Se a terra falasse, havia de contar, por entre abundantes lástimas, muitos sinais do amor dos homens por ela... Terra humanizada é sempre mais que terra trabalhada. Se o homem só a quisesse como nascente de ouro, talvez já ela se tivesse extinguido. Mas, se a terra dá o pão à gente, também nós lhe damos pão. E o pão mais rico que lhe damos não é tanto a semente que a fecunda; é a alma que lhe confiamos.
(H. B. Ruas, in Cultura Portuguesa, n.º 2, Janeiro-Fevereiro de 1982)
(H. B. Ruas, in Cultura Portuguesa, n.º 2, Janeiro-Fevereiro de 1982)
Henrique Barrilaro Ruas (Figueira da Foz, 2 de Março de 1921- Parede, 14 de Julho de 2003), foi Historiador, Ensaísta e Político.
Formou-se em História e Filosofia pela Universidade de Coimbra (1945) tendo frequentado em Paris, com bolsa do Estado Francês (1947-49), a École des Chartes e o Institut Catholique. Foi Presidente do Centro Académico de Democracia Cristã (Coimbra, 1942-43) e sócio-fundador do Centro Nacional de Cultura (Lisboa, 1945) de que foi director em 1955.
Pertencendo à 4ª Geração do Integralismo Lusitano (com José Carlos Amado, Fernão Pacheco de Castro, Afonso Botelho, Perry Vidal) cedo se destacou, em diversa imprensa, na defesa do ideário monárquico. Foi um dos fundadores da revista Cidade Nova (1949, em Coimbra) em torno da qual se reuniu parte importante das novas gerações integralistas. Em Lisboa, os mais fiéis do Integralismo eram, nessa época em que Plínio Salgado esteve exilado em Portugal (antes de 1946), o Gastão da Cunha Ferreira e o Nuno Vaz Pinto.
Teorizou a hierarquização da política à religião (A Moeda, o Homem e Deus, 1957) e foi um dos integralistas que mais contribuiu para o descomprometimento dos monárquicos com o salazarismo, tendo acção decisiva nos diversos cargos desempenhados na Causa Monárquica - director de Doutrinação e Propaganda (1955-57) e presidente da Comissão Doutrinária (1966-68).
Apoiou a tentativa de refundação do Instituto António Sardinha - iniciativa de Rivera Martins de Carvalho, 1926-1964 - e, de parceria com Mário Saraiva, 1910-1998 e M. J. de Magalhães e Silva, lançou o movimento Renovação Portuguesa, para o qual escreveu o Manifesto (1969). Foi candidato a deputado pela lista oposicionista da Comissão Eleitoral Monárquica (1969). No 3º Congresso da Oposição Democrática de Aveiro advogou o urgente derrube do regime para que "os povos do Ultramar sejam senhores dos seus próprios destinos". Após o 25 de Abril de 1974, integrou o Partido Popular Monárquico (PPM) de que foi dirigente e deputado à Assembleia da República (1979-83).
Tendo iniciado a sua actividade docente universitária na Faculdade de Letras de Lisboa (1953-57) prosseguiu-a no Centro de Estudos Sociais e Corporativos (1957-62), no Instituto Comercial de Lisboa (1962-1976) e em vários estabelecimentos do Ensino Superior Privado, onde leccionou um vasto leque de cadeiras de História, Filosofia e Sociologia da Cultura.
Foi director literário da Aster (1960-80) e autor de uma bibliografia cobrindo temas históricos, eclesiásticos, literários, pedagógicos, e de ensaio político, a que se juntam muitos textos dispersos por revistas, dicionários e enciclopédias. Da sua obra integralista, merecem destaque títulos como A Questão Académica, 1945, Portugal no Mundo de Hoje, 1961, A Liberdade e o Rei, 1971.
Em 2002, publicou uma edição comentada e anotada de Os Lusíadas e escreveu o documento «O Integralismo Lusitano, hoje», para vir a ser subscrito e publicado com um núcleo de companheiros de ideário no dia 10 de Junho, dia de Portugal. Pouco antes de morrer, participou ainda no lançamento do espaço «Lusitana Antiga Liberdade», para o qual escreveu aquele que ficou como o seu último texto de intervenção cívica (Da Dignidade da Política).
José Manuel Quintas
Bibliografia passiva
João Bénard da Costa, "Stupor Mundi", Público, 25-7-2003.
Para uma bibliografia de Henrique José Barrilaro Fernandes Ruas
1945
1946
1947
1948
1949
1950
1951
1951-1952
1953
1955
1956
1957
1959
1960
1961
1962
1964
1965
1966
1968
1969
1971
1972
1973
1975
1976
1977
1979
1980
1981
1982
1986
1987
1989
1990
1992
1993
1994
1995
1995
1996
1997
1999
2002
2003
2019
[M.V.C. & J.M.Q.]
Formou-se em História e Filosofia pela Universidade de Coimbra (1945) tendo frequentado em Paris, com bolsa do Estado Francês (1947-49), a École des Chartes e o Institut Catholique. Foi Presidente do Centro Académico de Democracia Cristã (Coimbra, 1942-43) e sócio-fundador do Centro Nacional de Cultura (Lisboa, 1945) de que foi director em 1955.
Pertencendo à 4ª Geração do Integralismo Lusitano (com José Carlos Amado, Fernão Pacheco de Castro, Afonso Botelho, Perry Vidal) cedo se destacou, em diversa imprensa, na defesa do ideário monárquico. Foi um dos fundadores da revista Cidade Nova (1949, em Coimbra) em torno da qual se reuniu parte importante das novas gerações integralistas. Em Lisboa, os mais fiéis do Integralismo eram, nessa época em que Plínio Salgado esteve exilado em Portugal (antes de 1946), o Gastão da Cunha Ferreira e o Nuno Vaz Pinto.
Teorizou a hierarquização da política à religião (A Moeda, o Homem e Deus, 1957) e foi um dos integralistas que mais contribuiu para o descomprometimento dos monárquicos com o salazarismo, tendo acção decisiva nos diversos cargos desempenhados na Causa Monárquica - director de Doutrinação e Propaganda (1955-57) e presidente da Comissão Doutrinária (1966-68).
Apoiou a tentativa de refundação do Instituto António Sardinha - iniciativa de Rivera Martins de Carvalho, 1926-1964 - e, de parceria com Mário Saraiva, 1910-1998 e M. J. de Magalhães e Silva, lançou o movimento Renovação Portuguesa, para o qual escreveu o Manifesto (1969). Foi candidato a deputado pela lista oposicionista da Comissão Eleitoral Monárquica (1969). No 3º Congresso da Oposição Democrática de Aveiro advogou o urgente derrube do regime para que "os povos do Ultramar sejam senhores dos seus próprios destinos". Após o 25 de Abril de 1974, integrou o Partido Popular Monárquico (PPM) de que foi dirigente e deputado à Assembleia da República (1979-83).
Tendo iniciado a sua actividade docente universitária na Faculdade de Letras de Lisboa (1953-57) prosseguiu-a no Centro de Estudos Sociais e Corporativos (1957-62), no Instituto Comercial de Lisboa (1962-1976) e em vários estabelecimentos do Ensino Superior Privado, onde leccionou um vasto leque de cadeiras de História, Filosofia e Sociologia da Cultura.
Foi director literário da Aster (1960-80) e autor de uma bibliografia cobrindo temas históricos, eclesiásticos, literários, pedagógicos, e de ensaio político, a que se juntam muitos textos dispersos por revistas, dicionários e enciclopédias. Da sua obra integralista, merecem destaque títulos como A Questão Académica, 1945, Portugal no Mundo de Hoje, 1961, A Liberdade e o Rei, 1971.
Em 2002, publicou uma edição comentada e anotada de Os Lusíadas e escreveu o documento «O Integralismo Lusitano, hoje», para vir a ser subscrito e publicado com um núcleo de companheiros de ideário no dia 10 de Junho, dia de Portugal. Pouco antes de morrer, participou ainda no lançamento do espaço «Lusitana Antiga Liberdade», para o qual escreveu aquele que ficou como o seu último texto de intervenção cívica (Da Dignidade da Política).
José Manuel Quintas
Bibliografia passiva
João Bénard da Costa, "Stupor Mundi", Público, 25-7-2003.
Para uma bibliografia de Henrique José Barrilaro Fernandes Ruas
1945
- Sobre a questão académica, Coimbra, 1945. (Tip. Gráfica de Coimbra.)
1946
- Carta aberta a Henrique Beirão: sobre a questão académica, Coimbra, 1946. (Tip. Gráfica de Coimbra.)
1947
- Regresso de António Sérgio, Mensagem. Quizenário Cultural, Coimbra, 15 de Março de 1947, pp. I, 6. (com data de 8 de Março); in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 248-259.
1948
- A vida de Martinho de Soure, Coimbra, 1948. (Separata da Revista Portuguesa de História.)
1949
- A data do desastre de Vatalandi, Coimbra, 1949. (Separata da Revista Portuguesa de História.)
1950
- A organização eclesiástica portuguesa através da “vida de S. Martinho de Soure”, Madrid, 1950. (Separata de Las Ciencias.)
1951
- Uma crítica de António Sérgio, O Debate, Lisboa, 26 de Julho de 1951, p. 4; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 260-266.
1951-1952
- Sobre a origem da Universidade, O Debate, Lisboa, 20 de Dezembro de 1951, p. 3; 17 de Janeiro de 1952, p. I; 6 de Março de 1952, p. 9; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 220-226.
1953
- Recordamos o dia..., O Debate, Lisboa, 21 de Maio de 1953, pp. centrais, Discurso proferido no jantar realizado no Centro Cultural Popular por ocasião do 8º aniversário natalício do Príncipe da Beira; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 30-35.
1955
- Monárquicos e republicanos, O Debate, Lisboa, 17 de Setembro de 1955, p. I; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 245-247.
- “Se partio ayrado del rrei”, Coimbra, 1955. (Separata da Revista Portuguesa de História, V.); in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp.271-274.
- Vida do Santo Condestável Dom Nuno Álvares Pereira, com ilustrações de Marcelo de Morais, Lisboa, Campanha Nacional de Educação de Adultos, 1955. (2.ª ed., Lisboa, Direcção-Geral do Ensino Primário, 1960; 3.ª ed., Lisboa, Direcção-Geral do Ensino Primário, 1969.)
1956
- Recensão: “Tello and Theotonio, the twelfth-century founders of the Monastery of Santa Cruz in Coimbra – Frei E. Austin O’Malley”. (Coimbra, 1956.)
- Paralelos, O Debate, Lisboa, 21 de Julho de 1956, p. 1; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 202-203.
- A instituição real, Cidade Nova, Coimbra; O Debate, Lisboa, 29 de Dezembro de 1956, pp. I, II. in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 169-176.
1957
- A moeda, o homem e Deus, Lisboa, Cidade Nova, 1957.
- O problema dos partidos, O Debate, Lisboa, 19 de Outubro de 1957, pp. I, II; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 275-280.
- Um manifesto (Lisboa, Outubro de 1957), O Debate, Lisboa, 2 de Novembro de 1957, pp. 1, 10; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 281-297.
1959
- Nun’Álvares e a Igreja do Século XX, Coimbra, CADC, 1959. (Separata da revista Estudos.)
- Se somos Monárquicos é para servirmos a Pátria, O Debate, Lisboa, 23 de Março de 1959, pp. 4, 5, 8; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 206-213.
- António Sardinha, O Debate, Lisboa, 18 de Julho de 1959, p. 1; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 328-329.
1960
- Ideologia - Ensaio de análise histórica e crítica, Lisboa, Junta de Acção Social, 1960. [Junta de Acção Social / Plano de Formação Social e Corporativa / "Biblioteca Social e Corporativa".]
1961
- Antologia: O homem e o trabalho, de António Correia de Oliveira, com ilustrações de Álvaro Duarte de Almeida, Lisboa, Junta de Acção Social, 1961.
- Portugal no mundo de hoje, Coimbra, Semanas de Estudos Doutrinários, 1961.
- O significado da Causa Monárquica, Quadrante. Boletim da Causa Monárquica, Lisboa, 31 de Maio de 1961; in A liberdade e o rei, Lisboa, 1971, pp. 280-286, 332; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 19-26.
- Problema da formação portuguesa, Cidade Nova, 3, Abril de 1961, pp. 3-7.
- Do espírito e do tempo, Cidade Nova, 3, Abril de 1961, pp. 26-30.
1962
- Sobre uma expressão partidária, O Debate, Lisboa, 24 de Fevereiro de 1962, p. 5; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 182-184.
- Centralizar e descentralizar, O Debate, Lisboa, 24 de Março de 1962, p. 9 (texto não assinado); in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 227-229.
- A Nação e as instituições, O Debate, Lisboa, 7 de Abril de 1962, p. 5; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 198-199.
- Monárquicos por conclusão, O Debate, Lisboa, 4 de Julho de 1962, p.2; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 82-83.
1964
- Calendário de “O Debate”, Lisboa, 1964.
- Diante do Príncipe, O Debate, Lisboa, 6 de Maio de 1964, p. 1; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 27-29.
- No caminho de sempre, O Debate, Lisboa, 9 de Maio de 1964, p. 1; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 298-300.
1965
- O drama de um rei, Conferencia na Casa do Infante, do Porto, em 12 de Fevereiro de 1965, Guimarães, 1965. [Separata da revista Gil Vicente.] 2.ª ed., Lisboa, Occidentalis, 2008; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 57-76.
1966
- Alguns problemas psico-pedagógicos das técnicas áudio-visuais, Lisboa, Centro de Estudos Pedagógicos, 1966.
1968
- D. Miguel I e o problema da constituição histórica, Porto, 1968. (Separata do Boletim Cultural da Câmara Municipal do Porto.); in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp.38-56.
- Meditação da morte, O Debate, Lisboa, 19 de Janeiro de 1968, pp. 1, 3; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp.36-37.
- Nota preambular em Luís de Almeida Braga, Espada ao Sol, Lisboa, Biblioteca do Pensamento Político, 1968, pp. 7-8; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 324-327.
1969
- Portugal: história e geografia para o ciclo preparatório do ensino secundário, em colaboração com Frederico Perry Vidal e Mascarenhas Barreto, ilustrações de José Garcês, Lisboa, Aster, 1969.
1971
- A liberdade e o rei, Lisboa, Biblioteca do Pensamento Político, 1971.
1972
- O problema do regime, Actas do Congresso da Oposição Democrática de Aveiro, 1972, pp. 245-252; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 185-197.
1973
- Camões, Lisboa, Direcção-Geral da Educação Permanente, 1973.
- O problema constitucional em 1971, em colaboração com Manuel Ataíde e Manuel Jorge de Magalhães e Silva, Lisboa, Renovação Portuguesa, 1971.
- Os monárquicos e o Ultramar: à maneira de Livro Branco, Lisboa, Biblioteca do Pensamento Político, 1971.
- Prefácio a Timor: autópsia de uma tragédia, de Luís Filipe F. R. Tomás, Lisboa, 1977.
- Camões e a “paideia” portuguesa, Lisboa, Comissao Executiva do IV Centenário da Publicação dos Lusíadas, 1973. (Separata das Actas da Primeira Reunião Internacional de Camonistas.)
- Comissão Eleitoral Monárquica: uma experiência viva, "Nota prévia" subscrita com Marcus de Noronha da Costa ao livro Dossier da Comissão Eleitoral Monárquica, Lisboa, Setembro de 1973; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 301-306.
1975
- Arauto da liberdade portuguesa, Monarquia Popular. Jornal de campanha, Lisboa, 11 de Abril de 1975, p. 1; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, p. 310.
- Nem ataca nem é atacado, Monarquia Popular. Jornal de campanha, Lisboa, 22 de Abril de 1975, p. 1; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 311-312.
1976
- O arranque, O Dia, Lisboa, 11 de Janeiro de 1976, p. 1; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 236-240.
- A Monarquia e a História, O Dia, Lisboa, 18 de Janeiro de 1976, p. 3; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 243-244.
- A Padroeira, in A Semana.
1977
- No 31 de Janeiro, O Dia, Lisboa, 31 de Janeiro de 1977, última página; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 233-235.
- "Plínio Salgado, Historiador, visto por um português" in Plínio Salgado in Memoriam, Editora voz do Oeste / Casa de Plínio Salgado, 1986, pp 71-80.
1979
- 'E agora?' (Sidónio Pais e a orfandade portuguesa), O Dia, Lisboa, 5 de Outubro de 1979, p I.; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 230-232.
- O 'bloco conservador-monárquico', O Dia, Lisboa, 20 de Outubro de 1979, p.12; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 313-317.
1980
- Direcção de Amanhã, órgão oficial do Partido Popular Monárquico (Lisboa, 1980).
- O reino de Portugal, Diário Popular, Lisboa, 12 de Setembro de 1980, p. 3; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 177-181.
1981
- O exemplo espanhol, Amanhã! Órgão oficial do Partido Popular Monárquico, nº 9, Fevereiro de 1981, p. 1; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 241-242.
1982
- Protectores celestes no noroeste peninsular durante a reconquista, Guimarães, 1982. (Separata das Actas do Congresso Histórico de Guimarães e Sua Colegiada.)
- Prefácio em Teresa Maria Martins de Carvalho, D. Sebastião e Eu, Lisboa, Biblioteca do Pensamento Político, 1982, pp. 7-14; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 318-323.
1986
- Sistema nacional de ensino e ensino privado, colóquio organizado pelo Instituto de Novas Profissões em Outubro de 1984, com Francisco de Oliveira Dias e Roberto Carneiro, Lisboa, INP, 1986.
1987
- D. Luís II e valores do povo português, Diário de Notícias, Lisboa, 24 de Março de 1987, p. 8; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 77-81.
1989
- República: o fim de uma mentalidade, Portugueses. Revista de Ideias, Lisboa, nº 6-7, Março de 1989, pp. 39-40; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 204-205.
1990
- Acerca do anti-semitismo de António Sardinha, Portugueses. Revista de Ideias, Lisboa, Novembro de 1990, pp. 24-25; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 330-335.
1992
- Notas à margem da vida de S. Frutuoso, Lisboa, 1992. (Separata da Revista da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, pp. 293-343.)
1993
- A evangelização na época da Reconquista, Braga, Universidade Católica Portuguesa, 1993. (Separata do vol. I das Actas do Congresso Internacional de História “Missionação Portuguesa e Encontro de Culturas”.)
1994
- Nota preliminar a Dispersos de Leonardo Coimbra, Vol. 5: Filosofia e política, compilação, fixação do texto e notas de Pinharanda Gomes e Paulo Samuel, Lisboa, Verbo, 1994.
1995
- Os reis da História de Portugal, Coimbra, Numismarte, 1995; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 84-168.
- Coordenação de Um casamento na história de Portugal, Lisboa, Rei dos Livros, 1995.
1995
- Religião e política, com colaboração de Nuno Teotónio Pereira, Lisboa, Universidade Católica Portuguesa, 1995. (Separata de Communio.)
1996
- A mariologia antoniana: conversa para um estudo. [Separata de Carmelo Lusitano, 14 (1996), p. 77-82.]
1997
- D. João II: Tentativa de interpretação, Lisboa, 1997. [Separata das Memórias da Academia das Ciências de Lisboa, Classe de Letras, tomo xxxii, 1995.]
1999
- Luís de Camões. Ensaio biográfico, Lisboa, Grifo, 1999.
- Um testemunho. (PPM: rosto descoberto, alma lavada), Azul e Prata: 25 anos do Partido Popular Monárquico, 1999, p. 23; in A liberdade portuguesa, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019, pp. 307-309.
- A "Reconquista" do Brasil (1999), A Geo-Política dos Descobrimentos, Fundação Lusíada, 2001, pp. 25-29.
2002
- Edição comentada e anotada de Os Lusíadas, de Luís de Camões, com colaboração de Conceição Almeida do Vale, fotografias de José Paulo Ruas, Lisboa, Rei dos Livros, 2002.
- Universalismo Português (entrevista «Pessoal e Transmissível» de Carlos Vaz Marques, TSF, 5 de Junho de 2002)
2003
- Camões e o amor, Lisboa, Rei dos Livros, 2003.
- A vocação de João Ameal, Lisboa, Academia das Ciências, 2003. [Separata das Memórias da Academia das Ciências de Lisboa, Classe de Letras, tomo xxxv (2002-2003).]
- Entre Maurras e Péguy, Lisboa, Academia das Ciências, 2003. [Separata das Memórias da Academia das Ciências de Lisboa, Classe de Letras, t. xxxv (2002-2003).]
- “Autobiografia”, Estudos, Revista do Centro Académico de Democracia Cristã Coimbra, Nova Série, n.º 1, 2003, pp. 33-51.
2019
- A liberdade portuguesa, Organização de Vasco Rosa e Prefácio de Nuno Miguel Guedes, Lisboa, Real Associação de Lisboa, 2019.
[M.V.C. & J.M.Q.]
Intervenções Parlamentares
- Em memória do Padre Abel Varzim, 26 de Fevereiro de 1980.
- A revolução do 31 de Janeiro, 3 de Fevereiro de 1981.
- Homenagem a Miguel Torga (a propósito da atribuição do Prémio Montaigne), 10 de Abril de 1981.
- São Francisco de Assis (no 8.º centenário do seu nascimento), 7 de Janeiro de 1982.
- São Teotónio, 26 de Fevereiro de 1982.
- Homenagem a Maria Lamas, 9 de Março de 1982.
- Jacques Maritain (no centenário do seu nascimento), 18 de Novembro de 1982.
Antologia
APONTAMENTOS BIOGRÁFICOS - CRONOLOGIA
1921 - Henrique José Barrilaro Fernandes Ruas, nasce na Figueira da Foz, em 2 de Março. Filho de Henrique Fernandes Ruas, de Soure, engenheiro civil e de minas pela Escola do Exército, e D. Clara Adelaide Echaves Barrilaro Ruas.
Frequentou na Figueira e em Coimbra vários colégios e professores particulares até concluir o Curso Liceal no Liceu D. João III.
1941-1943 - Na Acção Católica foi presidente diocesano da J.A.C. de Coimbra (1941-42) e da Direcção do C.A.D. C. desde 1940 a 1943 (presidente em 1942-43).
1945 - Formou-se em História e Filosofia pela Universidade de Coimbra (1945), onde teve como professores Miranda Barbosa, Torquato de Souza Soares, Joaquim de Carvalho, e Amorim Girão. A dissertação de licenciatura é sobre Dionísio Pseudo-Areopagita, traduzindo do latim a Hierarquia Celeste, sob direcção de Miranda Barbosa. Dirigiu um Círculo ou Centro de Estudos da Juventude Monárquica de Coimbra (ca. 1945/46 )
Foi sócio-fundador do Centro Nacional de Cultura (Lisboa, 1945) de que virá a ser director em 1955.
Obteve uma bolsa de estudos do I.A.C. e iniciou-se na historiografia medievo-portuguesa, com o P.e Pierrre David.
1947-1949 - Com bolsa de estudos do Governo Francês, cursou cadeiras da École des Chartes de Paris como Paleografia, Diplomática, H.ª do Direito em França, Fontes de H.ª de França, conhecendo Alain de Boüard.
Seguiu no Instituto Católico de Paris, as lições de H.ª do D.to Canónico, Fontes do Direito Canónico e H.ª da Igreja com Mons. Arquillière, preparando tese de doutoramento sobre o mosteiro da Vacariça (Buçaco).
Na Bibl. Nacional de Paris analisou os Diplomata et Chartae do P. M. H., enviando colaboração para a Revista Portuguesa de História, Coimbra e iniciando um estudo sobre a Chanson de Roland. Com Torquato de Sousa Soares colabora na Rev. Port. de H.ª e na revisão da 2.ª ed. (actualizada) de Gama Barros.
1949-1950 - Ao voltar de Paris, exerce o ensino oficial de Religião e Moral, no Liceu Gil Vicente. Em Coimbra, retoma a docência em colégios particulares.
1952 - Casou em 8 de Fevereiro com Maria Emília Chorão de Carvalho, com quem virá a ter oito filhos.
1953-1957 - Colabora com Gonçalves Rodrigues nos Serviços Culturais da “Mocidade Portuguesa” e entra para a Faculdade de Letras de Lisboa, onde ensinará Paleografia e Diplomática, Numismática/Esfragística, Epigrafia, História Geral da Civilização, História da Antiguidade Oriental, História dos Descobrimentos Foram seus alunos, entre outros, Maria Carmelita Passos e Homem de Sousa, M.ª Cândida Pacheco, A. H. de Oliveira Marques, Luís de Oliveira Ramos, Pedro A. Teles da Silva Pereira.
1955-57: foi director de Doutrinação e Propaganda da Causa Monárquica. Participou na Causa Monárquica em diversos períodos, sob a direcção dos Secretários-Gerais Fernando de Sousa e Carlos Lopes Moreira e do Lugar-Tenente António de Sèves.
1957-1961 - Entra como Assistente em 1957 para o Centro de Estudos Sociais e Corporativos, nomeado pelo ministro das Corporações Veiga de Macedo que, fiel à “Situação”, tinha colaboradores desafectos ao Estado Novo. Aí trabalha sob Sedas Nunes, e depois Ruy de Albuquerque, e Francisco Neto de Carvalho. Nesses 5 anos elabora Ideologia: ensaio de análise histórica e Crítica e a antologia de António Corrêa d’Oliveira O Homem e o Trabalho.
Em A Moeda, o Homem e Deus, 1957 teorizou a separação entre política e religião.
1960 - No campo pedagógico, participou ainda no lançamento e na direcção das Escolas Comunitárias, iniciativa de Manuel da Costa Garcia. E, por nomeação do Ministro Inocêncio Galvão Teles, fui vogal da secção de interesses morais da Junta Nacional de Educação. Também, por encargo recebido do Dr. António Carlos Leónidas, fez a redacção final dos Programas do Ensino Primário (ca. 1960).
O ministro Gonçalves de Proença obriga-o a abandonar o Centro de Estudos no Outono de 1962 por incompatibilidade com a leccionação no Instituto Comercial de Lisboa, onde o chamara José Carlos Amado. Aí permaneceria até à reforma (1988). Entretanto, mantém a actividade docente de Filosofia, História, Organização Política, Francês.
1961 - Em Setembro, torna-se Director Literário da Editorial Aster, onde permanece até ao encerramento em 1989.
1964 - A partir de 1964, ajuda a criar o CODEPA (Centro de Orientação e Documentação de Ensino Particular) dirigido por José Carlos Amado, trabalhando no Centro de Estudos Pedagógicos, no Boletim, no Instituto de Novas Profissões, e no Colégio da Cidadela. Escreve então Alguns Problemas Psico-Pedagógicos dos Meios Áudio-Visuais.
1966-1968 - Presidente da Comissão de Estudos Doutrinários (1966-68), vindo a demitir-se por discordar do conservadorismo da Causa, descrito em Âpendice do seu livro A Liberdade e o Rei.
1969 - Fundou o movimento Renovação Portuguesa com Magalhães e Silva, Mário Saraiva, Pardete da Fonseca, para o qual escreveu o Manifesto (1969).Foi dirigente da Convergência Monárquica e Candidato a deputado pela lista oposicionista da Comissão Eleitoral Monárquica (1969).
Após a tentativa frustrada (1972-73), da Editorial Expansão, regressa à Aster com Fernando de Sousa.
1973 - No 3º Congresso da Oposição Democrática de Aveiro em 1973 (designação que, a seu pedido, substitui o de Congresso da Oposição Republicana) defendeu o urgente derrube do regime para que "os povos do Ultramar sejam senhores dos seus próprios destinos".
1974 - Após o 25 de Abril, toma parte na fundação da “Universidade Livre” como professor de Filosofia do Ano Propedêutico. Aí leccionará História da Cultura Medieval, e depois Universidade Lusíada. No ISCAL perdeu as funções docentes desde 1976. Às Universidades Católica, Internacional, e de Évora prestou colaboração pontual.
Colaborou na revista Escola Portuguesa.
A actividade política de HBR obedeceu sempre à opção monárquica onde cedo se destacou.
Noutras iniciativas colabora ainda no quinzenário Mensagem.
Foi um dos fundadores da revista Cidade Nova, Coimbra, em torno da qual se renovaram as gerações integralistas.
Foi sócio do Centro de Cultura Popular.
Foi um dos promotores do Instituto António Sardinha, - iniciativa de Rivera Martins de Carvalho.
1974 - Após o 25 de Abril de 1974, integrou o PPM (desde a criação em 23 de Maio de 74, até 1990) sendo dirigente e deputado à Assembleia da República (1979-83). O inédito As Minhas Repúblicas (Crónicas e Memórias) regista essa actividade.
1977 - Foi membro do Conselho de Lugar-Tenência e do Conselho Privado do Duque de Bragança.
Autor de obras sobre temas históricos, eclesiásticos, literários, pedagógicos, e de ensaio político, a que se junta uma vasta bibliografia dispersa por revistas, dicionários e enciclopédias, o essencial da obra de HBR foi o de chamar a atenção para os fundamentos históricos e filosóficos das questões de identidade nacional como ressalta na sua monumental edição de Os Lusíadas que contém materiais indispensáveis para reconfigurar a interpretação da obra, como sejam o “discurso a D. Sebastião” que atravessa a epopeia, a «imagem pessoal» de Camões, ou os silêncios sobre a história de Portugal.
2002 - Publicou uma edição comentada e anotada de Os Lusíadas e escreveu o documento «O Integralismo Lusitano, hoje», para vir a ser subscrito e publicado com um núcleo de companheiros de ideário no dia 10 de Junho, dia de Portugal. Pouco antes de morrer, participou ainda no lançamento do espaço «Lusitana Antiga Liberdade», para o qual escreveu aquele que ficou como o seu último texto de intervenção cívica (Da Dignidade da Política):
segunda-feira, junho 23, 2003
DA DIGNIDADE DA POLÍTICA
Por Henrique Barrilaro Ruas
A crise da Política vem de Maquiavel: não apenas distinta, mas separada da Religião, deixou de ser «arte régia» para se reduzir a mera técnica. A partir daí, todas as desgraças lhe podiam acontecer – desde a insuportável arrogância, até à definitiva humilhação.
Quando Pascal, aceitando o golpe cartesiano e apoiando-se em terminologia matemática, estabelece a teoria das «ordens», faz da helénica «arte régia», já abençoada pelo Espírito de Cristo, nada mais que um «reino da concupiscência». Falsa imagem, ou caricatura, do «Reino da Caridade», a que só Deus preside, a Política não vai além de um pobre sistema de relações entre o Príncipe, que é dono dos bens desejados pelos súbditos, e os pobres súbditos, cuja condição se define pelo desejo desses bens.
O Iluminismo, que transforma as mentalidades, preparando a era das ideologias, confunde as realidades e os problemas, diviniza o humano, humaniza o divino, e destrói a ordem das faculdades humanas.
Quando o imenso progresso das ciências físicas torna mais necessário um sistema de valores, é que o antropocentrismo de raiz renascentista rejeita a tradição teocêntrica. Então, o homem individual deixa de ser olhado como pessoa, sede e fonte de valores espirituais, imagem e semelhança do Criador, para surgir, ou como sol absoluto, ou como simples átomo da natureza.
A política perdeu, assim, a sua dignidade. O individualismo filosófico vai conduzir, quer ao liberalismo inquieto, quer ao totalitarismo massificante.
A humanidade de hoje tem necessidade de tomar consciência dos valores políticos, integrados num autêntico humanismo. Como ensinou S. Tomás de Aquino, a Política deve – e pode – preparar as comunidades para a salvação. Não tem poder salvífico; mas é propedêutica da salvação.
Publicada por José Manuel Quintas à(s) segunda-feira, junho 23, 2003
2003 - Henrique Barrilaro Ruas morreu na Parede, em 14 de Julho.
21 de Julho
HENRIQUE RUAS
-IN MEMORIAM –
Por Teresa Maria Martins de Cavalho
O primeiro sentimento que nos apanhou de chofre ao saber da morte de Henrique Ruas foi o de terrível orfandade, dor oca da falta sem remédio, de tal modo ele era para nós a referência do pensamento político, o ponto fixo da tradição e da inteligência, o eixo movente da história com os seus acontecimentos, a meditar, a colaborar, a contradizer.
Irmanava-se com todos nós, seus companheiros, participantes do seu amor a Portugal e às coisas portuguesas e do seu pasmo ante o mistério do homem, e à sua atenção à chamada permanente para descobrir, pensando, direcções de acção, à beira da verdade.
Exemplo raro de alguém, trabalhado pela vida, com épocas difíceis, duras até, que foi sempre animado pela Fé, confortado pela cultura e pela roda dos amigos e admiradores.
Ciente do próprio valor, era generoso na dádiva do seu saber e do seu tempo, em gesto incrível de humildade na admiração pelos outros e no optimismo cristão de que estamos neste mundo com as mãos prontas para tarefas e projectos que nos pedem, nos envolvem, nos entusiasmam, enquanto houver forças, até ao fim...
Como disse o Bispo D. Manuel Clemente na Missa de Corpo Presente, devemos dar graças a Deus por Henrique Ruas ter existido, tal a sua qualidade em tantos aspectos. E, acrescentamos nós, por o termos conhecido, este português cristão, por termos apreciado e sentido a força do seu espírito e o calor humano do seu coração, termos ganho a sua bondosa amizade e a riqueza da sua convivência.
“Felizes os que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, que descansem dos seus trabalhos porque as suas obras os seguem” (Ap. 14, 13). Esta sentença que se foi buscar ao Livro do Apocalipse, Livro com tão má fama de exóticas catástrofes mas que é, afinal, o livro da esperança. A esperança. É esse o sinal indelével que ele nos deixou, depois do susto e das lágrimas.
“Há pessoas que não deviam morrer”, dizia alguém, acusando essa orfandade tão ressentida que a morte de Henrique Ruas nos causou. Esta pequena homenagem que aqui gravamos em sua memória é assim esperança para continuarmos nos caminhos em que nos acompanhou, caminhos por ele desbravados, continuar porque a sua memória tão forte ser-nos há presença. Pequena homenagem esta, muito pequena. Sempre connosco.
Publicada por José Manuel Quintas à(s) segunda-feira, julho 21, 2003