ESTUDOS PORTUGUESES
  • PORTugAL
  • Democracia
  • Integralismo Lusitano
    • Os Mestres dos Integralistas Lusitanos
    • Integralismo Lusitano - Periódicos e Editoras
    • Afonso Lopes Vieira, 1878-1946
    • Adriano Xavier Cordeiro , 1880-1919
    • Hipólito Raposo, 1885-1953
    • Luís de Almeida Braga, 1886-1970
    • António Sardinha, 1887-1925
    • Alberto de Monsaraz, 1889-1959
    • Domingos de Gusmão Araújo, 1889-1959
    • Francisco Rolão Preto, 1893-1977
    • José Pequito Rebelo, 1893-1983
    • Joaquim Mendes Guerra, 1893-1953
    • Fernando Amado, 1899-1968
    • Carlos Proença de Figueiredo, 1901-1990
    • Luís Pastor de Macedo, 1901-1971
    • Leão Ramos Ascensão, 1903-1980
    • António Jacinto Ferreira, 1906-1995
    • José de Campos e Sousa, 1907-1980
    • Guilherme de Faria, 1907-1929
    • Manuel de Bettencourt e Galvão, 1908
    • Mário Saraiva, 1910-1998
    • Afonso Botelho, 1919-1996
    • Henrique Barrilaro Ruas, 1921-2003
    • Gonçalo Ribeiro Telles, 1922-2020
    • Rivera Martins de Carvalho, 1926-1964
    • Teresa Martins de Carvalho, 1928-2017
  • Índice
  • Quem somos
  • Actualizações
  • PORTugAL
  • Democracia
  • Integralismo Lusitano
    • Os Mestres dos Integralistas Lusitanos
    • Integralismo Lusitano - Periódicos e Editoras
    • Afonso Lopes Vieira, 1878-1946
    • Adriano Xavier Cordeiro , 1880-1919
    • Hipólito Raposo, 1885-1953
    • Luís de Almeida Braga, 1886-1970
    • António Sardinha, 1887-1925
    • Alberto de Monsaraz, 1889-1959
    • Domingos de Gusmão Araújo, 1889-1959
    • Francisco Rolão Preto, 1893-1977
    • José Pequito Rebelo, 1893-1983
    • Joaquim Mendes Guerra, 1893-1953
    • Fernando Amado, 1899-1968
    • Carlos Proença de Figueiredo, 1901-1990
    • Luís Pastor de Macedo, 1901-1971
    • Leão Ramos Ascensão, 1903-1980
    • António Jacinto Ferreira, 1906-1995
    • José de Campos e Sousa, 1907-1980
    • Guilherme de Faria, 1907-1929
    • Manuel de Bettencourt e Galvão, 1908
    • Mário Saraiva, 1910-1998
    • Afonso Botelho, 1919-1996
    • Henrique Barrilaro Ruas, 1921-2003
    • Gonçalo Ribeiro Telles, 1922-2020
    • Rivera Martins de Carvalho, 1926-1964
    • Teresa Martins de Carvalho, 1928-2017
  • Índice
  • Quem somos
  • Actualizações
Search by typing & pressing enter

YOUR CART

Fotografia



​Cem anos de António Sardinha

Jaime Nogueira Pinto
Passa hoje, sexta-feira, 10 de Janeiro de 2025, um século sobre a morte de António Sardinha aos 37 anos, em Elvas.

Sardinha foi a figura principal do movimento conhecido por Integralismo Lusitano, nascido de uma fraternidade geracional coimbrã em que a política começara por não ser o mais importante. Sardinha era republicano e Luís de Almeida Braga, Hipólito Raposo e Alberto de Monsaraz eram monárquicos, mas faziam todos parte dos “exotéricos”.

Como acontece com frequência na história das ideias e dos movimentos políticos que triunfam e se institucionalizam, a República desiludiu o jovem António Sardinha, que tão contente ficara com a sua proclamação em Outubro de 1910. E, num par de anos, ei-lo convertido à Monarquia e ao Catolicismo, não só porque a República, afinal, não ressuscitara as liberdades municipais, mas porque a nova classe política não lhe parecia muito diferente da antiga.

Entretanto, com o fracasso das incursões tentadas em 1911-12 por Henrique de Paiva Couceiro, o resistente do 5 de Outubro, a partir do seu exílio na Galiza - iniciativas corajosas, mas sem qualquer viabilidade estratégica -, impunha-se o caminho das ideias.

Por esse tempo, em França, a Action française, movimento que Gramsci definiria como de ideias reaccionárias e métodos revolucionários, estava no topo do seu activismo, com o terceto Charles Maurras, Jacques Bainville e Léon Daudet. A Action française, que tinha como matriz ideológica o nacionalismo contra-revolucionário e como valor primeiro a França, via na Revolução de 1789 e nos princípios do liberalismo democrático e jacobino, anti-monárquico e anti-católico, a decadência da Nação.

Ora no Portugal da Primeira República, governado por Afonso Costa, que seguia a receita da Terceira República francesa no anti-clericalismo e nas perseguições aos monárquicos, a Action française, “uma escola de pensamento reaccionário moderno”, não podia deixar de impressionar aquele grupo a que José Manuel Quintas chamaria os "Filhos de Ramires”, na senda do romance de Eça de Queirós. Na geração de Sardinha há também a marca da Geração de 70, depois da humilhação do Ultimato, quando o quase iberista Oliveira Martins escreve as biografias de Nun’Álvares e dos infantes de Aviz e Eça de Queirós A Cidade e as Serras e A Ilustre Casa de Ramires.

Era “na linha recta” de Gonçalo Mendes Ramires, o herói d'A Ilustre Casa de Ramires, que se filiavam Sardinha, em Ao Ritmo da Ampulheta, e os seus companheiros integralistas.

O programa dos integralistas, a sua agenda contra-revolucionária de uma monarquia tradicional ao jeito do miguelismo, profundamente católica e com um municipalismo medievalista que não deixava de lembrar Herculano, está hoje longe dos caminhos da direita nacionalista e populista que, perante o globalismo das elites, passou a ver na comunidade dos cidadãos e no seu livre voto o melhor instrumento de defesa dos valores nacionais, populares e conservadores.

Mas o papel de António Sardinha e dos integralistas - as suas convicções firmemente patrióticas e religiosas, a sua crença nas ideias como fundamento da acção política, a sua revisão histórica da interpretação jacobina - merece ser recordado.

​Jaime Nogueira Pinto - Politólogo e escritor

Fonte: https://www.dn.pt/opiniao/cem-anos-de-ant%C3%B3nio-sardinha [11.01.2025]


[ Este artigo de Jaime Nogueira Pinto suscitou um comentário de José Manuel Quintas, publicado em Estudos Portugueses: 2025 - José Manuel Quintas - Na vanguarda ]

Relacionado
​open.spotify.com/episode/4ww6thD26BCmaXJK1Hg6nf?si=4fi2ftdoR7Sgb2ytrZFQTQ&t=356 Podcast "Radicais Livres" - 100 anos de António Sardinha - E o Integralismo Lusitano
Democracia, segundo o Integralismo Lusitano
1914-05 - Hipólito Raposo - A voz do profeta [ Alexandre Herculano ]
1983 - Mário Saraiva - Outra Democracia - Uma Alternativa Nacional (ver o capítulo PARTIDOCRACIA)
2014 - José Manuel Quintas - O Integralismo Lusitano para além das etiquetas
2025 - José Manuel Quintas - Na vanguarda
​​...nós não levantaríamos nem o dedo mínimo, se salvar Portugal fosse salvar o conúbio apertado de plutocratas e arrivistas em que para nós se resumem, à luz da perfeita justiça, as "esquerdas" e as "direitas"!

​​
- António Sardinha (1887-1925) - 
Fotografia

​www.estudosportugueses.com​

​2011-2025
​
[sugestões, correções e contributos: [email protected]]