Adriano Xavier Cordeiro, 1880-1919. Xavier Cordeiro nasceu em 9 de Janeiro de 1880, em Arcozelo, Ponte de Lima, filho de António Xavier Cordeiro, Delegado do Procurador Régio na comarca de Ponte de Lima, e de D. Claudina Elisa Garcia Cordeiro. Sendo o pai magistrado, com uma vida profissional errante, Adriano estudou em liceus de Lisboa, Faro e Santarém, mas iniciou, com 17 anos, os seus estudos de Direito na Universidade de Coimbra. Concluiu a sua licenciatura em 1903, dois anos antes da maior parte dos restantes fundadores do Integralismo Lusitano - Hipólito Raposo, Almeida Braga, António Sardinha, Alberto Monsaraz - iniciarem o seu curso em Coimbra.
Adriano era cinco anos mais velho do que Hipólito Raposo, e não pertenceu ao grupo que preparou, na Quinta das Olaias (Figueira da Foz), o lançamento do Integralismo Lusitano mas, sendo este amigo de Hipólito Raposo, que por ele nutria grande apreço intelectual, foi convidado a juntar-se-lhes no lançamento da revista Nação Portuguesa, em 1914. Veio depois a ser o primeiro presidente da sua Junta Central, de 1916 até à sua morte, em 1919, quando contava apenas 39 anos.
Faleceu no Porto, em 11 de Setembro de 1919. No jornal A Monarquia, Hipólito Raposo publicou dois artigos, em 12 e 13 de Setembro, no último dos quais escreveu: "Rezemos sobre o túmulo do nosso amigo e companheiro, mas trabalhemos, sob a benção de Deus, para que a seara da esperança que amorosamente cultivamos, floresça na montanha maternal e na planície jucunda, em promessas de riqueza, de paz e de virtude que sejam no futuro a justificação, a glória e a recompensa do nosso querido morto!"
Xavier Cordeiro tratou sobretudo temas jurídicos - a sua especialidade - tanto na primeira série da revista Nação Portuguesa (1914-1916) como no jornal A Monarquia (1917-1919). Na revista Nação Portuguesa, merece destaque:
Adriano era cinco anos mais velho do que Hipólito Raposo, e não pertenceu ao grupo que preparou, na Quinta das Olaias (Figueira da Foz), o lançamento do Integralismo Lusitano mas, sendo este amigo de Hipólito Raposo, que por ele nutria grande apreço intelectual, foi convidado a juntar-se-lhes no lançamento da revista Nação Portuguesa, em 1914. Veio depois a ser o primeiro presidente da sua Junta Central, de 1916 até à sua morte, em 1919, quando contava apenas 39 anos.
Faleceu no Porto, em 11 de Setembro de 1919. No jornal A Monarquia, Hipólito Raposo publicou dois artigos, em 12 e 13 de Setembro, no último dos quais escreveu: "Rezemos sobre o túmulo do nosso amigo e companheiro, mas trabalhemos, sob a benção de Deus, para que a seara da esperança que amorosamente cultivamos, floresça na montanha maternal e na planície jucunda, em promessas de riqueza, de paz e de virtude que sejam no futuro a justificação, a glória e a recompensa do nosso querido morto!"
Xavier Cordeiro tratou sobretudo temas jurídicos - a sua especialidade - tanto na primeira série da revista Nação Portuguesa (1914-1916) como no jornal A Monarquia (1917-1919). Na revista Nação Portuguesa, merece destaque:
- "As velhas liberdades e a nova liberdade", Nação Portuguesa, 1 (3), 1914, pp. 86-91. Apologia de um poder do monarca limitado pelos costumes e tradições, pelas liberdades e regalias dos foros dos concelhos rurais e das comunas urbanas, que os Reis juravam respeitar ao subir ao trono, em contraste como os parlamentos contemporâneos, que se consideram dotados de soberania total, com autoridade legitima para em tudo legislar.
- "A desnacionalização do nosso Direito", Nação Portuguesa, 1 (9), Outubro de 1915, pp. 286-292. Xavier Cordeiro reage contra a influência dos direitos estrangeiros em Portugal, em especial do Código Napoleónico de 1804, acolhido no direito português na sequência da revolução liberal de 1820.
Para uma Bibliografia de Adriano Xavier Cordeiro
1913
Obrigações contratuais do Estado. Acção ordinária. Alegações finaes do autor, Dr. Caetano da Gama Pinto / A. Xavier Cordeiro, 3.ª Vara Cível de Lisboa, Lisboa, 1913 (?).
1914
"As velhas liberdades e a nova liberdade", Nação Portuguesa, 1 (3), 1914, pp. 86-91.
1915
"A desnacionalização do nosso Direito", Nação Portuguesa, 1 (9), Outubro de 1915, pp. 286-292.
1916
“O Direito e as Instituições”, in A Questão Ibérica, Lisboa, Almeida, Miranda e Sousa, 1916.
1917
O problema da Vinculação, Memória lida na Associação dos Advogados em 7 de Fevereiro de 1917, Lisboa, Tipografia do Annuario Comercial, 1917. (Sep. Anais da Associação dos Advogados.) Outra edição (?): O problema da vinculação e o casal de familia, 2.ª ed., Lisboa, 1933. (Tip. Inglesa.) 3.ª ed., 1933.
Palavras sobre a Arte do Povo, Pronunciadas na Exposição de Arte Regional realizada no Palácio Franco dos Santos em 17 de Março de 1917, Lisboa, Tipografia do Annuario Comercial, 1917.
1917-1919
Colaboração no jornal A Monarquia.
1919
Casal de familia: projecto de lei apresentado ao Senado em sessão de 8 de Janeiro de 1919, Lisboa, Imprensa Nacional, 1919.
1933
O Problema da Vinculação e o Casal de Família, Lisboa, Tipografia Inglesa.
Intervenções no Senado:
http://debates.parlamento.pt/catalogo/r1/cs/01/03/01/009/1918-08-05/10?q=xavier%2Bcordeiro&pOffset=40&pPeriodo=r1&pPublicacao=cs
http://debates.parlamento.pt/catalogo/r1/cs/01/03/01/009/1918-08-05/19?q=xavier%2Bcordeiro&pOffset=40&pPeriodo=r1&pPublicacao=cs
http://debates.parlamento.pt/catalogo/r1/cs/01/03/01/005/1918-07-29/11?q=xavier%2Bcordeiro&pOffset=40&pPeriodo=r1&pPublicacao=cs
[M.V.C.]