Pátria-Nova
[ Movimento Neoimperial Brasileiro] [ Patrianovismo ]
O Centro Monarquista de Cultura Social e Política Pátria Nova foi fundado em 1928 por um grupo de jovens católicos liderados por Arlindo Veiga dos Santos. Naquele ano, tornou-se a Ação Imperial Patrianovista Brasileira – AIPB.
As congregações marianas de São Paulo foram decisivas para a formação inicial de Arlindo Veiga dos Santos. Depois, o Centro Dom Vital (1921), e a revista A Ordem (1922), criada por Jackson de Figueiredo, sob uma epígrafe de Ernest Hello - L'ordre et la loi du monde naturel et la loi du monde surnaturel (A ordem é a lei do mundo natural e do mundo sobrenatural) - em torno de personalidades como Alceu Amoroso Lima, Sobral Pinto, Leonel Franca, Tristão de Athayde, renovou no Brasil o pensamento católico através do combate ao materialismo positivista e ao cientismo. Colocando-se na linha de Farias Brito e de Jackson de Figueiredo, o movimento Pátria-Nova teve participação nessa associação de leigos católicos (Arlindo Veiga Miranda, A atitude de Pátria Nova, A Ordem, nº 10, Dezembro de 1930, pp. 247-251).
Tal como o Integralismo Lusitano, a AIPB defendeu um ideário monárquico não oligárquico, alicerçado no catolicismo social desenvolvido a partir da encíclica Rerum Novarum (1891) de Leão XIII. Em alternativa às representações obtidas através do voto individualista em partidos ideológicos, a AIPB defendeu o voto orgânico e as representações por intermédio dos corpos intermédios - municípios, sindicatos e corporações.
Em 16 de setembro de 1931, Arlindo Veiga dos Santos e José Corrêa Leite fundaram a Frente Negra Brasileira – FNB. Plínio Salgado tinha amizade com Arlindo e colabora com a FNB.
O Patrianovismo não apoiou a "revolução constitucionalista".
Em 1932, Arlindo Veiga dos Santos participou na Sociedade de Estudos Políticos (SEP). Havia amizade entre Arlindo e Plínio e, combatendo as oligarquias da chamada "revolução constitucionalista", Plínio vai criar a Ação Integralista Brasileira (AIB), enquanto Arlindo mantém a autonomia do Patrianovismo. O ideário e as doutrinas políticas, como excepção da chefia do Estado - monarca ou presidente - fundavam-se ambas no catolicismo social e na defesa da democracia orgânica, anti-oligárquica. É então que o Patrianovismo e o Integralismo Brasileiro desenvolvem uma acção paralela e concertada no combate ao totalitarismo estatista dos fascistas brasileiros. A AIPB, tal como a AIB, foi proibida em 1937, só voltando à luz do dia em 1945. A acção da AIPB prolongou-se até 1964.
As congregações marianas de São Paulo foram decisivas para a formação inicial de Arlindo Veiga dos Santos. Depois, o Centro Dom Vital (1921), e a revista A Ordem (1922), criada por Jackson de Figueiredo, sob uma epígrafe de Ernest Hello - L'ordre et la loi du monde naturel et la loi du monde surnaturel (A ordem é a lei do mundo natural e do mundo sobrenatural) - em torno de personalidades como Alceu Amoroso Lima, Sobral Pinto, Leonel Franca, Tristão de Athayde, renovou no Brasil o pensamento católico através do combate ao materialismo positivista e ao cientismo. Colocando-se na linha de Farias Brito e de Jackson de Figueiredo, o movimento Pátria-Nova teve participação nessa associação de leigos católicos (Arlindo Veiga Miranda, A atitude de Pátria Nova, A Ordem, nº 10, Dezembro de 1930, pp. 247-251).
Tal como o Integralismo Lusitano, a AIPB defendeu um ideário monárquico não oligárquico, alicerçado no catolicismo social desenvolvido a partir da encíclica Rerum Novarum (1891) de Leão XIII. Em alternativa às representações obtidas através do voto individualista em partidos ideológicos, a AIPB defendeu o voto orgânico e as representações por intermédio dos corpos intermédios - municípios, sindicatos e corporações.
Em 16 de setembro de 1931, Arlindo Veiga dos Santos e José Corrêa Leite fundaram a Frente Negra Brasileira – FNB. Plínio Salgado tinha amizade com Arlindo e colabora com a FNB.
O Patrianovismo não apoiou a "revolução constitucionalista".
Em 1932, Arlindo Veiga dos Santos participou na Sociedade de Estudos Políticos (SEP). Havia amizade entre Arlindo e Plínio e, combatendo as oligarquias da chamada "revolução constitucionalista", Plínio vai criar a Ação Integralista Brasileira (AIB), enquanto Arlindo mantém a autonomia do Patrianovismo. O ideário e as doutrinas políticas, como excepção da chefia do Estado - monarca ou presidente - fundavam-se ambas no catolicismo social e na defesa da democracia orgânica, anti-oligárquica. É então que o Patrianovismo e o Integralismo Brasileiro desenvolvem uma acção paralela e concertada no combate ao totalitarismo estatista dos fascistas brasileiros. A AIPB, tal como a AIB, foi proibida em 1937, só voltando à luz do dia em 1945. A acção da AIPB prolongou-se até 1964.
Bibliografia
A pesquisa pioneira, incontornável, foi a dissertação de mestrado A Ação Imperial Patrianovista Brasileira, de Teresa Maria Malatian Roy.
... haja o que houver, no meio das catástrofes sociais e políticas em que nos metemos por estupidez, filosoficamente importa-nos voltar à clara sabedoria cristã dos Agostinhos e Tomás de Aquino.
Historicamente, cumpre-nos retomar o caminho perdido dos factos e leis nacionais, fora da historieta de partido, caminho ora cheio de anfractuosos estorvos.
Sociologicamente, precisamos repensar as Nossas Tradições positivas, para melhorá-las, actualizá-las.
Essas não estão em livros americanos, ingleses e franceses, mas sim em obras lusas ou brasileiras não-traduzidas e, amiúde, em castelhano.
Tamanho esforço de recuperação, já o vêm fazendo há uns trinta anos os irmãos mais velhos, filhos da nossa Comum Tradição – os monárquicos integrais portugueses de quatro continentes.
Vão sendo revelados por eles alguns dos mestres comuns das nossas comuns instituições.
Há anos já, trabalham também, mais pobremente, os PATRIANOVISTAS e outros Tradicionalistas animosos no descobrimento e valorização das nossas raizes
históricas.
...
Arlindo Veiga dos Santos,
São Paulo de Piratininga, 12 de Novembro de 1946.
Historicamente, cumpre-nos retomar o caminho perdido dos factos e leis nacionais, fora da historieta de partido, caminho ora cheio de anfractuosos estorvos.
Sociologicamente, precisamos repensar as Nossas Tradições positivas, para melhorá-las, actualizá-las.
Essas não estão em livros americanos, ingleses e franceses, mas sim em obras lusas ou brasileiras não-traduzidas e, amiúde, em castelhano.
Tamanho esforço de recuperação, já o vêm fazendo há uns trinta anos os irmãos mais velhos, filhos da nossa Comum Tradição – os monárquicos integrais portugueses de quatro continentes.
Vão sendo revelados por eles alguns dos mestres comuns das nossas comuns instituições.
Há anos já, trabalham também, mais pobremente, os PATRIANOVISTAS e outros Tradicionalistas animosos no descobrimento e valorização das nossas raizes
históricas.
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Arlindo Veiga dos Santos,
São Paulo de Piratininga, 12 de Novembro de 1946.
1962 - Arlindo Veiga dos Santos - Ideias que Marcham no Silêncio (2ª edição, 2021)
Ver apresentação da vida e obra de Arlindo Veiga dos Santos em https://www.resistenciacultural.com.br/autores/arlindo-veiga-dos-santos/
Publicado em 1962, Ideias que marcham no silêncio... é a obra de maturidade do professor, escritor, tradutor, jornalista e poeta Arlindo Veiga dos Santos (1902 – 1978), contendo uma súmula de seu ideário católico, monárquico e tradicionalista.
Contém o prefácio da edição original, do jurista José Pedro Galvão de Sousa (1912 – 1992), mas esta 2ª edição foi revista, ampliada e ilustrada. Contém um novo prefácio, de autoria do desembargador Ricardo Dip, um posfácio do professor Victor Emanuel Vilela Barbuy e, em apêndice, um ensaio do jurista espanhol Francisco Elías de Tejada (1917 – 1978), situando Arlindo Veiga dos Santos como expoente do tradicionalismo hispânico; além de textos de Luiz Cordeiro Mergulhão – coordenador do Projeto Arlindo Veiga dos Santos – e Teresa Malatian – biógrafa do Autor. O fundador da Ação Imperial Patrianovista Brasileira e da Frente Negra Brasileira, incansável combatente pelo Brasil hispânico e mestiço, tem agora a sua opus magnum novamente à disposição do público.
Contém o prefácio da edição original, do jurista José Pedro Galvão de Sousa (1912 – 1992), mas esta 2ª edição foi revista, ampliada e ilustrada. Contém um novo prefácio, de autoria do desembargador Ricardo Dip, um posfácio do professor Victor Emanuel Vilela Barbuy e, em apêndice, um ensaio do jurista espanhol Francisco Elías de Tejada (1917 – 1978), situando Arlindo Veiga dos Santos como expoente do tradicionalismo hispânico; além de textos de Luiz Cordeiro Mergulhão – coordenador do Projeto Arlindo Veiga dos Santos – e Teresa Malatian – biógrafa do Autor. O fundador da Ação Imperial Patrianovista Brasileira e da Frente Negra Brasileira, incansável combatente pelo Brasil hispânico e mestiço, tem agora a sua opus magnum novamente à disposição do público.
A história do movimento monarquista - O Patrianovismo e Arlindo Veiga dos Santos (1928-1978). Ver entrevista sobre o movimento monarquista realizada na pagina da Ação Orleanista no dia 19/08/2019 concedida pela doutora Teresa Malatian, professora titular em Historiografia da FCHS/UNESP.