A nossa mocidade, na desesperada demanda de uma pátria e de um regime que dignamente a encarne, não deve tão pouco deixar-se seduzir pelo ideal mussoliniano como solução do problema português. É certo que a ideia originária do fascismo: a união das vontades sob o símbolo da autoridade não tem nada de condenável e numa primeira fase da sua concretização teve o alto mérito de derrotar o bolchevismo o de reorganizar o Estado italiano que estava reduzido à impotência pelo parlamentarismo decadente. Mas a sua posterior degenerescência, mudando-se em racismo, totalitarismo, imperialismo espoliador, a caminho de um fim catastrófico e abominável, nos proíbe qualquer solidariedade com esse segundo fascismo, embora reconhecendo sempre a legitimidade e benemerência do primeiro. E nem o bolchevismo nem a pseudodemocracia tem autoridade para negar a legitimidade desse primeiro fascismo, porque foram eles os responsáveis pelo seu advento.
- Pequito Rebelo in "Pela liberdade... contra o totalitarismo - O bom e o mau fascismo", Barricada, ?.
- Pequito Rebelo in "Pela liberdade... contra o totalitarismo - O bom e o mau fascismo", Barricada, ?.