a uma qualquer programação no plano banal e corrente de relações de vizinhança ou de negócios, como o poderão levianamente supor quem apenas olhe as letras do titulo, ou leia o livro sem nenhuma atenção. Supera e transcende em muito esse propósito. A Aliança Peninsular traça-se num sentido eminentemente espiritualista e a sua projecção aponta-se até às novas nacionalidades onde prevaleceu a cultura das duas nações mães.
Elevando-se sobre as baixezas partidaristas em que ao tempo se enleava e absorvia por completo a política oficial, António Sardinha, grande pensador e grande português, preocupava-se doridamente com o destino ameaçado da pátria decaída e ousava chamá-la a voltar aos caminhos abandonados da sua vocação e da sua glória. Homem de fé e de génio - não fora ele também um poeta! - visionava que Portugal continuasse a sua missão histórica, tão precisa quando a própria civilização de que éramos porta-estandarte enfermava de crise gravíssima.
No formoso poema inacabado, ansiadamente clamava António Sardinha:
“Europa! Europa!.............
........................................
Onde ficou o lábaro de Cristo?
Onde deixaste, Europa, a tua flama?”
Na centelha da inspiração, a alma do poeta ouvia soar uma daquelas horas dramáticas em que os filhos eleitos do destino são chamados a guardar o património e a honra dos pais:
“Sozinha, nos penhascos do Ocidente,
ouvindo ao mar o ímpeto brutal,
pariste longa e dolorosamente
um moço a quem chamaste Portugal!
...............................................
não temas, ó Europa, ................
já tens quem te dilate a Fé e o Império!”
Império entende-se aqui como o da civilização Ocidental e Cristã, que o materialismo ateu prometia varrer da superfície da terra.
Não se perdia, porém, António Sardinha nos entusiasmos de um sonho de grandeza. Português no mundo, via claramente as dificuldades e os perigos que se nos opunham, na pequenez relativa dos nossas forças, para tamanha empresa. Daqui a inspiração aberta à Aliança Peninsular. Também a Espanha, a nossa vizinha e irmã (filhas, como éramos da “Madre Hispânia”) se achava em similares circunstâncias e com responsabilidades análogas a Portugal: constituindo-se em parcelas ultramarinas ainda a civilizar, igual connosco na progenitura de nacionalidades no continente americano. Incompletadas as missões de Portugal e de Espanha, havia que prossegui-las numa segunda e nova fase, em moldes actualizados, começando por efectivar, lado a lado, as comunidades de línguas portuguesa e castelhana e fazendo em seguida a aliança necessária à defesa e universalidade da obra comum. Isto seria retomar na contemporaneidade “o antigo paralelismo de Quinhentos”. Assim pensava António Sardinha, por volta de 1920, antecipando-se às tendências, hoje em generalizada execução, dos grandes blocos.
“Hispanismo” (de Hispânia e não de Espanha!), concebia-o, em seu rasgo visionário de “grande política”, como “a palavra que exprime e coordena todas as aspirações criadoras, não só das pátrias peninsulares, como das nacionalidades hispano-americanas, Brasil incluído.”
A implícita “unidade hispânica” determinava-a “exactamente no dualismo político, inconversível mas concordante das duas soberanias em que Portugal e Espanha se expressam para melhor garantia do seu interesse comum.”
Em espíritos temerosos, a ideia da Aliança Peninsular tem despertado, bem se sabe, algumas desconfianças e compreensíveis receios. Aliás António Sardinha foi o próprio a dizer que “O estado espanhol herdeiro do centralismo absorvente do Conde-Duque, quando olha Portugal, olha-o como uma parte sua, que interesses criminosos separaram do sua integral gravitação”. Mas como não se muda a situação geográfica, nem é possível alterar ou ignorar a realidade que nos fez confinantes, e por conseguinte esquivarmo-nos à nossa circunstancialidade histórica, António Sardinha via na Aliança, o meio mais adequado para disciplinar as nossas relações de vizinhos. E, na verdade, é sempre mais fácil, por menos notório e menos escandaloso, faltar a um dever, se esse dever é simplesmente moral e não foi assumido voluntariamente na letra de um contrato. Uma aliança desempenha neste sentido as funções de um potente travão; pode tomar-se como um instrumento dissuasivo a conter instintos de atropelo e impulsos de ofensa. Todavia, a precaução de António Sardinha levou-o a considerar, na sua vária extensão, os perigos potenciais da Aliança. Uma boa parte do texto deste livro se lhes refere em concreto.
Não ignorando, não escondendo, nem menosprezando as ambições unitaristas ou unionistas acalentadas no seio das “direitas” nacionalistas espanholas ou das “esquerdas” de lá ou de cá, António Sardinha foi peremptório: antes, e como condição sine qua non do estabelecimento da Aliança, punha, para segura garantia das respectivas independências, o fortalecimento moral e institucional das duas nações. E, repare-se, não só de uma, mas das duas. Efectivamente uma união centrada em Madrid ou em Lisboa iria a dar no mesmo, especialmente para nós. Esse astucioso engodo de fazer a união com um rei português e a capital em Lisboa fora-nos, aliás, já lançado por mais de uma vez.
Na condição prévia de confiar a manutenção das independências nacionais – portuguesa e espanhola – à guarda das respectivas Dinastias reais, via António Sardinha o mais seguro, se não o único meio de evitar que uma aliança descambasse numa união ou numa absorção, de que, como é evidente, só nós poderíamos ser vítimas. E não é de estranhar ou de desvalorizar esta condição, pois que, em sentido inverso, também assim era visto o problema. Os unionistas ou federalistas (o que vem a dar no mesmo) confirmavam a sua validade ao acusarem a Dinastia portuguesa de impedir os seus desígnios. O grão-mestre Sebastião de Magalhães Lima o confessa em La Fédération Ibérique: - “La Fédération a eu jusq’ici un grand ennemi: c’est l’interet dinastique”. Do lado espanhol lê-se o mesmo, quase pelas mesmas palavras: “Sobre esa Dinastia (a de Bragança) pesa la responsabilidade de haber deshecho en tiempo de Filipe IV la obra de Filipe II, y si fuera restaurada renacerian con ella todos los obstáculos que desde 1640 vinieron impediendo la Union Ibérica”. (J. Segalerva)
Sirvam estas insuspeitíssimas palavras de solene aviso ao patriotismo dos Portugueses!
Enquanto estivermos em república e, pior ainda, se, quando restaurada a monarquia espanhola só nós estivermos em república, quaisquer ligações ou compromissos políticos, feitos embora dissimuladamente, esbatendo fronteiras sob o aspecto de fraternidades regionais ou a pretextos de intercâmbios festivos, de empresas de interesses comuns, etc., etc., temia-os também, com toda a clarividência, António Sardinha. São de ver os comentários veementes que lhe provocaram os planos de Afonso XIII apresentados na entrevista de Miramar. Apesar de tudo, ou fosse por insuficiente leitura dos seus escritos, ou incompreensão destes, ou fosse ainda por decisiva aleivosia, não faltou (ontem como hoje!) quem confundisse a doutrina hispanista de António Sardinha com a ideologia do federalismo iberista. Esta acusação denuncia uma lamentável leviandade, se não uma desonestidade intelectual.”
(...)
[Mário Saraiva]
Nota: Mário Saraiva, referindo-se ao reacender da ideologia federalista em Espanha, indicou como exemplo o artigo "A fronteira do Subdesenvolvimento" do jornalista Eduardo Barrenechea que, dois anos depois, publicaria, com António Pintado, o livro A raia de Portugal: a fronteira do subdesenvolvimento (Porto, Afrontamento, 1974).
Em 29 de Abril de 1976, na mesma linha ideológica, surgiu a Liga Iberista Portuguesa. Segundo o Manifesto, então apresentado pelo historiador A. H. de Oliveira Marques, destacado maçon, após as independências dos territórios portugueses de África, em 1975, Portugal teria deixado de ser um "Estado viável no mundo civilizado moderno”. A Liga dizia-se "nacionalista" e propunha-se promover a realização de uma "associação ibérica de cinco nacionalidades" - Portugal, Galiza, Castela, Catalunha e País Basco. Em 28 de Março de 1977, garantindo a sobrevivência do regime saído do pacto MFA-Partidos, o que restava do Estado português pediu a adesão à Comunidade Económica Europeia (CEE). A instabilidade governativa (10 governos de 1976 a 1987) e uma bancarrota (em 1983, com o controlo do FMI, foi imposta uma política de austeridade), adiaram a assinatura do Tratado de Adesão, que só viria a ocorrer em Junho de 1985, com efeito a partir de 1 de Janeiro de 1986, quando Portugal e a Espanha entraram juntas na CEE, afastando, ou adiando, projectos de União Ibérica. [25.06.2024 - J.M.Q.]
Em 29 de Abril de 1976, na mesma linha ideológica, surgiu a Liga Iberista Portuguesa. Segundo o Manifesto, então apresentado pelo historiador A. H. de Oliveira Marques, destacado maçon, após as independências dos territórios portugueses de África, em 1975, Portugal teria deixado de ser um "Estado viável no mundo civilizado moderno”. A Liga dizia-se "nacionalista" e propunha-se promover a realização de uma "associação ibérica de cinco nacionalidades" - Portugal, Galiza, Castela, Catalunha e País Basco. Em 28 de Março de 1977, garantindo a sobrevivência do regime saído do pacto MFA-Partidos, o que restava do Estado português pediu a adesão à Comunidade Económica Europeia (CEE). A instabilidade governativa (10 governos de 1976 a 1987) e uma bancarrota (em 1983, com o controlo do FMI, foi imposta uma política de austeridade), adiaram a assinatura do Tratado de Adesão, que só viria a ocorrer em Junho de 1985, com efeito a partir de 1 de Janeiro de 1986, quando Portugal e a Espanha entraram juntas na CEE, afastando, ou adiando, projectos de União Ibérica. [25.06.2024 - J.M.Q.]
Estudos Peninsulares de António Sardinha - Referências:
- 1915 - O Território e a Raça, Conferência realizada na Liga Naval Portuguesa, em 7 de Abril de 1915.
- 1922 - O Pan-hispanismo, Contemporânea, nº 2, Junho de 1922, pp. 49-51.
- 1922 - La Unidad Hispánica, in Unión Ibero-Americana, Julio y Agosto de 1922, pp. 67-73.
- 1924 - Madre-Hispânia
- 1924 - A Aliança Peninsular,
- 1930 - A Aliança Peninsular - Antecedentes & Possibilidades, 2ª edição, Prefácio de Gabriel Maura Gamazo, conde la Mortera, Porto, Livraria Civilização.
- 1930 - La Alianza Peninsular, Prólogo de Ramiro de Maeztu, tradução de marquês de Quintanar, conde de Santibañez del Río, Madrid, 1930;
- 1939 - La Alianza Peninsular, 2ª edição em espanhol, tradução e prólogo de marquês de Quintanar, prólogo da 1ª edição espanhola de Ramiro de Maeztu, e "Unidad y Dualismo Peninsular", estudio de José Pequito Rebelo, Segovia, El Adelantado, 1939.
- 1943 - À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, Lisboa.
- 1972 - A Aliança Peninsular, 3ª edição, Lisboa, Biblioteca do Pensamento Político, com nota prévia de Mário Saraiva (4ª edição, Lisboa, 1974).