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António Sardinha e o Capitalismo moderno

José Manuel Quintas
António Sardinha critica o capitalismo moderno como produto do individualismo desencadeado pela Revolução Francesa, que desmantelou as proteções comunais e deixou os trabalhadores vulneráveis às elites financeiras. Sardinha argumenta que as democracias liberais e a ordem burguesa servem aos interesses dos plutocratas, levando à fragmentação social, à pobreza urbana e ao domínio do materialismo, enquanto defende um sindicalismo de inspiração cristã, focado na harmonia social e não na luta de classes. Propõe uma sociedade enraizada na família, na propriedade e no trabalho, com a monarquia atuando como árbitro imparcial e o capital subordinado aos interesses sociais e nacionais e não aos políticos dos partidos.

  • Origem do capitalismo moderno
    • O capitalismo moderno é visto como uma consequência direta do individualismo promovido pela Revolução Francesa, que destruiu as estruturas comunitárias e solidárias. A abolição dos antigos quadros corporativos (onde o trabalho era protegido) deixou o trabalhador à mercê da plutocracia, ou seja, das elites financeiras.
    Exploração do Proletariado
    • Sardinha critica o regime do contrato de trabalho, inaugurado pelo Código Civil, porque, sob a aparência de liberdade, apenas reforça a sujeição do trabalhador ao capital. Considera que o proletariado, ao confiar nas promessas dos partidos político-ideológicos das chamadas "democracias liberais", acabou numa situação miserável, pois os governos saídos de parlamentos assentes no monopólio dos partidos são estruturalmente corruptos e incapazes de proteger os mais pobres..
  • Crítica à Ordem Burguesa
    • Para Sardinha, a sociedade burguesa, surgida após a Revolução, é individualista, baseada no interesse materialista e não no serviço ao bem comum. Denuncia o “feudalismo financeiro” e a “bancocracia” como formas modernas de dominação, piores do que o antigo feudalismo, pois o capitalismo moderno não tem limites morais ou espirituais.
  • Consequências Sociais e Urbanização
    • A fragmentação da propriedade da terra, aliada ao conceito de propriedade privada sem obrigações sociais, levou a uma crescente urbanização, ao enfraquecimento da atividade agrícola, ao absentismo e ao aumento do pauperismo (pobreza urbana).
    • O advento da máquina a vapor e a industrialização entregaram o trabalho ao domínio das oligarquias financeiras.
  • Sindicalismo Tradicionalista
    • Sardinha defende o sindicalismo de inspiração cristã, que busca a colaboração social e a harmonia entre as classes, em oposição ao sindicalismo revolucionário e à luta de classes promovida pelo liberalismo e socialismo.
    • Cita a encíclica Rerum Novarum como exemplo de doutrina social-cristã que propõe a colaboração e o auxílio recíproco entre as classes, em vez do antagonismo social.
  • Crítica à Democracia Liberal
    • Para Sardinha, as democracias dos partidos ideológicos são os regimes mais favoráveis à supremacia da alta finança; a instabilidade do poder e a corrupção eleitoral abrem caminho para o domínio dos plutocratas.
    • Os municípios, os sindicatos e a monarquia, ao contrário, estão em melhor posição para garantir justiça social e proteger o trabalho e a propriedade; a Dinastia está acima dos interesses das oligarquias financeiras.
  • Proposta de Alternativa
    • Sardinha propõe uma sociedade baseada na família, na propriedade e no trabalho, com a Instituição Real como árbitro imparcial entre as classes.
    • O capital deve ser subordinado ao interesse nacional e social, e não dominar a sociedade como ocorre nas democracias dominadas pelos partidos político-ideológicos.
 
Citações:
  • Sobre a origem do capitalismo e a influência da Revolução Francesa:
“Sendo contra os princípios funestos da Revolução Francesa, nós somos necessariamente contra a organização económica da sociedade moderna. O Trabalho e a Propriedade sofreram com a obra da Revolução a influência de uma nova ordem de coisas, de onde deriva imediatamente a crise que a todos nos toca e que escurece o horizonte com tão cerradas interrogações. O proletário, que nós vemos enfeudado ao cortejo dos agitadores políticos, deve à democracia a sua situação miseranda. A desorganização individualista da Revolução, abolindo os quadros corporativos em que o Trabalho se protegia e defendia dos acasos da concorrência, deixou o produtor entregue ao arbítrio da plutocracia, que é sem dúvida a única e a verdadeira criação do espírito revolucionário.”
  • Sobre a exploração do proletariado e a corrupção dos governos saídos do sufrágio inorgânico:
“Um século inteiro de experiências dolorosas mostra-nos que nunca a sorte das classes pobres pode ser tratada e minorada pelos governos saídos do voto, que são estruturalmente governos sujeitos por defeito de origem à venalidade e à corrupção.”
  • Sobre a ordem burguesa e o materialismo:
“Vemos crescer e medrar uma turba-multa de devoradores, em cujo proveito a Revolução se consumou, dando lugar sobre uma sociedade baseada na ideia cristã da honra, a outra sociedade – a sociedade burguesa –, baseada na ideia materialista do interesse.”
  • Sobre o domínio do capital e a bancocracia:
“Chegara a hora máxima do Capitalismo. Ia reinar a bancocracia! ‘Enrichissez-vous! Enrichissez-vous!’ – gritavam Thiers e Guizot aos seus contemporâneos. Só o oiro triunfava na desaparição da Nobreza, suplantada pela sede desensofrida dos plutocratas, que são a lepra das sociedades em decadência.”
  • Sobre a incompatibilidade entre sindicalismo e sufrágio inorgânico:
“A incompatibilidade do sindicalismo com a democracia está hoje declarada e assente. Olhando ao largo, o que é que nós vemos formando o séquito dos chamados ‘princípios-liberais’, com que se explora e ludibria ainda agora a mentalidade simplista do proletariado? Vemos crescer e medrar uma turba-multa de devoradores, em cujo proveito a Revolução se consumou, dando lugar sobre uma sociedade baseada na ideia cristã da honra, a outra sociedade – a sociedade burguesa –, baseada na ideia materialista do interesse.”
  • Sobre a proposta de alternativa ao capitalismo:
“Ora não é demais repetir que nós, tradicionalistas, não somos conservadores, mas sim renovadores. Como renovadores, o Capitalismo só merece a nossa condenação. Somos francamente pelo movimento sindicalista, sem que com isso sejamos pelas arestas turbulentas de que ele se reveste por enquanto. Não confundamos as avançadas do grande exército operário com a essência das suas aspirações! O sindicalismo é por natureza uma tendência orgânica.”

​
​J. M. Q.

22.10.2025
​
  • Sardinha critica o regime do contrato de trabalho, inaugurado pelo Código Civil, porque, sob a aparência de liberdade, apenas reforça a sujeição do trabalhador ao capital
​​...nós não levantaríamos nem o dedo mínimo, se salvar Portugal fosse salvar o conúbio apertado de plutocratas e arrivistas em que para nós se resumem, à luz da perfeita justiça, as "esquerdas" e as "direitas"!

​​- António Sardinha (1887-1925) - 
Fotografia

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​2011-2025
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