"Esquerdas" e "direitas" urge que desapareçam, porque são filhas do individualismo solto da Revolução [Francesa], - e a Revolução é a morte da alma centenária dos povos e a geradora da monstruosidade plutocrática dos tempos modernos, perante a qual, e esquecidas as regras divinas da Justiça, é quase de legítima defesa a monstruosidade bolchevista.
(...)
...nós não levantaríamos nem o dedo mínimo, se salvar Portugal fosse salvar o conúbio apertado de plutocratas e arrivistas em que para nós se resumem, à luz da perfeita justiça, as "esquerdas" e as "direitas"!
António Maria de Sousa Sardinha nasceu em Monforte do Alentejo em 9 de Setembro de 1887.
Poeta, historiador e político, destacou-se como ensaísta, polemista e doutrinador, tornando-se um verdadeiro condutor da intelectualidade portuguesa do seu tempo.
Foi pela mão de Eugénio de Castro que Sardinha publicou os seus primeiros poemas, quando tinha apenas 15 anos. Em 1909, obteve o prémio máximo nos jogos florais luso-espanhóis de Salamanca, com Lírica de Outubro.
Em 1911, formou-se em Direito na Universidade de Coimbra. Tendo sido um destacado republicano municipalista enquanto estudante, após a implantação da República deu-se nele uma profunda desilusão com o novo regime. Retornou à fé católica e converteu-se ao ideário da monarquia, juntando-se a Hipólito Raposo, Alberto de Monsaraz, Luís de Almeida Braga e Pequito Rebelo, para fundar a revista Nação Portuguesa, publicação de filosofia política a partir da qual foi lançado o movimento político-cultural denominado "Integralismo Lusitano" em defesa de uma "monarquia tradicional, orgânica, anti-parlamentar".
António Sardinha cedo se destacou no seio do grupo integralista pela força do seu verbo. Em 1915, por via da sociologia política de São Tomás de Aquino, começa a deixar para trás o jacobinismo e o cientismo positivista ao publicar O Valor da Raça, consumando pela mesma altura a sua passagem das Letras à Política ao pronunciar na Liga Naval de Lisboa uma conferência alertando para o perigo de uma absorção de Portugal por Espanha. Durante o breve consulado de Sidónio Pais, António Sardinha foi eleito deputado na lista da minoria monárquica. Em 1919, exilou-se em Espanha após a sua participação na fracassada tentativa restauracionista da Monarquia do Norte e de Monsanto (Lisboa).
Em 4 de Abril de 1921, pronunciou na Sociedad Unión Ibero-Americana, em Madrid, uma conferência intitulada "La Unidad Hispánica", contendo as primícias do livro A Aliança Peninsular (1924) onde, rejeitando o unitarismo iberista de filiação maçónica e a tese da decadência ocidental de Oswald Spengler, afirmou o universalismo hispânico como a base da sobrevivência da civilização do Ocidente (tese em parte retomada nos anos de 1930 por Ramiro de Maeztu em Defensa de la Hispanidad). Inspirando-se no "antigo paralelismo de Quinhentos" - dois Estados e duas Dinastias - propôs a Aliança que, propiciando nos povos de origem peninsular a consciência de uma superior finalidade espiritual, poderia conduzir ao estabelecimento de uma "liga das nacionalidades hispânicas" com vasta projecção económica e geopolítica.
Ao regressar a Portugal, em Maio de 1921, Sardinha prosseguiu em defesa da Instituição Real na chefia do Estado, mas doravante sem contemporizar com os defensores do regime oligárquico derrubado em 1910. O ideário de uma Monarquia Representativa, ou Monarquia-Social, defendido por Sardinha e pelos seus pares no Integralismo, apelava para uma representação nacional por delegações directas dos municípios e sindicatos das profissões e actividades económicas.
Em 1922, relançou a revista Nação Portuguesa, adotando o subtítulo de "Revista de Cultura Nacionalista". Nas palavras de apresentação do seu último livro de ensaios - Ao Princípio era o Verbo, 1ª ed. 1924, pp. XI-XXII - Sardinha demarcou o seu nacionalismo, de matriz católica, universalista, de outros nacionalismos então emergentes (o Fascismo ascendeu ao poder em Itália, em 1922). António Sardinha morreu em Elvas, em 10 de Janeiro de 1925, quando contava apenas 37 anos.
Do casamento de António Sardinha com Ana Júlia Nunes da Silva nasceu um filho no dia 14 de Junho de 1914. Lopo morreu um ano depois, em 29 de Junho de 1915. A biblioteca e o arquivo de António Sardinha conservam-se na Biblioteca Universitária João Paulo II, em Lisboa, por doação de sua viúva.
Em 16 de Agosto de 1940 foi erigido em Monforte, por subscrição pública, um monumento à sua memória.
Poeta, historiador e político, destacou-se como ensaísta, polemista e doutrinador, tornando-se um verdadeiro condutor da intelectualidade portuguesa do seu tempo.
Foi pela mão de Eugénio de Castro que Sardinha publicou os seus primeiros poemas, quando tinha apenas 15 anos. Em 1909, obteve o prémio máximo nos jogos florais luso-espanhóis de Salamanca, com Lírica de Outubro.
Em 1911, formou-se em Direito na Universidade de Coimbra. Tendo sido um destacado republicano municipalista enquanto estudante, após a implantação da República deu-se nele uma profunda desilusão com o novo regime. Retornou à fé católica e converteu-se ao ideário da monarquia, juntando-se a Hipólito Raposo, Alberto de Monsaraz, Luís de Almeida Braga e Pequito Rebelo, para fundar a revista Nação Portuguesa, publicação de filosofia política a partir da qual foi lançado o movimento político-cultural denominado "Integralismo Lusitano" em defesa de uma "monarquia tradicional, orgânica, anti-parlamentar".
António Sardinha cedo se destacou no seio do grupo integralista pela força do seu verbo. Em 1915, por via da sociologia política de São Tomás de Aquino, começa a deixar para trás o jacobinismo e o cientismo positivista ao publicar O Valor da Raça, consumando pela mesma altura a sua passagem das Letras à Política ao pronunciar na Liga Naval de Lisboa uma conferência alertando para o perigo de uma absorção de Portugal por Espanha. Durante o breve consulado de Sidónio Pais, António Sardinha foi eleito deputado na lista da minoria monárquica. Em 1919, exilou-se em Espanha após a sua participação na fracassada tentativa restauracionista da Monarquia do Norte e de Monsanto (Lisboa).
Em 4 de Abril de 1921, pronunciou na Sociedad Unión Ibero-Americana, em Madrid, uma conferência intitulada "La Unidad Hispánica", contendo as primícias do livro A Aliança Peninsular (1924) onde, rejeitando o unitarismo iberista de filiação maçónica e a tese da decadência ocidental de Oswald Spengler, afirmou o universalismo hispânico como a base da sobrevivência da civilização do Ocidente (tese em parte retomada nos anos de 1930 por Ramiro de Maeztu em Defensa de la Hispanidad). Inspirando-se no "antigo paralelismo de Quinhentos" - dois Estados e duas Dinastias - propôs a Aliança que, propiciando nos povos de origem peninsular a consciência de uma superior finalidade espiritual, poderia conduzir ao estabelecimento de uma "liga das nacionalidades hispânicas" com vasta projecção económica e geopolítica.
Ao regressar a Portugal, em Maio de 1921, Sardinha prosseguiu em defesa da Instituição Real na chefia do Estado, mas doravante sem contemporizar com os defensores do regime oligárquico derrubado em 1910. O ideário de uma Monarquia Representativa, ou Monarquia-Social, defendido por Sardinha e pelos seus pares no Integralismo, apelava para uma representação nacional por delegações directas dos municípios e sindicatos das profissões e actividades económicas.
Em 1922, relançou a revista Nação Portuguesa, adotando o subtítulo de "Revista de Cultura Nacionalista". Nas palavras de apresentação do seu último livro de ensaios - Ao Princípio era o Verbo, 1ª ed. 1924, pp. XI-XXII - Sardinha demarcou o seu nacionalismo, de matriz católica, universalista, de outros nacionalismos então emergentes (o Fascismo ascendeu ao poder em Itália, em 1922). António Sardinha morreu em Elvas, em 10 de Janeiro de 1925, quando contava apenas 37 anos.
Do casamento de António Sardinha com Ana Júlia Nunes da Silva nasceu um filho no dia 14 de Junho de 1914. Lopo morreu um ano depois, em 29 de Junho de 1915. A biblioteca e o arquivo de António Sardinha conservam-se na Biblioteca Universitária João Paulo II, em Lisboa, por doação de sua viúva.
Em 16 de Agosto de 1940 foi erigido em Monforte, por subscrição pública, um monumento à sua memória.
ANTÓNIO SARDINHA . POESIA, Setembro de 2024
Sumário
Nota editorial - J. M. Q. e M. V. C.
I. Obras publicadas em vida do Autor:
Tronco Reverdecido (1910)
A Epopeia da Planície - Poemas da Terra e do Sangue (1915)
Quando as Nascentes Despertam... - Poemas da Turbação e da Boa Estrela (1921)
Na Corte da Saudade - Sonetos de Toledo (1922)
Chuva da Tarde - Sonetos de Amor (1923)
II. Obras publicadas postumamente:
Era uma Vez um Menino (1926)
O Roubo da Europa (1931)
Pequena Casa Lusitana (1937).
III. Dispersos
Posfácio: O Neo-Romantismo e a poética de António Sardinha, por José Carlos Seabra Pereira
I. Obras publicadas em vida do Autor:
Tronco Reverdecido (1910)
A Epopeia da Planície - Poemas da Terra e do Sangue (1915)
Quando as Nascentes Despertam... - Poemas da Turbação e da Boa Estrela (1921)
Na Corte da Saudade - Sonetos de Toledo (1922)
Chuva da Tarde - Sonetos de Amor (1923)
II. Obras publicadas postumamente:
Era uma Vez um Menino (1926)
O Roubo da Europa (1931)
Pequena Casa Lusitana (1937).
III. Dispersos
Posfácio: O Neo-Romantismo e a poética de António Sardinha, por José Carlos Seabra Pereira
Estudos e Ensaios*
Publicações póstumas
(*) Por expressa decisão de António Sardinha, foi inutilizado e retirado de circulação um seu primeiro livro em prosa intitulado O Sentido Nacional duma Existência (1913). Naquela época, com vinte e poucos anos, António Sardinha abandonou o jacobinismo republicano, retornando à fé católica e convertendo-se ao ideário monárquico. Esse livro, seria a sua primeira obra em prosa, homenageando um seu conterrâneo - António Tomás Pires. Ao nascer para uma nova vida espiritual, cívica e política, o Autor poderá ter querido libertar-se de excrescências que considerou indignas de si.
[J.M.Q. & M.V.C.]
- 1912 - [assinou "António de Monforte"] - "O Génio Ocidental", in Dionysos - Revista mensal de filosofia, ciência e arte, Coimbra, nº 2, Março de 1912, pp. 90-97.
- 1913 - [assinou "António de Monforte"] - "Ex Oriente Lux!", in Dionysos - Revista mensal de filosofia, ciência e arte, Coimbra, Série 2, nº 1, Fevereiro de 1913, pp. 1-3.
- 1914 - Teófilo, Mestre da Contra-Revolução, Fevereiro de 1914, in Nação Portuguesa, ano I, nº 1, 8 de Abril de 1914, pp. 7-15 (I); nº 2, 8 de Maio de 1914, pp. 38-52 (II); nº 3, Junho de 1914, pp. 92-100 (III).
- 1914 - Poder Pessoal e Poder Absoluto, Julho de 1914, Glossário dos Tempos, Porto, 1942, pp. 9-50.
- 1914 - A apologia da guerra, Nação Portuguesa, ano I, n.º 5, Novembro de 1914, pp. 151-161.
- 1915 - O Valor da Raça - Introdução a uma campanha nacional,
- 1915 - Das razões do 'Integralismo', Nação Portuguesa, ano I, n.º 7, Janeiro de 1915, pp. 206-217.
- 1915 - O Rei do Trabalho, Jornal da Noite, Março de 1915 (Nação Portuguesa, ano I, n.º 8, Junho de 1915, pp. 244-254).
- 1915 - O testamento de Garrett (Glossário dos Tempos, Porto, Edições Gama, 1942, pp. 51-119).
- 1915 - O Território e a Raça - Conferencia realizada na sala nobre da Liga Naval Portuguesa, em 7 de Abril de 1915, A questão Ibérica, Lisboa, 1916, pp. 10-76.
- 1916 - No jardim da Raça ("O filho de Ramires": Afonso Lopes Vieira, "Carta"; 2004 - Filhos de Ramires)
- 1916 - Carlos de Mesquita (10 de Maio de 1916) in Purgatório das Ideias, Lisboa, Ferin, 1929, pp. 251-256).
- 1916 - A teoria da Nobreza (Agosto de 1916), Nação Portuguesa, 1ª série, nº 12, Novembro de 1916, pp. 359-376.
- 1917 - João Cabral do Nascimento, A Monarquia, Lisboa, 19 de Fevereiro de 1917 (in Além Mar, Funchal, 1933).
- 1917 - Ao crepúsculo da Inteligência
- 1917 - Mensagem ao Cardeal Mercier em nome dos Católicos Portugueses, 10 de Junho de 1917.
- 1917 - Fátima, Setembro.
- 1917 - A Ordem Burguesa
- 1917 - Cultura Clássica
- 1917 - In Memoriam de Fialho de Almeida.
- 1917 - Do valor da Tradição
- 1917 - Na Feira dos Mitos
- 1918 - Testemunho duma Geração
- 1918 - El-Rei D. Carlos
- 1918 - Monarquia e República
- 1918 - "Testemunho duma geração", Prefácio ao volume Uma Campanha Tradicionalista, por Caetano Beirão, 1919 ("A Prol do Comum..." - Doutrina & História, Lisboa, 1934, pp. 3-35.)
- 1918 - A Herança de Garrett, Agosto de 1918.
- 1920 - Pratiquemos um acto de inteligência! (Carta a Álvaro Maia)
- 1920 - Meditação de Aljubarrota
- 1920 - O espólio de Fradique («O espólio de Fradique», Eça de Queiroz. "In memoriam", organizado por Eloy do Amaral e M. Cardoso Martha, Lisboa, Parceria António Maria Pereira, 1922, pp. 334-375; O espólio de Fradique - Badajoz, exílio, 2 de Janeiro de 1920, in Purgatório das Ideias, Lisboa, Férin, 1929, pp. 3-55).
- 1921 - Sob o poder de Pôncio Pilatos, Março de 1921.
- 1921 - EU, PECADOR, ME CONFESSO... , Quinta do Bispo, Elvas, Novembro de 1921 (para servir de Prefácio ao livro Na Feira dos Mitos - Ideias e Factos, 1ª edição, 1926).
- 1922 - O Pan-hispanismo, in Contemporânea, nº 2, Junho de 1922, pp. 49-51.
- 1922 - Porque Voltámos (Editorial da revista Nação Portuguesa - Revista de Cultura Nacionalista, 2ª série, Lisboa, nº 1, Julho de 1922); "A Prol do Comum...", Lisboa, Ferin, 1934, pp. 163-174.
- 1922 - A Ordem-Nova, Nação Portuguesa, 2ª série, nº 1, Julho de 1922, pp. 6-12.
- 1922 - La Unidad Hispánica, Unión Ibero-Americana, Julio y Agosto de 1922, pp. 67-73.
- 1922 - A Volta do Espírito, Agosto de 1922 (Purgatório das Ideias, Lisboa, Ferin, 1929).
- 1922 - In Memoriam de Eça de Queirós (1922).
- 1922 - Hispanismo e Espanholismo. Ainda a entrevista de Miramar, Nação Portuguesa, 2.ª série, n.º 5, Novembro de 1922, pp. 211-214.
- 1922 - Ainda a entrevista, Nação Portuguesa, 2.ª série, n.º 6, Dezembro de 1922, pp. 278-281.
- 1922 - À margem de um livro (A Mentira da Flandres... e o Medo!, pelo major Ferreira do Amaral, 1876-1931. Reed. in "A Prol do Comum...",, Lisboa, Ferin, 1934, pp. 177-180.
- 1923 - Olhando o Caminho, Janeiro de 1923 (in Ao Ritmo da Ampulheta, Coimbra, 1925, pp. XI-XXVII).
- 1923 - Ao Princípio era o Verbo (palavras de apresentação do Livro), Elvas, Quinta do Bispo, Fevereiro de 1923 (Ao Princípio era o Verbo, 1ª ed. 1924, pp. XI-XXII)
- 1923 - A lição do Brasil - A Jackson de Figueiredo ("A Prol do Comum...", Lisboa, Ferin, 1934, pp. 183-221).
- 1923 - As ideias de Duguit ("A Prol do Comum...", Lisboa, Ferin, 1934, pp. 225-232).
- 1923 - Eterno tema. Aclarações indispensáveis, Nação Portuguesa, 2.ª série, n.º 8, Fevereiro de 1923, pp. 381-384.
- 1923 - Almas Republicanas (Homens Livres - Livres da Finança & dos Partidos, nº 2, Dezembro de 1923)
- 1923 - Mais longe ainda! (Dezembro de 1923)
- 1923 - O "caso" de Fialho - Prefácio a Castelo Branco Chaves, Fialho de Almeida - Notas sobre a sua individualidade literária (1923)
- 1923 - Na morte de Barrès, Dezembro de 1923 in Purgatório das Ideias, Lisboa, Ferin, 1929, pp. 241-248.
- 1924 - Adiante, por sobre os cadáveres!
- 1924 - Relações luso-espanholas. A questão da pesca, Nação Portuguesa, 3.ª série, n.º 1 (1924), pp. 43-44. [Texto assinado por A.S., 16.08.1924.]
- 1924 - Texto de A.S., sem título, Nação Portuguesa, 3.ª série, n.º 2 (1924), pp. 94-95, a propósito do texto de Oliveira Lima transcrito nas pp. 92-94, «Em resposta» a Agostinho de Campos.
- 1924 - colaboração - In Memoriam do Conde de Sabugosa (1924).
- 1924 - Ao Princípio era o Verbo - Ensaios e Estudos (1ª ed. 1924; 2ª ed., 1930)
- 1924 - O Século XVII, Lusitania - Revista de Estudos Portugueses, Vol. II, Fasc. I, Setembro de 1924, pp. 57-78.
- 1924 - Teoria do Município (in À sombra dos Pórticos - Novos ensaios, Lisboa, Ferin, 1927).
- 1924 - Madre-Hispânia
- 1924 - A Aliança Peninsular - Antecedentes e Possibilidades.
- 1924 - A Teoria das Cortes Gerais, 2ª edição, Lisboa, BPP, 1975 [Prefácio a 2º Visconde de Santarém, Memórias e alguns documentos para a História e Teoria das Cortes Gerais. Nova edição (1924)]
Publicações póstumas
- 1925 - Ao Ritmo da Ampulheta - Crítica & Doutrina (obra póstuma) (Coimbra, Lvmen - Empresa Nacional Editora).
- 1925 - A Teoria das Cortes Gerais - Prefácio à História e Teoria das Cortes Gerais, do 2.° Visconde de Santarém, Lisboa, 1925.
- 1926 - Na Feira dos Mitos - Ideias & Factos, Lisboa, 1926 (2ª edição, 1942).
- 1926 - Ocidentalismo e Cristianismo, Nação Portuguesa, série IV, tomo I (1926), fascículo III, pp. 169-181; e fascículo IV, pp. 241-255.
- 1926 - colaboração In Memoriam de Camilo Castelo Branco (1926).
- 1927 - Durante a Fogueira - Páginas da Guerra, Lisboa, 1927.
- 1927 - À sombra dos Pórticos - Novos ensaios, Lisboa, Ferin, 1927.
- 1927-1928 - O Brasil e o Hispanismo, Nação Portuguesa, série IV, tomo II, n.º 7, Novembro de 1927), pp. 7-19; n.º 8, Novembro de 1927, pp. 101-112; n.º 9, Janeiro de 1928, pp. 173-185.
- 1928 - Plano da 'História de Portugal', em Rodrigues Cavalheiro, «À memória de António Sardinha. A 'História de Portugal'», Nação Portuguesa, série V, tomo I, n.º 2 (Agosto de 1928), pp. 101-105.
- 1929 - Respostas de António Sardinha a um questionário enviado em Março de 1923 pelo Dr. Alves dos Santos, director do Laboratório de Psicologia Experimental, de Coimbra, em «À memória de António Sardinha. António Sardinha, orador», Nação Portuguesa, série V, tomo II, fascículo 11 (Maio de 1929), pp. 325-328.
- 1929 - Da Hera nas Colunas - Novos Estudos, Coimbra, 1929.
- 1929 - Purgatório das Ideias - Ensaios de Crítica, Lisboa, 1929.
- 1930 - La Alianza Peninsular, Madrid, 1930; La Alianza Peninsular, Segovia, 1939.
- 1931 - De Vita et Moribus - Casos & Almas, Lisboa, 1931.
- 1934 -"A Prol do Comum..." - Doutrina & História, Lisboa, 1934.
- 1937 - Processo dum rei, Porto, 1937.
- 1942 - Glossário dos Tempos, Porto, 1942.
- 1943 - À Lareira de Castela, Lisboa, Gama, 1943.
(*) Por expressa decisão de António Sardinha, foi inutilizado e retirado de circulação um seu primeiro livro em prosa intitulado O Sentido Nacional duma Existência (1913). Naquela época, com vinte e poucos anos, António Sardinha abandonou o jacobinismo republicano, retornando à fé católica e convertendo-se ao ideário monárquico. Esse livro, seria a sua primeira obra em prosa, homenageando um seu conterrâneo - António Tomás Pires. Ao nascer para uma nova vida espiritual, cívica e política, o Autor poderá ter querido libertar-se de excrescências que considerou indignas de si.
[J.M.Q. & M.V.C.]
Bibliografia passiva
OS COMPOSITORES E A POESIA DE ANTÓNIO SARDINHA
I. Francine Benoît (1894-1990) compôs várias peças musicais com poemas de António Sardinha. As três primeiras têm origem no livro A epopeia da planície (1915); a quarta baseia-se num dos poemas em que António Sardinha evoca o seu filho Lopo (morto em 1915 com apenas um ano).
- Deus na planície, Op. 1, n.º 1, para canto e piano (Janeiro de 1916), com versão posterior para canto e orquestra (1925).
- O motivo da planície, Op. 1, n.º 2, para canto e piano (1917). (Aparentemente, Benoît pôs a hipótese de dar a esta composição outro título: «Poente».)
- Sant’Ana, para canto, harpa e piano (1917-1928). [Há notícia de uma gravação desta peça: Londres, Columbia Gramophone, 1930.]
- Queixa, para canto e harpa (1919), com versão posterior para canto e piano (1929). [A composição de Francine Benoît é uma das suas Três canções tristes: para canto e piano (soprano), Lisboa, Valentim de Carvalho, 1919; e foi também publicada no n.º 4 (Maio de 1932) da revista De Música, de estudantes do Conservatório Nacional de Música de Lisboa.]
[Fonte principal: Ana Sofia de Sousa Vieira, Estudio de la actividad musical, compositiva y crítica de Francine Benoît, tese de doutoramento, Universidade de Salamanca, 2011.]
II. José Pais de Almeida e Silva (1899-1968) musicou em 1925, com o título «Dobadoira», o soneto «Melodia simples», do livro Chuva da tarde (1923). A canção foi divulgada por Armando Goes (1906-1967) e por seu sobrinho Luiz Goes (1933-2012), que a incluiu várias vezes nas suas gravações.
[Fonte: Octávio Sérgio, em: http://guitarradecoimbra.blogspot.com/2006_03_05_archive.html]
III. Luís de Freitas Branco (1890-1955) compôs três peças a partir de poemas de António Sardinha, a primeira do livro A epopeia da planície (1915) e as duas últimas de Quando as nascentes despertam… (1921): «O motivo da planície», «Minuete» e «Soneto dos repuxos».
[«O motivo da planície» e «Minuete» são duas das suas Quatro melodias: para canto e piano (partitura publicada em Lisboa, Sasssetti, 1920 e 1937). O disco Luís de Freitas Branco: Integral das canções (2006), de Nuno Vieira de Almeida, Elsa Saque e Nella Maissa, inclui as três composições.]
IV. Ruy Coelho (1889-1986) integrou «Salomé», do livro Chuva da tarde (1923), na sua composição Seis sonetos portugueses: canto e orquestra. Saüdade (1943). [A partitura manuscrita conserva-se na Biblioteca Nacional, em Lisboa, com a cota: EMUS6 54.]
V. Ivo Cruz (1901-1985) incluiu «Soneto de Ávila» nas suas Canções perdidas: para canto e piano. O «Soneto de Ávila» de António Sardinha foi inicialmente publicado na revista Contemporânea, vol. 1, n.º 3 (Julho de 1922), p. 132; e logo depois recolhido no livro Chuva da tarde (1923). [Da partitura de Ivo Cruz há registo de uma edição publicada em Lisboa, Valentim de Carvalho, 1984.]
VI. José de Campos e Sousa (n.1947) musicou e interpretou à guitarra os seguintes poemas de António Sardinha:
- «Soneto da casa», de Quando as nascentes despertam… [José Campos e Sousa gravou esta composição, com o título «Fado Joaninha», no disco Nossa Senhora do Carmo (1988); outro intérprete, José da Câmara, incluiu-a no seu disco de estreia (José da Câmara, 1988).]
- «Invocação», de A epopeia da planície. [Foi incluída na cassete Lusitânia em giesta florida (1997).]
- «Nun’Álvares», de Pequena Casa Lusitana. [Foi incluído no disco (CD) São Nuno de Santa Maria – Por Portugal e basta (2009).]
- 1917 - Mariotte (pseudónimo de Amadeu de Vasconcelos), O Nacionalismo Rácico do Integralismo Lusitano, Lisboa, 1917.
- 1925 - Marquês de Lozoya, "Notas sobre la obra de António Sardinha", Nação Portuguesa, 2ª série, pp. 181-188.
- 1925 - João Franco Monteiro - Morreu esta manhã o escritor nacionalista António Sardinha, Diário de Lisboa, 10 de Janeiro de 1925, p. 4.
- 1926 - César de Oliveira, "Chuva da Tarde", Gil Vicente, Guimarães, 2ª série, nos. 1 e 2, 1926, pp. 14-19.
- 1926 - Horácio de Castro Guimarães, "A Lição do Mestre", Gil Vicente, Guimarães, 2ª série, nos. 1 e 2, 1926, pp. 11-13.
- 1926 - João Ameal, "A imortalidade de António Sardinha", Gil Vicente, Guimarães, 2ª série, no 1 e 2, 1926, pp. 2-3.
- 1926 - Tavares Ferreira, "António Sardinha. Renovador de ideias: Reformador das almas", Gil Vicente, Guimarães, 2ª série, nos. 1 e 2, 1926, pp. 20-22.
- 1927 - Juan Berreyto Pérez, Antonio Sardinha y la cuestion peninsular: estudios publicados en Nação Portuguesa, Valencia, 1927.
- 1927 - Ruy Galvão de Carvalho, António Sardinha, Poeta do Amor Cristão, Coimbra, 1927.
- 1928 - António Jorge d'Almeida Coutinho e Lemos Ferreira, In Memoriam de António Sardinha - o seu testamento contra-revolucionário, Porto, 1928.
- 1928 - In Memoriam de António Sardinha – O seu testamento contra-revolucionário. Breves reflexões de sentida saudade por António Jorge d`Almeida Coutinho e Lemos Ferreira. Porto, 1928.
- 1930 - António Jorge d`Almeida Coutinho e Lemos Ferreira, António Sardinha. Apóstolado contra-revolucionário e rectificador da História de Portugal. Porto, 1930.
- 1930 - Luís Chaves, "Problemas étnicos", in Política - Órgão da Junta Escolar de Lisboa do Integralismo Lusitano, nº 10, dedicado a António Sardinha.
- 1933 - Manuel Rodrigues Cavalheiro, "Pombal visto por Sardinha", Ocidente, no 6, Outubro de 1933, pp. 450-453.
- 1934 - António Jorge d'Almeida Coutinho, Em redor duma appreciação critica feita pelo Exmo. Senhor Agostinho da Costa Ilharco sobre António Sardinha, Porto, Costa Carregal, 1934.
- 1937 - "António Sardinha" (nota da redacção), Gil Vicente, Janeiro de 1937.
- 1937 - Manuel Múrias, "António Sardinha", Voz de Portugal, Rio de Janeiro, 12 de Fevereiro de 1937, pp. 1-3.
- 1938 - Rui Galvão de Carvalho, "António Sardinha na Pequena Casa Lusitana", Gil Vicente, Janeiro de 1938, pp. 8-18.
- 1940 - Conde de Aurora, "No espólio de Sardinha", Brotéria, Vol. XXX, Maio de 1940, pp. 505-520.
- 1940 - Luís Chaves, "António Sardinha", Gil Vicente, Janeiro de 1940.
- 1940 - Manuel Rodrigues Cavalheiro, "António Sardinha e o «Restaurador»", Ocidente, no 25, Maio de 1940, pp. 335-337.
- 1940 - S. Saraiva de Carvalho, "A Saudade em António Sardinha", Gil Vicente, Guimarães, Janeiro e Março de 1940.
- 1941 - Luís Chaves, "António Sardinha - poeta de inspiração etnográfica", Ocidente, no 33, Janeiro de 1941, pp. 142-144;
- 1942 - J. Azinhal Abelho, "Elvas - Quinta do Bispo", Gil Vicente, Guimarães, Janeiro de 1942, pp. 8-11.
- 1942 - Rebelo de Bettencourt, Teófilo Braga, mestre nacionalista. Teófilo Braga e António Sardinha, 1942.
- 1943 - Guilherme Auler, António Sardinha, Recife, Ciclo Cultural Luso-brasileiro, 1943.
- 1943 - José Pequito Rebelo, "Interpretação de uma frase de António Sardinha", Aléo, Lisboa, ano 2, nº 2, 2ª série, 1943.
- 1943 - Luís de Almeida Braga, Posição de António Sardinha - Conferência proferida no Salão de Estudos Portugueses,Lisboa, 1943.
- 1944 - Alfredo Pimenta, A propósito de António Sardinha - carta ao escritor brasileiro Guillherme Auler com quatro cartas de António Sardinha, Lisboa, 1944.
- 1944 – Alfredo Pimenta, António Sardinha e o Grupo Recreativo dos Trinta e Seis. Porto, 1944.
- 1951 - Luís de Almeida Braga, Evocação de António Sardinha, Tribuna de Petrópolis, Ano III, nº 21, Abril de 1951, pp. 1 e 5.
- 1951 - Guilherme de Ayala Monteiro, "António Sardinha - o político", Novidades - Letras e Artes, 14 de Janeiro de 1951.
- 1951 - João Ameal, "Em memória de António Sardinha - doutrinador e apóstolo", A Voz, Lisboa, 12 de Janeiro de 1951
- 1951 - João Maria Mexia, António Sardinha: apontamento breve. Separata da revista Estudos, ano XXIX, nº 295, 1951.
- 1951 - Meyrelles do Souto, "Algumas poesias inéditas de António Sardinha", A Voz, Lisboa, 13 de Janeiro de 1951.
- 1951 - Rui Galvão de Carvalho, "António Sardinha trovador das coisas humildes", Gil Vicente, Guimarães, Janeiro-Fevereiro de 1951, pp. 5-17.
- 1953 - Victor Santos, Caminhos da Poesia em António Sardinha, Lisboa, Livraria Portugal, 1954.
- 1954 - Manuel Alves de Oliveira, Em lembrança de António Sardinha. Guimarães, Separata da revista Gil Vicente, 1954.
- 1954 - Victor Santos, Caminhos da Poesia em António Sardinha. Ensaio. Lisboa, Livraria Portugal, 1954.
- 1958 - J. Azinhal Abelho, A comoção rural na vida e obra de António Sardinha, Évora, Separata do Boletim da Junta da Província do Alto Alentejo, 1958.
- 1959 - Carlos Lobo de Oliveira e Manuel Rosado de Vasconcelos - Dois ex-libris de António Sardinha e algumas notas genealógicas sobre a família do poeta. Vila do Conde, Separata do Boletim Academia Portuguesa Ex-Libris, ano 3-4, 1959.
- 1960 - Amândio César e Francisco da Cunha Leão (Comentário) - Antologia Poética. Guimarães Editores, 1960.
- 1960 – Rodrigues Cavalheiro (Selecção e prefácio), António Sardinha. Antologia de Textos. Lisboa, Edições Panorama, 1960.
- 1966 - Cruz Malpique, Notas sobre o lirismo aristocrático e franciscano de António Sardinha. Guimarães, Separata da revista Gil Vicente. 1966.
- 1968 – Rodrigues Cavalheiro, Um inédito de António Sardinha sobre a Monarquia do Norte. Lisboa, Separata da Revista Sulco, nº 15-16, 1968.
- 1970 - Eurico Gama, António Sardinha (Páginas esquecidas e achegas para a sua biografia). Guimarães, Separata da revista Gil Vicente, 1970.
- 1972 - Carlos Neves Cabral, A poesia de António Sardinha. Lisboa, 1972.
- 1972 - Manuel Alves de Oliveira, António Sardinha e o Brasil, Guimarães, Cadernos “Gil Vicente”, 1972.
- 1974 - José Pequito Rebelo - António Sardinha e o Iberismo. Acusação Contestada. Lisboa, Biblioteca do Pensamento Político, 1974.
- 1976 - Mário Saraiva, "A Alma Integralista", O Debate (reproduzido in Às Portas da Cidade, Lisboa, 1976, pp. 199-202).
- 1979 - Manuel Alves de Oliveira, Dois Vimaranenses na obra de António Sardinha - Martins Sarmento e Alberto Sampaio, Guimarães, 1979.
- 1986 - Marcos de Noronha, António Sardinha e a Aliança Peninsular. Separata de Armas e troféus, 5ª série, 5, Lisboa, 1986.
- 1987 - Francisco J. Velozo, Correspondência inédita de António Sardinha, Separata do Boletim de Trabalhos Históricos, Guimarães, Vol. XXXVIII, 1987, pp. 24-47.
- 1987 - Mário Saraiva - "Uma frase de António Sardinha", Sob o Nevoeiro, Lisboa, Edições Cultura Monárquica, pp. 129-138.
- 1994 - A. Cordeiro Lopes, Dois projectos de geopolítica ibérica, de matriz tradicionalista - Vázquez de Mella e António Sardinha. Lisboa, Faculdade de Letras, 1994.
- 1994 - António Manuel Couto Viana, António Sardinha (1989), Colegial de Letras e Lembranças, Lisboa, Universitária, 1994, pp. 67-72.
- 1998 - Susana Rocha Relvas, António Sardinha e suas relações culturais com Espanha "pacto de quinas y de flores de lis" entre "os semeadores de nacionalidades": recolha e análise da correspondência. Lisboa, 1998.
- 2002 - Ana Isabel Sardinha Desvignes, Nas origens do integralismo lusitano: António Sardinha: aspectos de um percurso intelectual no século, 1903-1915. Lisboa, 2002.
- 2003 - Susana Rocha Relvas, António Sardinha e o mundo hispânico: diálogo com mulheres sul-americanas. Separata Mulher, cultura e sociedade na América Latina = Mujer, cultura y sociedad en América Latina, Lisboa, 2003.
- 2006 - Ana Isabel Sardinha Desvignes, António Sardinha (1887-1925). Um Intelectual no Século. Lisboa, Instituto de Ciências Sociais, 2006.
- 2007 - Jorge de Azevedo Correia, António Sardinha (1887-1925) - Um intelectual no século de Ana Desvignes
- 2007 - Teresa Martins de Carvalho, Uma biografia de António Sardinha, [António Sardinha, 1887-1925, Um intelectual no século, por Ana Isabel Sardinha Desvignes], lusitana antiga liberdade, 13 de Julho de 2007.
- 2007 - Maria Luísa Castro Soares, Nas encruzilhadas do século XX: António Sardinha e Teixeira de Pascoaes. Vila Real. Centro de Estudos em Letras, Univiversidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, 2007.
- 2008 - Ana Isabel Sardinha Desvignes (Organização, introdução e notas) e Rui Ramos (Prefácio), Correspondência de António Sardinha. Lisboa, Universidade Católica Editora, Lisboa, 2008.
- 2010 - Maria da Conceição Vaz Serra Pontes Cabrita, "Aliança Peninsular", Revista Militar, nº 2496, Janeiro de 2010.
- 2013 – Ruy Miguel, António Sardinha – Monarquia e Nacionalismo. Ruy Miguel. Lisboa, Contra-Corrente, 2013.
- 2016 - Susana Rocha Relvas, O Pan-Hispanismo de António Sardinha: génese, receção e influência da sua obra. Iberian Interconnections. ACIS Conference Proceedings. (Eds.) Susana Rocha Relvas, Maria Gómez Bedoya e Rikki Morgan-Tamosunas. Porto, Universidade Católica Editora, pp. 256-269
- 2017 - Susana Rocha Relvas, "Receção do pensamento de António Sardinha nas Revistas Brasileiras: A Ordem, América Brasileiro e Diário de Pernambuco” in Eliane Brites Rosa e Maria Emília Prado (Org.), Atas do XII Colóquio Internacional Tradição e Modernidade no Mundo Ibero-Americano. Rio de Janeiro, Rede Sirius, Porto: 2017, pp. 1-24.
- 2021 - Daniel Santos Sousa, A poesia de António Sardinha, 24 de Janeiro de 2021.
- 2022 - A. Paulo Dias Oliveira, "Hispanismo e Sebastianismo em três textos dos anos 20 de António Sardinha (1887-1925)", Contemporâneos, nº 23, Jul.- Dez. 2022.
- 2022 - Maria da Conceição Vaz Serra Pontes Cabrita, Textos e contextos: António Sardinha e Eugénio de Castro, correspondência (1905-1924). Elvas, AiaR - Associação de Desenvolvimento pela Cultura, 2022.
- 2024 - George Gomes, António Sardinha (1187-1925) et la contre-révolution ibérique. Le penseur et ses héritages, PIE - Peter Lang, 2024.
- 2024 - José Carlos Seabra Pereira, "O neo-romantismo lusitanista e a poética de António Sardinha", in José Manuel Quintas e Manuel Vieira da Cruz (Org. ), António Sardinha - Poesia, Silveira, E-Primatur, 2024, pp. 665-864. [e-primatur.com/projectos/poesia-antonio-sardinha]
- 2024 - Carlos Bobone. A Herança de António Sardinha (1887-1925), Correio Real, nº 30, Dezembro de 2024, pp. 12-17.
- 2025 - José Miguel Sardica, "António Sardinha: 100 anos", Renascença, 8 de Janeiro de 2025.
- 2025 - Jaime Nogueira Pinto, "Cem anos de António Sardinha", Diário de Notícias, 10 de Janeiro de 2025.
OS COMPOSITORES E A POESIA DE ANTÓNIO SARDINHA
I. Francine Benoît (1894-1990) compôs várias peças musicais com poemas de António Sardinha. As três primeiras têm origem no livro A epopeia da planície (1915); a quarta baseia-se num dos poemas em que António Sardinha evoca o seu filho Lopo (morto em 1915 com apenas um ano).
- Deus na planície, Op. 1, n.º 1, para canto e piano (Janeiro de 1916), com versão posterior para canto e orquestra (1925).
- O motivo da planície, Op. 1, n.º 2, para canto e piano (1917). (Aparentemente, Benoît pôs a hipótese de dar a esta composição outro título: «Poente».)
- Sant’Ana, para canto, harpa e piano (1917-1928). [Há notícia de uma gravação desta peça: Londres, Columbia Gramophone, 1930.]
- Queixa, para canto e harpa (1919), com versão posterior para canto e piano (1929). [A composição de Francine Benoît é uma das suas Três canções tristes: para canto e piano (soprano), Lisboa, Valentim de Carvalho, 1919; e foi também publicada no n.º 4 (Maio de 1932) da revista De Música, de estudantes do Conservatório Nacional de Música de Lisboa.]
[Fonte principal: Ana Sofia de Sousa Vieira, Estudio de la actividad musical, compositiva y crítica de Francine Benoît, tese de doutoramento, Universidade de Salamanca, 2011.]
II. José Pais de Almeida e Silva (1899-1968) musicou em 1925, com o título «Dobadoira», o soneto «Melodia simples», do livro Chuva da tarde (1923). A canção foi divulgada por Armando Goes (1906-1967) e por seu sobrinho Luiz Goes (1933-2012), que a incluiu várias vezes nas suas gravações.
[Fonte: Octávio Sérgio, em: http://guitarradecoimbra.blogspot.com/2006_03_05_archive.html]
III. Luís de Freitas Branco (1890-1955) compôs três peças a partir de poemas de António Sardinha, a primeira do livro A epopeia da planície (1915) e as duas últimas de Quando as nascentes despertam… (1921): «O motivo da planície», «Minuete» e «Soneto dos repuxos».
[«O motivo da planície» e «Minuete» são duas das suas Quatro melodias: para canto e piano (partitura publicada em Lisboa, Sasssetti, 1920 e 1937). O disco Luís de Freitas Branco: Integral das canções (2006), de Nuno Vieira de Almeida, Elsa Saque e Nella Maissa, inclui as três composições.]
IV. Ruy Coelho (1889-1986) integrou «Salomé», do livro Chuva da tarde (1923), na sua composição Seis sonetos portugueses: canto e orquestra. Saüdade (1943). [A partitura manuscrita conserva-se na Biblioteca Nacional, em Lisboa, com a cota: EMUS6 54.]
V. Ivo Cruz (1901-1985) incluiu «Soneto de Ávila» nas suas Canções perdidas: para canto e piano. O «Soneto de Ávila» de António Sardinha foi inicialmente publicado na revista Contemporânea, vol. 1, n.º 3 (Julho de 1922), p. 132; e logo depois recolhido no livro Chuva da tarde (1923). [Da partitura de Ivo Cruz há registo de uma edição publicada em Lisboa, Valentim de Carvalho, 1984.]
VI. José de Campos e Sousa (n.1947) musicou e interpretou à guitarra os seguintes poemas de António Sardinha:
- «Soneto da casa», de Quando as nascentes despertam… [José Campos e Sousa gravou esta composição, com o título «Fado Joaninha», no disco Nossa Senhora do Carmo (1988); outro intérprete, José da Câmara, incluiu-a no seu disco de estreia (José da Câmara, 1988).]
- «Invocação», de A epopeia da planície. [Foi incluída na cassete Lusitânia em giesta florida (1997).]
- «Nun’Álvares», de Pequena Casa Lusitana. [Foi incluído no disco (CD) São Nuno de Santa Maria – Por Portugal e basta (2009).]
Antologia
Olhando o Caminho
Almas Republicanas
A Herança de Garrett
A Ordem Burguesa
Sobre uma campa (na morte da viúva de J. P. Oliveira Martins)
A tomada da Bastilha
Fátima
Poesia
Almas Republicanas
A Herança de Garrett
A Ordem Burguesa
Sobre uma campa (na morte da viúva de J. P. Oliveira Martins)
A tomada da Bastilha
Fátima
Poesia
Sobre António Sardinha
destro e subtil caçador de superstições - Afonso Lopes Vieira, 1878-1946
Audio
António Sardinha e o Integralismo Lusitano - José Manuel Quintas e Fernando Rosas, debatem a figura de António Sardinha e o projeto do "Integralismo Lusitano", desde a República até ao Estado Novo. Arquivos RTP.
António Sardinha, José Manuel Quintas, Fernando Rosas, António de Oliveira Salazar, Francisco Rolão Preto, Francisco Veloso, Lino Neto, Igreja Católica, Dom João de Almeida, António Gomes da Costa, António Óscar Fragoso Carmona, Alfredo Augusto Pimenta, José Hipólito Raposo, Dom Manuel II, Dom Duarte Nuno de Bragança, Adolf Hitler, Benito Mussolini, Luís Cabral de Moncada, Oswald Spengler.
A evolução do Integralismo Lusitano; leitura do poema "Letreiro", de António Sardinha, por Luís Caetano.
https://arquivos.rtp.pt/conteudos/antonio-sardinha-e-o-integralismo-lusitano/
António Sardinha e o Integralismo Lusitano - José Manuel Quintas e Fernando Rosas, debatem a figura de António Sardinha e o projeto do "Integralismo Lusitano", desde a República até ao Estado Novo. Arquivos RTP.
António Sardinha, José Manuel Quintas, Fernando Rosas, António de Oliveira Salazar, Francisco Rolão Preto, Francisco Veloso, Lino Neto, Igreja Católica, Dom João de Almeida, António Gomes da Costa, António Óscar Fragoso Carmona, Alfredo Augusto Pimenta, José Hipólito Raposo, Dom Manuel II, Dom Duarte Nuno de Bragança, Adolf Hitler, Benito Mussolini, Luís Cabral de Moncada, Oswald Spengler.
A evolução do Integralismo Lusitano; leitura do poema "Letreiro", de António Sardinha, por Luís Caetano.
https://arquivos.rtp.pt/conteudos/antonio-sardinha-e-o-integralismo-lusitano/
os_compositores_e_a_poesia_de_antÓnio_sardinha.pdf |
Fotografias: Câmara Municipal de Monforte
Arquivos
Universidade Católica Portuguesa - Fundo António Sardinha, Lisboa
O Fundo António Sardinha agrega em si não só o arquivo pessoal de António Sardinha, mas também a sua biblioteca particular e o recheio do seu escritório. O fundo foi doado à Universidade Católica Portuguesa pela sua viúva Ana Júlia Sardinha em fazes distintas - primeiro a Biblioteca, depois o escritório e o seu arquivo. Entretanto, ao longo do tempo, têm sido feitas doações mais pequenas de documentação, nomeadamente toda a correspondência pessoal de António Sardinha com a sua esposa, Ana Júlia, assim como fotografias e objetos museológicos.
António Maria de Sousa Sardinha (1887-1925) foi um poeta, historiador e político, que se destacou como ensaísta, polemista e doutrinador. Como doutrinador destaca-se o seu papel no movimento por si fundado, que se deu pelo nome de Integralismo Lusitano.
Sendo o tema do Integralismo Lusitano o mais vincado no seu arquivo pessoal, o mesmo revela-se em grupos de tipologias documentais diferentes. É o caso de correspondência com os seus pares e confrades integralistas, como é o caso de Hipólito Raposo, Luís de Almeida Braga ou José Adriano Pequito Rebelo, mas também, a título de exemplo, Marcello Caetano. Contém ainda centenas de cartas endereçadas à sua mulher, Ana Júlia. Neste arquivo existe ainda uma grande secção de jornais e recortes de jornais destacando-se, por exemplo, A Monarquia, jornal do qual foi diretor, mas também outro tipo de documentação deveras importante para o estudo deste movimento dos inícios do século XX.
No que respeita à sua biblioteca particular, que corresponde a cerca de 6 145 títulos, cuja variedade temática se estende à História, à Igreja Católica, à doutrina monárquica tradicionalista, ou até mesmo temas polémicos com o seu apogeu no século XIX com o Liberalismo, como é o caso da Maçonaria – em alguns casos edições bastante raras. As publicações contempladas nesta biblioteca delimitam-se cronologicamente entre os anos de 1553 até 1992. A cronologia estende-se depois do ano da sua morte, pelas razões de estarem contempladas publicações póstumas de obras de sua autoria, mas também de discípulos e seguidores da sua doutrina, que a sua família recolheu.
Já no que respeita à secção museológica que integra este fundo, a mesma contempla não só o mobiliário do seu escritório, cerâmica de variadas origens, pintura, mas também objetos pessoais, como os seus óculos ou aparos de escrever, por exemplo. Esta secção museológica está disposta numa sala-museu no interior da Biblioteca Universitária João Paulo II, que pode ser visitada.
Os registos bibliográficos das obras da biblioteca deste fundo estão disponíveis no Catálogo Bibliográfico Coletivo das Bibliotecas da Universidade Católica Portuguesa. Para mais informações contacte [email protected].
O Fundo António Sardinha agrega em si não só o arquivo pessoal de António Sardinha, mas também a sua biblioteca particular e o recheio do seu escritório. O fundo foi doado à Universidade Católica Portuguesa pela sua viúva Ana Júlia Sardinha em fazes distintas - primeiro a Biblioteca, depois o escritório e o seu arquivo. Entretanto, ao longo do tempo, têm sido feitas doações mais pequenas de documentação, nomeadamente toda a correspondência pessoal de António Sardinha com a sua esposa, Ana Júlia, assim como fotografias e objetos museológicos.
António Maria de Sousa Sardinha (1887-1925) foi um poeta, historiador e político, que se destacou como ensaísta, polemista e doutrinador. Como doutrinador destaca-se o seu papel no movimento por si fundado, que se deu pelo nome de Integralismo Lusitano.
Sendo o tema do Integralismo Lusitano o mais vincado no seu arquivo pessoal, o mesmo revela-se em grupos de tipologias documentais diferentes. É o caso de correspondência com os seus pares e confrades integralistas, como é o caso de Hipólito Raposo, Luís de Almeida Braga ou José Adriano Pequito Rebelo, mas também, a título de exemplo, Marcello Caetano. Contém ainda centenas de cartas endereçadas à sua mulher, Ana Júlia. Neste arquivo existe ainda uma grande secção de jornais e recortes de jornais destacando-se, por exemplo, A Monarquia, jornal do qual foi diretor, mas também outro tipo de documentação deveras importante para o estudo deste movimento dos inícios do século XX.
No que respeita à sua biblioteca particular, que corresponde a cerca de 6 145 títulos, cuja variedade temática se estende à História, à Igreja Católica, à doutrina monárquica tradicionalista, ou até mesmo temas polémicos com o seu apogeu no século XIX com o Liberalismo, como é o caso da Maçonaria – em alguns casos edições bastante raras. As publicações contempladas nesta biblioteca delimitam-se cronologicamente entre os anos de 1553 até 1992. A cronologia estende-se depois do ano da sua morte, pelas razões de estarem contempladas publicações póstumas de obras de sua autoria, mas também de discípulos e seguidores da sua doutrina, que a sua família recolheu.
Já no que respeita à secção museológica que integra este fundo, a mesma contempla não só o mobiliário do seu escritório, cerâmica de variadas origens, pintura, mas também objetos pessoais, como os seus óculos ou aparos de escrever, por exemplo. Esta secção museológica está disposta numa sala-museu no interior da Biblioteca Universitária João Paulo II, que pode ser visitada.
Os registos bibliográficos das obras da biblioteca deste fundo estão disponíveis no Catálogo Bibliográfico Coletivo das Bibliotecas da Universidade Católica Portuguesa. Para mais informações contacte [email protected].
Fonte: https://www.ucp.pt/pt-pt/ensinoservicos-de-apoiobibliotecasrecursos-de-informacaocatalogo-bibliografico-coletivo/fundo [10.01.2025]
Museu da Presidência da República, Lisboa
https://www.arquivo.museu.presidencia.pt/results?t=%22Ant%C3%B3nio%20Sardinha%22
https://www.arquivo.museu.presidencia.pt/results?t=%22Ant%C3%B3nio%20Sardinha%22