José Augusto de Macedo de Campos e Sousa, Lisboa, 3 de Junho de 1907 - Lisboa, 20 de Dezembro de 1980.
Foi oficial miliciano de Infantaria, estudou Medicina, abandonando o curso no 4º ano para se dedicar inteiramente à organização do Nacional-Sindicalismo, de que foi um dos Doze Fundadores, com Alberto de Monsaraz, Francisco Rolão Preto, Alçada Padez, António Pedro, António de Sousa Rego, António Lepierre Tinoco, Dutra Faria, Francisco de Albuquerque, Garcia Domingues, Pereira de Matos e Luís Forjaz Trigueiros.
Quando tinha apenas 25 anos, criou um movimento para fazer uma cripta condigna dos mártires Rei D. Carlos e Príncipe D. Luís Filipe, assassinados em 1908, de que veio a resultar a construção do Mausoléu existente no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa, vindo depois a publicar, em colaboração com João de Azevedo Coutinho, o Livro do Monumento Fúnebre à memória Sagrada de S. M. F. El-Rei D. Carlos I e de Seu Augusto Filho S. A. R. o Príncipe Senhor D. Luiz Felipe, Mortos ao Serviço da Pátria (1933).
Educado por uma preceptora irlandesa, tinha perfeito domínio da língua inglesa, assumindo, em 1 de Outubro de 1932, a direcção do Secretariado de Propaganda no Estrangeiro do Nacional-Sindicalismo. Em 14 de Março de 1934, é nomeado por Rolão Preto como Secretário particular da Chefia. Em Julho, a poucos meses das eleições legislativas, a Organização do Nacional-Sindicalismo foi proibida por Oliveira Salazar. No ano seguinte - no Ano III do Nacional-Sindicalismo - é realizada uma reorganização para dar combate à tirania oligárquica do Estado Novo mas, em 1 de Dezembro de 1936, devido à eclosão da Guerra Civil em Espanha, Rolão Preto acabará por declarar "tréguas políticas". Tal como Rolão Preto, Alberto de Monsaraz, António Tinoco, entre outros dirigentes nacional sindicalistas, José de Campos pertencerá ao grupo dos que irão permanecer fieis ao ideário municipalista e sindicalista do Integralismo, na oposição e resistência ao Estado Novo.
No âmbito do Integralismo Lusitano, foi depois diretor-proprietário das “Edições G.A.M.A. Ltda” e editor do semanário Aléo. Na Causa Monárquica, foi Vogal do Conselho da Nobreza, criado em 1945 por D. Duarte Nuno de Bragança.
Após a II Guerra Mundial, José de Campos dedicou-se aos estudos históricos, em especial nos domínios da genealogia e heráldica. Em 23 de Agosto de 1963, ingressou no Serviço Histórico Militar, como Adjunto do seu Arquivo, sendo Tenente miliciano de Infantaria, licenciado, na situação de reserva. O Director do Arquivo era então o Coronel do Corpo do Estado-Maior João Carlos de Sá Nogueira (Sá da Bandeira). Em 16 de Setembro, o general Luís da Câmara Pina, Chefe do Estado-Maior do Exército, encarregou José de Campos de elaborar uma Relação Geral de emblemas, brasões e bandeiras castrenses. Ao ser criado o Gabinete de Heráldica do Exército, José de Campos e Sousa foi nomeado seu Director, em 1 de Abril de 1966, e graduado em Tenente-Coronel miliciano de Infantaria.
Foi membro de diversas instituições académicas e culturais: Academia Portuguesa de Ex-libris; adjunto do Arquivo Histórico Militar; secretário da revista “Armas e Troféus”; vice-presidente da Comissão do Dia de Goa; Associação dos Arqueólogos Portugueses (onde foi Secretário-Geral); Instituto Português de Heráldica; Académie Internationale d'Héraldique, Instituto Internacional de Genealogia y Heráldica; Instituto Genealógico Brasileiro (onde foi Conselheiro); Federação dos Institutos Genealógicos Latinos (onde foi diretor do “Gabinete genealógico” de Portugal), etc.
Fidalgo de Cota de Armas. Cavaleiro de Justiça da Ordem de Santa Maria de Belém. Medalha de Prata de Filantropia e Caridade, do Instituto de Socorro a Náufragos do Ministério da Marinha.
Bibliografia de José de Campos e Sousa
Foi oficial miliciano de Infantaria, estudou Medicina, abandonando o curso no 4º ano para se dedicar inteiramente à organização do Nacional-Sindicalismo, de que foi um dos Doze Fundadores, com Alberto de Monsaraz, Francisco Rolão Preto, Alçada Padez, António Pedro, António de Sousa Rego, António Lepierre Tinoco, Dutra Faria, Francisco de Albuquerque, Garcia Domingues, Pereira de Matos e Luís Forjaz Trigueiros.
Quando tinha apenas 25 anos, criou um movimento para fazer uma cripta condigna dos mártires Rei D. Carlos e Príncipe D. Luís Filipe, assassinados em 1908, de que veio a resultar a construção do Mausoléu existente no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa, vindo depois a publicar, em colaboração com João de Azevedo Coutinho, o Livro do Monumento Fúnebre à memória Sagrada de S. M. F. El-Rei D. Carlos I e de Seu Augusto Filho S. A. R. o Príncipe Senhor D. Luiz Felipe, Mortos ao Serviço da Pátria (1933).
Educado por uma preceptora irlandesa, tinha perfeito domínio da língua inglesa, assumindo, em 1 de Outubro de 1932, a direcção do Secretariado de Propaganda no Estrangeiro do Nacional-Sindicalismo. Em 14 de Março de 1934, é nomeado por Rolão Preto como Secretário particular da Chefia. Em Julho, a poucos meses das eleições legislativas, a Organização do Nacional-Sindicalismo foi proibida por Oliveira Salazar. No ano seguinte - no Ano III do Nacional-Sindicalismo - é realizada uma reorganização para dar combate à tirania oligárquica do Estado Novo mas, em 1 de Dezembro de 1936, devido à eclosão da Guerra Civil em Espanha, Rolão Preto acabará por declarar "tréguas políticas". Tal como Rolão Preto, Alberto de Monsaraz, António Tinoco, entre outros dirigentes nacional sindicalistas, José de Campos pertencerá ao grupo dos que irão permanecer fieis ao ideário municipalista e sindicalista do Integralismo, na oposição e resistência ao Estado Novo.
No âmbito do Integralismo Lusitano, foi depois diretor-proprietário das “Edições G.A.M.A. Ltda” e editor do semanário Aléo. Na Causa Monárquica, foi Vogal do Conselho da Nobreza, criado em 1945 por D. Duarte Nuno de Bragança.
Após a II Guerra Mundial, José de Campos dedicou-se aos estudos históricos, em especial nos domínios da genealogia e heráldica. Em 23 de Agosto de 1963, ingressou no Serviço Histórico Militar, como Adjunto do seu Arquivo, sendo Tenente miliciano de Infantaria, licenciado, na situação de reserva. O Director do Arquivo era então o Coronel do Corpo do Estado-Maior João Carlos de Sá Nogueira (Sá da Bandeira). Em 16 de Setembro, o general Luís da Câmara Pina, Chefe do Estado-Maior do Exército, encarregou José de Campos de elaborar uma Relação Geral de emblemas, brasões e bandeiras castrenses. Ao ser criado o Gabinete de Heráldica do Exército, José de Campos e Sousa foi nomeado seu Director, em 1 de Abril de 1966, e graduado em Tenente-Coronel miliciano de Infantaria.
Foi membro de diversas instituições académicas e culturais: Academia Portuguesa de Ex-libris; adjunto do Arquivo Histórico Militar; secretário da revista “Armas e Troféus”; vice-presidente da Comissão do Dia de Goa; Associação dos Arqueólogos Portugueses (onde foi Secretário-Geral); Instituto Português de Heráldica; Académie Internationale d'Héraldique, Instituto Internacional de Genealogia y Heráldica; Instituto Genealógico Brasileiro (onde foi Conselheiro); Federação dos Institutos Genealógicos Latinos (onde foi diretor do “Gabinete genealógico” de Portugal), etc.
Fidalgo de Cota de Armas. Cavaleiro de Justiça da Ordem de Santa Maria de Belém. Medalha de Prata de Filantropia e Caridade, do Instituto de Socorro a Náufragos do Ministério da Marinha.
Bibliografia de José de Campos e Sousa
- 1933 - Livro do Monumento Fúnebre à memória Sagrada de S. M. F. El-Rei D. Carlos I e de Seu Augusto Filho S. A. R. o Príncipe Senhor D. Luiz Felipe, Mortos ao Serviço da Pátria, em colaboração com João de Azevedo Coutinho, António Maria do Amaral Pyrrait, José Henrique da Veiga Pinto Quirino da Fonseca, entre outros.
- 1933 - Cartas de Brazão Inéditas. Colaboração com Eugénio Andrêa da Cunha e Freitas.
- 1935 - Mousinhos d'Albuquerque - Subsídios para a sua História. Colaboração com Eugénio Andrêa da Cunha e Freitas, Lisboa.
- 1935 - Navarros de Andrade. Colaboração de Eugénio Andrêa da Cunha e Freitas. Braga.
- 1936 - Os Milhões de Calcutá – Notícia Histórica & Genealógica. Lisboa.
- 1937 - Viscondes-Barões de Vila Nova de Fozcôa, e Condes Barões de Pinhel. Colaboração com Eugenio Andrêa da Cunha e Freitas. Braga.
- 1937 - Breve notícia genealógica da descendência do Barão de São José de Pôrto Alegre. Braga.
- 1943 - A Herança de Calcutá – Notícia Histórica & Genealógica. Lisboa.
- 1945 - Da origem dos Pintos e dos Cams. Vila Real.
- 1946 - Processo genealógico de Camilo Castello Branco, pref. de Pedro da Câmara Leme. Lisboa: G.A.M.A., 1946.
- 1946 - História de uma Casa Pombalina. Lisboa.
- 1947 - Esclarecimento das dúvidas manifestadas pelo Senhor Jacinto do Prado Coelho, em “Introdução ao estudo da novela camiliana”, acerca da identidade da mãi de Camillo. Lisboa.
- 1947 - A vera genealogia do ditador Salazar: copiada de um papel intitulado "Inquérito genealógico à cristã-novice, concubinato e outros defeitos de sangue na ascendência de Salazar"/ da autoria do linhagista Luiz José de Bivar Pimentel Guerra. 1947.
- 1948 - A Casa e Quinta da Bufuaria. Lisboa.
- 1948 - O marido de “madame” de Paiva. Porto.
- 1949 - Serviços Gerais da Cruz Vermelha Portuguesa. (2ª edição, 1951)
- 1949 - A Casa das Quartas em Abambres de Mateus. Régua.
- 1949 - O Paço dos Vila Reais. Régua.
- 1949 - A Casa de Urros. Régua.
- 1950 - Um brasão de armas austríaco, de inspiração portuguesa. Guimarães.
- 1950 - Correias de São Miguel – Uma família portuense no povoamento dos Açores. Porto.
- 1951 - Atualização do Processo Genealógico de Camillo Castello Branco. Guimarães.
- 1951 - Cartas de Sua Majestade a Rainha Senhora Dona Amélia para um escolar de medicina.
- 1951 - Macedos de São João Baptista de Castedo – Uma família de Trás-os-Montes na história militar do Porto. Porto.
- 1953 - Os Viscondes da Praia Grande de Macau. Lisboa.
- 1954 - Frei João da Madre de Deus - Sua obra genealógica e suas Antas de Santa Maria de Távora. Porto.
- 1954 - Psicanálise, Jjudaísmo e Mãe de Camilo - Resposta a Gondin da Fonseca. Lisboa.
- 1955 - Notas à margem de um romance camiliano: “O Santo da Montanha”. Lisboa.
- 1956 - In Memoriam do Conde da Torre – colaboração com Delfim Maya, Manuel de Bettencourt e Galvão e outros. Lisboa.
- 1957 - Vinte dias em Viena. Lisboa.
- 1958 - Viagem de Sua Majestade a Imperatriz viúva duquesa de Bragança à Suécia no ano de 1839. Lisboa.
- 1958 - Elementos para o processo genealógico dos Mousinhos de Albuquerque. Lisboa: Brotéria.
- 1958 - Acerca de uma família ilustre dos antigos magistrados do Porto. Porto [Prémio Duchesne 1958 do Instituto Internacional de Genealogia y Heráldica]
- 1959 - Dois Macedos na Expedição de 1895. Lisboa.
- 1959 - Macedos de Vilar de Maçada e outros desentroncados. Lisboa.
- 1961 - "O Conselho da Nobreza" in Afonso Eduardo Martins Zúquete (dir.), Nobreza de Portugal e do Brasil. Lisboa: Editorial Enciclopédia, vol. 3.
- 1962 - A propósito do livro "Porcelaine de la Compagnie des Indes" de Michel Beurdeley. Porto.
- 1962 - Loiça brasonada. com pref. Marquês de São Payo. Porto: Fernando Machado.
- 1964 - Livro das librés da Casa Pereira Vianna. Porto.
- 1964 - Três peças curiosas de porcelana sínica de encomenda. Porto.
- 1964 - A propósito da iconografia da Virgem nas bandeiras e guiões militares e nos estandartes reais portugueses. Lisboa.
- 1965 - A bandeira e o tope azuis e brancos – subsídios para a sua história. Lisboa.
- 1966 - Palmela e os Du Maurier - Reparos a uma obra de Daphne Du Maurier. Lisboa: Associação dos Arqueólogos Portugueses.
- 1967 - Camilo e a princesa do Corgo: palestra realizada em Vila Real... integrada na homenagem prestada... ao insigne romancista. Vila Real: Comissão Regional de Turismo da Serra do Marão, 1967.
- 1968 - O brasão de armas do Ilustríssimo Senhor Dom Frei Gonçalo de Morais, pela mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica da cidade e Bispado do Porto, do Conselho de Sua Majestade, & c. Porto.
- 1968 - Camilo e mini-cultura, Lisboa.
- 1969 - Acerca do tecto artesonado da pseudo Casa do Esmeraldo, no Funchal, e da sua origem e heráldica de Don Cristóbal Colón. com pref. do Marquês de São Payo. Lisboa.
- 1969 - A exoneração compulsiva da Comissão de Serviços e Des-serviços do Conselho de Nobreza. Colaboração com D. Luís Gonzaga de Lancastre e Távora, Marquês de Abrantes e de Fontes. Lisboa.
- 1970 - Falemos de Loiça brasonada. Lisboa.
- 1970 - Amal do Funchal - uma epidemia de ficções culturais. Braga.
- 1970 - Cinco brasões de armas eclesiásticas. Lisboa.
- 1970 - A baixela de D. José e Dona Victoria, Lisboa.
- 1971 - Famílias da freguesia de S. Martinho de Mateus: observações à obra "Fidalgos e Morgados de Vila Real e seu termo", do Dr. Júlio António Teixeira / Carlos de Barros; com uma apresentação de José de Campos e Souza. Porto: C. de Barros.
- 1971 - Novas achegas para a história da Casa das Quartas em Abambres de Mateus - ampliação do que sobre ele escreveu o operoso genealogista Dr. Júlio A. Teixeira em "Fidalgos e Morgados de Vila Real e seu Termo", Lisboa.
- 1972 - Le Système héraldique actuel de l'Armée Portugaise. Viena.
- 1972 - Normas de heráldica do Exército - Regulamento da simbologia do Exército. Lisboa.
- 1974 - A Espada e a Pena - Subsídios para a biografia do general de divisão Cláudio de Chaby..., Separata do Boletim do Arquivo Histórico Militar, 44º volume, Lisboa.
- 1976 - A propósito da cerâmica armoriada. Braga.
- 1979 - Memórias sobre loiça brasonada. Lisboa.
Relacionado
Bibliografia passiva:
- Nota biográfica no espaço do Colégio Brasileiro de Genealogia: https://cbg.org.br/biografia/jose-augusto-de-macedo-de-campos-e-sousa