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Integralismo Brasileiro

Fotografia
Plínio Salgado (1895 - 1975)
... não devemos transplantar para o Brasil nem comunismo, nem fascismo, nem outros sistemas exóticos - Plínio Salgado, 1931.

Fotografia
... o pensamento espiritualista, cristão, nacional-brasileiro, é a espinha dorsal da minha construção filosófico política. - Plínio Salgado, 1956.

Cavaleiro do Verbo
À memória de Plínio Salgado

Cavaleiro do verbo claro e ardente,
sonhou, sofreu, viveu em pleno a vida.
Aprendeu, de menino, a olhar em frente,
Como Moisés, a Terra Prometida.

Paladino do Bem, continuamente
Fez da Palavra uma bandeira erguida.
Creu sempre que, lançada, uma semente
jamais seria inútil e perdida.

Estranho a ódios, ignorando o medo,
com Deus no coração, tinha o segredo
De O confessar em tudo o que fazia.

Soube amar o Brasil e Portugal
Com amor tão profundo e tão igual,
Que nunca, no seu peito, os distinguia.

6.II.76
​

Moreira das Neves

Plínio Salgado (22 de Janeiro de 1895 - 8 de Dezembro de 1975)

Nasceu em São Bento do Sapucaí (SP). Jornalista, teólogo, filósofo e político.


Nos "Apontamentos iniciais (Palavras à edição brasileira)" à sua obra Vida de Jesus, diz-nos Plínio Salgado:

​"Não fiz aqui obra de erudição ou de exegese. Estas narrativas são o espelho de um sentimento que vive em mim e tudo explica",
acrescentando, em 1946, no prefácio a Madrugada do Espírito (antologia  filosófico-política), que ali está a síntese de toda sua obra - "é o reflexo de um sentimento que vive e se desenvolve todo em mim".

Plínio Salgado nasceu numa família de origem portuguesa, na pequena cidade de São Bento do Sapucaí, filho do farmacêutico Francisco das Chagas Esteves Salgado e da professora Ana Francisca Rennó Cortez, com quem aprendeu as primeiras letras. Seu avô paterno, Manoel Esteves Salgado, beirão de Viseu, nascido em São Pedro do Sul, emigrara para o Brasil por dissensões com D. Pedro (D. Pedro I, no Brasil). 

​O seu pai morreu quando ele tinha 16 anos, voltando de Pouso Alegre, onde estudava, para São Bento de Sapucaí para auxiliar a mãe a cuidar dos seus quatro irmãos mais novos. 

Aos 18 anos
, iniciou-se na política participando na fundação do Partido Municipalista, reunindo líderes de municípios do Vale do Paraíba (Gama Rodrigues, Machado Coelho, Agostinho Ramos e Joaquim Cortez), em defesa das autonomias municipais e "para combater a ditadura do governo estadual". Lança o semanário local Correio de São Bento.

Em 1918 casou-se com Maria Amélia Pereira, que viria a falecer um ano depois, deixando-lhe uma filha com apenas 15 dias, que passou aos cuidados da avó e tios. No ano seguinte, mudou-se para São Paulo, ingressando no jornal Correio Paulistano – órgão oficial do Partido Republicano Paulista (PRP), porta-voz do governo estadual na época. Fez amizade com o redactor-chefe do jornal, Menotti Del Picchia, e publicou uma coletânea de poemas intitulada Thabôr.

Em 1922, participou da Semana de Arte Moderna, num período de intensas leituras de autores modernistas, verdadeiro ponto de partida para o que virá a ser o Integralismo brasileiro. No final de 1924, ligou-se a uma facção dissidente do Partido Republicano Paulista (PRP), que rompera com o presidente de São Paulo, Washington Luís. É indicado como secretário da Coligação Paulista, presidida por Altino Arantes.

Em 1926, Plínio Salgado estreia no romance com O Estrangeiro onde, recorrendo a técnicas vanguardistas, narra a vida de um jovem anarquista que emigra da Rússia pré-revolucionária e vem tentar vida nova no Brasil. Mais tarde, Plínio dirá que "foi o seu primeiro Manifesto Integralista". No mesmo ano, proferiu a conferência A anta e o curupira, de que virá a nascer o chamado Movimento Verde-Amarelo. Nesse ano, morreu a sua mãe.

Em 1927, publicou Literatura e Política, livro importante para a compreensão da sua vastíssima obra política e doutrinária. Aí se pode ler: 

"Aparecem duas tisanas para as doenças da Europa: o comunismo e o fascismo. Ambos, materialistas, decretam a falência da democracia: - ou triunfa o imperialismo económico baseado no “nacionalismo”, no “fascismo”, na “ditadura militar”, ou vence o imperialismo político da Terceira Internacional.
Será esse o dilema para os jovens povos da América? Que rumo devem seguir os países novos, como o Brasil? Se pretendemos empreender a defesa da democracia, em face das prementes realidades económicas dos povos, devemos colocar o problema sob o ponto de vista retardatário do liberalismo dos nossos partidos oposicionistas?"
 (
Obras Completas. Volume 19. 1ª edição. São Paulo, Editora das Américas, 1956, p. 20, pp. 64-65.

Em 1928, foi um dos ideólogos do Movimento Verde-Amarelo, com Menotti del Picchia, Cassiano Ricardo e Motta Filho, em oposição à corrente primitivista lançada pelo Manifesto pau-brasil, de Oswaldo de Andrade. Nesse ano, foi eleito deputado estadual pelo PRP, em São Paulo, com o apoio de Júlio Prestes. Participou de movimento de intelectuais ligados ao PRP, conhecido como Ação Renovadora Nacional. Em 31 de Julho toma posse da cadeira nº 6 da Academia Paulista de Letras.

Em 1930, viajou para o Médio Oriente e Europa como preceptor do filho do advogado Souza Aranha. Visita a Turquia, o Egipto, a Alemanha, a Bélgica, o Reino Unido. Em França "lê uma vasta literatura comunista que circulava em Paris". Ao chegar à Itália, observou o fenómeno do fascismo e do governo de Mussolini - um jacobino radical saído do Partido Socialista Italiano que, na luta contra o bolchevismo, tomou o poder com o apoio dos conservadores - ainda a saborear a trégua de Latrão com a Igreja e o triunfo do regime de partido único no plebiscito de 1929. Em Espanha, observou a anarquia dos espíritos e, em Portugal, uma Ditadura ainda insegura e incerta. No Brasil, eclodia a revolução contra Washington Luís e o sistema político que ele representava - "tudo me mostrava a morte de uma civilização, o advento de uma nova etapa humana."

No Brasil, surgiam então novas organizações comunistas - algumas de vida efémera, como o "Clube 3 de Outubro" ou a "Legião Revolucionária de São Paulo" - mas também o fascismo - "No meio de todo esse quadro de angústias, novos blocos de união se iam aglutinando; e foi assim que, em Minas, surgiu "A Montanha", também com a preocupação de impedir a retomada das posições pelos políticos mineiros reacionários em 22, 24 e 26, e revolucionários em 30. Não tardou que, em Minas, fizesse a sua entrada em cena o fascismo brasileiro, dos camisas-caqui, chefiados diretamente pelo governador [Olegário Dias] Maciel." (Plínio Salgado, O Integralismo na vida brasileira, Rio de Janeiro, 1957, p. 14).

Em 1931, Plínio tornou-se redator do jornal A Razão, fundado por Alfredo Egídio de Souza Aranha na capital paulista, onde escreve artigos doutrinários e de análise política brasileira e internacional. Em duas colunas diárias, inicia ali o estudo crítico da política brasileira desde o início da República, com a colaboração próxima de, entre outros, Oliveira Vianna, Tristão de Ataíde, Ataliba Nogueira, divulgando as ideias de Alberto Torres, Farias Brito, Euclides da Cunha, Oliveira Lima, Pandiá Calógeras. Em 4 de Março desse ano, lança o Manifesto da Legião Revolucionária de São Paulo à Nação Brasileira, onde escreve:

“Desde a Monarquia, temos vivido sob a preocupação de impor ao nosso país sistemas políticos estrangeiros. Experimentamos o parlamentarismo inglês até 1889; daí para cá, voltamo-nos para as fórmulas americanas e, agora, é ainda entre os Estados Unidos, a Itália e a Rússia, que oscila certa mentalidade que pretende nos impor novas imitações. Assim não devemos transplantar para o Brasil nem comunismo, nem fascismo, nem outros sistemas exóticos".

Em 29 de Maio, Mussolini promulga o decreto de dissolução da Ação Católica em Itália. Em 29 de Junho, o papa Pio XI condena a estatolatria pagã do Fascismo através da Carta Encíclica Non abbiamo bisogno  (mais tarde condenará também o Nazismo, através da Mit brennender Sorge, de 14 de Março de 1937). 

​Ao fundar a Sociedade de Estudos Políticos (SEP), em 24 de Fevereiro de 1932, estava bem viva na mente dos católicos a acção de Mussolini contra a Igreja e a reacção de Pio XI. Sem surpresa, Plínio adopta os seguintes "nove postulados" ou princípios: concepção espiritualista da existência humana; unidade da pátria brasileira; coordenação das forças económicas; justiça social cristã; combate ao totalitarismo do Estado, à luta de classes, aos preconceitos de raça, ao colectivismo e ao excesso de individualismo" (Plínio Salgado, O Integralismo na vida brasileira, Rio de Janeiro, 1957, pp. 16-17).

Em Maio, a SEP criou uma secção designada 
Ação Integralista Brasileira (AIB), definindo Plínio num Manifesto as suas directrizes políticas. Estas teriam de ser submetidas à apreciação das organizações de outros Estados, mas eclodiu a Revolução Paulista. Em 26 de Maio, o jornal A Razão foi destruído e o edifício incendiado. Em 9 Julho, sublevaram-se os quartéis da Força Pública e do Exército, embarcando as primeiras tropas em direcção ao Rio de Janeiro. Sufocada a Revolução em 3 de Outubro, após a aprovação por todos os organismo da SEP, só no dia 7 foi possível começar a distribuir o Manifesto em São Paulo. 

Nesse Manifesto de Outubro - como ficou conhecido - sobressai o personalismo e universalismo cristão e a defesa de uma representação política nacional de base municipal e profissional.
 
Na bibliografia do período da organização do Integralismo de Plínio Salgado, entre 1932 e 1937, como em toda a sua vida e obras posteriores, os valores cristãos estão sempre presentes num puro e transparente português do Brasil. 

Em O Integralismo na vida brasileira (1957) Plínio Salgado esclareceu os seus principais conceitos e fontes inspiradoras. No plano espiritual, aponta a influência de Farias Brito - do livro A verdade como regra das acções - e, nos aspectos sociais e políticos, o pensamento de Oliveira Vianna e o magistério dos papas, com destaque para as encíclicas “Rerum Novarum” de Leão XIII e “Quadragésimo ano” de Pio XI. No domínio da doutrina social, há também a mediação de Pandiá Calógeras, Rui Barbosa e do Cardeal Mercier. Referindo-se ao princípio democrático da representação política, Plínio denunciou a burla do fascismo e a traição do nazismo e do comunismo russo. (Ob. cit, p. 24). Ao abordar o conceito de autoridade é acolhido o contributo de Jackson de Figueiredo. Na questão nacional, a sua principal referência é Alberto Torres em O problema nacional brasileiro, mas sem esquecer Olavo Bilac, Alencar, Gonçalves Dias, Couto de Magalhães, Joaquim Nabuco. Não foram também esquecidos: "o nobre orgulho da estirpe lusitana, que ilumina as páginas de Elísio de Carvalho"; a alma do sertanejo dos Sertões de Euclides da Cunha; o tradicionalismo de Oliveira Lima e Eduardo Prado; o "entusiasmo patriótico do conde de Afonso Celso". O municipalismo é consagrado, acolhendo-se as lições de homens como Domingos Juaribe, entendendo-o como reunião de pessoas livres e famílias autónomas.

A essência doutrinária do Manifesto de Outubro está, segundo Plínio, na relação que estabelece entre a Família e o Estado e a partir da qual rejeitou o Estado totalitário dos fascismos e do comunismo: "Os que mais tarde caluniaram o Integralismo como totalitário e inimigo da democracia deveriam ler o Capítulo 8º, onde há frases como estas: "tirem a família ao homem e fica o animal; façam dele uma peça funcionando no Estado e teremos o autómato infeliz, rebaixado da sua condição superior.".

Ao resumir os fundamentos doutrinários do Manifesto de Outubro, Plínio não deixou de pagar também tributo à sua matriz lusitana:

"O Manifesto de Outubro, na sua essência, é documento que genealogicamente se prende aos primórdios na Nacionalidade, consubstanciando o pensamento político dos Reis Portugueses das dinastias de Afonso Henriques e do Mestre de Aviz, baseado no serviço de Deus e da Nação. A solidariedade humana e os recíprocos direitos e deveres de governantes e governados, realizando-se pela troca de benefícios, como a concebem o Regente D. Pedro em seu livro "Da virtuosa bemfeitoria" e El Rei D. Duarte no "Leal Conselheiro", vem proclamada a cada passo no Manifesto, o que o liga ao espírito jurídico lusitano, que soube unir o sentimento cristão da Idade Média ao humanismo da Renascença, como anteriormente unira as lições do Evangelho aos ensaios de Sêneca, no concernente à permuta de serviços entre os homens, que distingue as sociedades moralmente perfeitas." (Ob. cit, pp. 29-30).

Os mestres do Integralismo Lusitano (1914-1933) vinham expressando grosso modo ideias semelhantes, pelo que o coevo Movimento Nacional-Sindicalista (NS) de Portugal, lançado sob a direcção dos integralistas Alberto Monsaraz e Francisco Rolão Preto, pode ser apresentado como o seu mais próximo parente antitotalitário europeu. No contexto brasileiro, o mais próximo equivalente ao Integralismo Lusitano era porém, desde 1928, o movimento "Pátria Nova", em 1935 denominado "Ação Imperial Patrianovista Brasileira".

No Brasil, os métodos milicianos tinham sido já usados pelos fascistas brasileiros da Legião de Outubro. A AIB, tal como o NS em Portugal, disputaram o espaço público aos fascistas utilizando também métodos milicianos de organização e propaganda, muito em voga na época entre os movimentos políticos que desafiavam governos conservadores. Enquanto o NS adoptou a Cruz de Cristo como símbolo e a camisa azul dos operários portugueses, a AIB adoptou a expressão indígena "Anauê" como saudação  - que em Tupi significa "Você é meu irmão" -, a letra grega Sigma como símbolo - que em matemática representa "a soma de todas as partes" - e camisas verdes, com as quais os seus militantes desfilavam pelas ruas.​ 

O paralelismo não termina aí. Ambas as organizações foram eliminadas por Ditadores e os respectivos chefes presos e forçados ao exílio. Ambas as Ditaduras se designaram por Estado Novo: o ditador brasileiro chamava-se Getúlio Vargas e o ditador português Oliveira Salazar. E o paralelismo vai continuar: tal como com Rolão Preto, também Plínio Salgado viria ser caluniado, ocultado ou distorcido o seu pensamento político. Foram ambos apodados de "fascistas", procurando ofuscar a visão de portugueses e de brasileiros sobre os Ditadores que, nas suas pátrias, exerceram o poder como fascistas.

Os Camisas Verdes brasileiros fizeram o seu primeiro desfile no dia 23 de Abril de 1933. Nesse ano, a sede da AIB foi transferida para o Rio de Janeiro e, em 1934, no seu I Congresso, organizado em Vitória (ES), Plínio recebeu o título de “chefe nacional" do movimento. Após o Congresso, o movimento passou a fundar jornais, abrir creches, escolas e promover desfiles integralistas no Rio de Janeiro e em São Paulo. O seu órgão oficial era o “Monitor Integralista” e o seu principal periódico “A Offensiva”, que rapidamente se tornou o jornal diário de maior difusão no Brasil. 

Tal como a AIB no Brasil, também o Nacional-Sindicalismo obteve grande adesão popular. A
pós crescentes demonstrações de vitalidade em banquetes e em desfiles de militantes uniformizados, várias das suas sedes são assaltadas e encerradas. O governo de Oliveira Salazar, no respeito da Constituição que fizera aprovar, deveria promover a realização de eleições partidárias para uma Câmara Legislativa. Em representação ao presidente da República, Óscar Carmona, Rolão Preto pede liberdade de organização e de expressão para o seu movimento. Em  29 de Julho de 1934, Salazar proíbe o Nacional-Sindicalismo, sendo Rolão Preto e Alberto Monsaraz presos e desterrados para Espanha. A mesma sorte aguardava Plínio Salgado. Em 1 de Novembro, porém, Plínio vibrava ainda esperançoso em A Quarta Humanidade, dedicado à América do Sul, concluindo com o artigo "A resposta da Atlântida" (A Offensiva, 7 de Junho de 1934) a um Hermann Keyserling "muito alarmado ante o homem telúrico": Sim, escreve Plínio, "a América do Sul vai erguer-se, pelo milagre do Brasil". 

De 3 a 5 de Março de 1935, Plínio integrou o grupo de homens que fizeram o seu retiro espiritual na inauguração da casa de exercícios, aberta pelos Padres Jesuítas no Rio de Janeiro. Em 7 de Março, realizou-se o II Congresso Nacional de Petrópolis. Nesse ano, escreveu Em Despertemos a Nação!: “o problema brasileiro é muito mais difícil que os da Rússia, da Itália e da Alemanha” (...) “os modelos de Lenine, de Mussolini e de Hitler, suas estratégias, seus processos não valem nada para o caso do Brasil”.

Em Novembro, dá-se a intentona comunista no quartel da Praia Vermelha, sendo assassinados oficiais do Exército Brasileiro, alguns adeptos do Integralismo brasileiro. O
 processo do governo contra Plínio Salgado começou pela proibição dos camisas verdes. Plínio acatou, marcando o dia 7 de Outubro de 1936, aniversário da AIB, para a realização da "Noite dos Tambores Silenciosos". 
​

Em 1932, Benito Mussolini tinha definido a doutrina totalitária do Fascismo: "para o fascista, tudo está no estado, e nada humano ou espiritual existe, muito menos tem valor, fora do estado. Nesse sentido, o fascismo é totalitário, e o estado fascista, síntese e unidade de todo valor, interpreta, desenvolve e fortalece toda a vida do povo." Em entrevista publicada em 1936 sob o título “Estado Totalitário e Estado Integral", eis a perspectiva de Plínio Salgado:

"O Estado Totalitário não é a mesma coisa que o Estado Integral?
Não. O Estado Totalitário tem uma finalidade em si próprio; absorve todas as expressões nacionais e sociais, econômicas, culturais e religiosas; subordina a Pessoa Humana e os Grupos Naturais ao seu império. O Estado Integral, ao contrário, não tem uma finalidade em si próprio; não absorve as expressões nacionais e sociais, económicas, culturais e religiosas; não subordina a Pessoa Humana e os Grupos Naturais ao seu império; o que ele objetiva, é a harmonia entre todas essas expressões, a intangibilidade da Pessoa Humana.

Por que motivo os integralistas não querem o Estado Totalitário? 
- Os integralistas não querem o Estado Totalitário, porque os integralistas adotam uma filosofia totalista, isto é, têm do mundo uma concepção totalitária. 

Não há uma contradição nisso? Se os integralistas concebem o universo de um ponto de vista totalitário, como é que não concebem o Estado da mesma maneira? 
- 
Os integralistas são lógicos, tendo uma concepção totalitária do mundo e uma concepção não totalitária do Estado. É evidente que, sendo o Estado uma das expressões do mundo, se este é considerado em seu conjunto, o Estado tem de ser considerado como uma “parte” do conjunto. Se adotarmos o Estado Totalitário, então‚ é que ficamos em contradição, fazendo uma “parte” absorver as outras partes."


Em Maio de 1937, após o Congresso de Petrópolis (1935), a AIB iniciou um plebiscito interno para decidir qual seria o seu candidato às eleições presidenciais a realizar em Janeiro do ano seguinte. Nesta ocasião, Plínio Salgado proferiu um discurso intitulado Salvemos a Democracia!, salientando o caráter democrático do seu movimento cívico-político na escolha do seu candidato à eleição presidencial, em nítida contraposição ao método autocrático dos partidos políticos. Em 12 de Junho, foi anunciada a candidatura de Plínio Salgado à eleição presidencial, mas a eleição não se realizou em virtude de um golpe de Estado, em 10 de Novembro de 1937. A pretexto de um golpe comunista que estaria em marcha, Vargas decretou um estado de emergência e o encerramento  de todos os Partidos Políticos. Quando a AIB foi encerrada, contava com mais de um milhão e meio de filiados. Plínio é convidado para Ministro da Educação, mas recusa por não concordar com os termos da nova constituição. É implantado o Estado Novo.

Plínio Salgado estava em condições de vencer essas eleições, como reconheceu Carlos Henrique Hunsche em Der Brasilianische Integralismus, tese defendida na Universidade Friedrich Wilhelm, em Berlim, em 29 de Junho de 1938. Na sondagem realizada pelo vespertino A Noite, do Rio de Janeiro, Plínio Salgado ficou em primeiro lugar com oitenta e oito mil quinhentos e quarenta e sete votos, ficando em segundo lugar Getúlio Vargas, com dezasseis mil e quarenta e sete votos.

Em defesa do nascente Estado Novo, em Abril de 1938 saiu no Rio de Janeiro, sob a direcção de Azevedo Amaral, a revista Directrizes. Lê-se no seu 1º número, sob o título "A fisionomia do Estado Novo define-se": "Se Novembro de 1937 marcou a época da nossa primeira revolução construtiva, que o golpe de Estado suavemente desfechado pelo presidente Getúlio Vargas, sem o aparato dramático sempre associado a episódios desse género, Março de 1938 vai fixar-se na nossa história por ter sido nele que se definiu em factos concretos a fisionomia do Estado Novo e notadamente o seu sentido nacionalista". Posto isto, o tema principal não podia deixar ser o Integralismo brasileiro. Ao proibir o Nacional-Sindicalismo, antes de mandar prender e desterrar Rolão Preto, Oliveira Salazar também lhe atribuíra "exotismo". Os apoiantes de Vargas, tal como os de Salazar, apresentavam os seus Ditadores como os mais genuínos nacionalistas. A respeito do Integralismo brasileiro, a revista Directrizes viria depois a especializar-se na calúnia.
​
Em Maio de 1938, integralistas, unidos com outras forças democráticas do Brasil, ainda tentaram derrubar o Ditador e restabelecer a Democracia e o Estado de Direito, mas o chamado "Levante" fracassou. A perseguição aos integralistas foi brutal, incluindo assassinatos e fuzilamentos. Encheram-se as prisões com detidos políticos. Em 1939, Plínio Salgado acabaria detido na Fortaleza de Santa Cruz e depois enviado para o exílio em Portugal.

A sua longa forçada estadia em Portugal (1939-1946), veio a ficar assinalada por uma intensa actividade cultural e religiosa. A sua produção bibliográfica atingiu o cume em 1942 ao ser publicada a primeira edição da Vida de Jesus. Lançada em São Paulo, foi primeiro proibida, mas logo depois autorizada. 
O editor Rui de Arruda ficou preso durante quarenta dias. segundo Henrique Barrilaro Ruas, "Plínio Salgado escreveu, antes de tudo, um ato de fé", ao que acrescentou: "A suprema arte do seu Autor consistiu em enfeixar todo o arco-íris na pureza da luz branca: o seu texto é um tecido perfeito, onde não falta nenhum dos fios da História, mas nenhum é visível".

Em conferencia proferida em Coimbra, em 8 de Dezembro de 1944, ao definir O conceito cristão de democracia, Plínio explica em que consistem as armadilhas totalitárias do século XX: "Querendo livrar-se de um Estado Totalitário destinado a absorver a Espécie Humana, cai na armadilha de um Estado Totalitário que se propõe absorver a Nação. O primeiro [MARXISMO / COMUNISMO], pretende reduzir toda a Humanidade a massa amorfa, onde os direitos individuais se afogarão no oceano dos direitos coletivos, utopia que só favorece a uma reduzida casta dirigente. O segundo, [FASCISMO] identificando os conceitos de Nação e Estado e dando a este configuração e exercício funcional de carácter biológico, fará desaparecer as marcas da personalidade dos súbditos, sempre que elas contrariem os caracteres expressivos da fisionomia estatal."

Em 1946, com a deposição de Getúlio Vargas, Plínio retornou ao Brasil na chamada "redemocratização do país". Em 22 de Junho, ao despedir-se de Plínio Salgado, após os seus sete anos de desterro em Portugal, Hipólito Raposo  declarou-o "filho adoptivo de Portugal".
Fotografia
(esq-dir) Alberto Monsaraz, Hipólito Raposo, Plínio Salgado, Pequito Rebelo, Luís de Almeida Braga (Plínio Salgado em companhia dos Integralistas lusitanos).


Ao regressar ao Brasil, Plínio Salgado integrou o recém-criado Partido de Representação Popular (PRP), escrevendo em 1947 para o semanário Idade Nova e, em 1948, mantendo a sua "defesa intransigente da autonomia dos municípios", lançará uma "Cruzada Municipalista Nacional".

Em 1950, apoia o Brigadeiro Eduardo Gomes à presidência da República, e falha a eleição para o Senado pelo Rio Grande do Sul. Em 1952, funda a Confederação de Centros Culturais da Juventude e, no ano seguinte, o semanário A Marcha.

Foi candidato à presidência da República em 1955, obtendo 8% do total, recebendo perto de um milhão de votos. Apoiou a posse de Juscelino Kubitscheck e foi nomeado para a direção do Instituto Nacional de Imigração e Colonização.

Em 1956, foi eleito deputado federal pelo Paraná, no PRP.
Em 1960, passou a colaborar semanalmente no Diário de São Paulo e foi pela primeira vez eleito deputado federal pelo Estado de S. Paulo. No ano seguinte, após a posse de João Goulart, aliou-se à UDN e ao PSD na luta contra as reformas pretendidas pelo governo. Nesse ano, representou o Brasil na conferência geral da UNESCO, em Paris.

Em 1964, intensificou sua oposição a Goulart; foi um dos oradores da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em São Paulo; apoiou o golpe militar que depôs o presidente. Com a extinção dos partidos políticos, devido ao Ato Institucional nº2 (AI-2), o Partido de Representação Popular (PRP) também foi extinto. Plínio filiou-se depois na Aliança Renovadora Nacional (Arena), candidatando-se a deputado federal em 1966. Assumiu o cargo de deputado no ano seguinte, tornando-se vice-líder do partido. Em 1970, foi reeleito deputado federal, vindo a despedir-se de sua carreira política em 1974, proferindo um discurso de despedida na Câmara dos Deputados. Morreu no ano seguinte em São Paulo.

Obras político-doutrinárias fundamentais:  Psicologia da Revolução (1933),  A Quarta Humanidade (1934), O conceito cristão da Democracia (1944, ed. 1946), Direitos e deveres do Homem (1949), O ritmo da História (1949), Espírito da burguesia (1951) e Reconstrução do Homem (1957). Obra contendo um síntese histórica: O Integralismo na vida brasileira (1957).

Tendo retornado ao Catolicismo em 1918, depois de um período de descrença, Plínio Salgado veio a ser um dos mais importantes pensadores cristãos do Brasil e de todo o mundo Lusíada, publicando obras como A aliança do sim e do não (1943), Primeiro, Cristo! (1946), O Rei dos Reis (1946), Mensagens ao Mundo Lusíada (1946), A Tua Cruz, Senhor (1946), A imagem daquela noite (1947) e São Judas Tadeu e São Simão Cananita (1950), além da magistral Vida de Jesus (1942).

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A obra de Plínio ficou entre nós, portugueses, a ecoar até hoje como a do “mais eloquente intérprete da Brasilidade” (Hipólito Raposo in Salgado: “in memoriam”, vol. II. São Paulo, Voz do Oeste/Casa de Plínio Salgado, 1986, p. 189.).
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J. M. Q.


Documentos / Antologia
  • 1932 - Manifesto da "Acção Integralista Brasileira"​ 
  • 1933 - Liberal-Democracia
  • 1933 - Processos Revolucionários in Psicologia da Revolução
  • 1935 - A revolução da Família​
  • 1936 - Democracia Integralista
  • 1937 - Esquerdas e direitas
  • 1936 - Democracia Integralista
  • 1936 - Estado Totalitário e Estado Integral
  • 1944 - Sentido Cristão do Império Lusíada
  • 1945 - Três Mensagens ao Mundo Lusíada
  • 1946 - Uma reportagem histórica na despedida de Plínio Salgado
  • 1953 - A túnica jogada aos dados [A QUARTA POSIÇÃO pela União Cristã do Ocidente]
  • 1957 - O Integralismo na vida brasileira

​Filiações partidárias:
  • Partido Municipalista - PM (1918–1920); 
  • Partido Republicano Paulista - PRP (1928–1930); 
  • Ação Integralista Brasileira - AIB (1934–1937); 
  • Partido de Representação Popular - PRP (1946–1964); 
  • Aliança Renovadora Nacional - Arena  (1966–1974)

Cargos políticos:
  • Deputado estadual de São Paulo (1928–1930); 
  • Deputado federal (1959–1974, quatro mandatos: dois pelo PRP e dois pela Arena)

​Obras completas de Plínio Salgado, publicadas de 1955 a 1957:
  • 01. A Vida de Jesus - Tomo I - 1956
  • 02. A Vida de Jesus - Tomo II - 1956
  • 03. A Vida de Jesus - Tomo III - 1957
  • 04. Geografia Sentimental / Viagens Pelo Brasil / Poema da Fortaleza de Santa Cruz / O Nosso Brasil - 1957
  • 05. A Quarta Humanidade / Direitos e Deveres do Homem - 1957
  • 6. A Aliança do Sim e do Não / Primeiro, Cristo! / O Rei dos Reis - 1957
  • 07. Psicologia da Revolução / Palavra dos Tempos Novos / Madrugada do Espírito - 1957
  • 08. A Imagem Daquela Noite ( e outros escritos) / São Judas Tadeu (e outros escritos) / A Mulher do Século XX / Conceito Cristão da Democracia - 1955
  • 09. O que é Integralismo / O Integralismo Perante a Nação - 1955
  • 10. Despertemos a Nação! / Páginas de Ontem / Discursos - 1955
  • 11. O Estrangeiro / Pio IX e o seu Tempo - 1955
  • 12. O Esperado - 1955
  • 13. O Cavaleiro de Itararé - Tomo I - 1955
  • 14. O Cavaleiro de Itararé - Tomo II / A Voz do Oeste - 1955 
  • 15. Espírito da Burguesia / Mensagem às Pedras do Deserto - 1956
  • 16. O Ritmo da História / Atualidades Brasileiras - 1956
  • 17. A Tua Cruz, Senhor / A Inquietação Espiritual na Atualidade Brasileira - 1956
  • 18. Como Nasceram as Cidades do Brasil / Roteiro e Crônicas de Mil Viagens / Oriente - (Impressões de viagens) 1930 - 1956
  • 19. Literatura e Política / Críticas e Prefácios - 1956
  • 20. Discurso às Estrelas / Contos e Fantasias Sentimentais - 1956


BIBLIOGRAFIA DE PLÍNIO SALGADO (ao falecer, em 1975, Plínio Salgado deixou perto de 80 obras / títulos)
  1. Thabor (poemas), 1919
  2. A boa nova (assuntos bíblicos), 1921
  3. O Estrangeiro (romance), 1926
  4. A anta e o curupira. São Paulo, Editorial Hélios, 1926. Nota: "Nheengassú feito no salão nobre do 'Correio Paulistano,' por occasião da entrega ao autor de um bronze commemorativo da publicação do 'O extrangeiro,' pelos seus amigos de S. Paulo."
  5. Literatura e Política, 1927
  6. A anta e o curupira (manifesto modernista), 1927
  7. O curupira e o carão (em colaboração com Menotti del Pichia e Cassiano Ricardo), 1927
  8. A literatura gaúcha, conferência literária realizada no Centro Gaúcho de São Paulo, 1927
  9. O significado da Anta. Festa, nº 4, Rio de Janeiro, Janeiro de 1928, pp. 13-14
  10. O Esperado (romance), 1931
  11. Oriente (relato de viagens), 1931
  12. Manifesto da Legião Revolucionária de São Paulo, 1931
  13. Manifesto de Outubro, 1932
  14. O cavaleiro de Itararé (romance), 1933
  15. O que é o Integralismo (filosofia política), 1933
  16. Psicologia da Revolução (filosofia, política e sociologia), 1ª ed., 1933; 2ª ed. 1934; 3ª ed. 1937; 4ª edição, corrigida e anotada pelo Autor, 1953. [ pdf ]
  17. A Voz do Oeste (romance histórico), 1934
  18. O sofrimento universal (filosofia e sociologia), 1934
  19. A quarta humanidade (filosofia), 1934
  20. Despertemos a Nação (política), 1935
  21. A doutrina do Sigma (política), 1935
  22. Cartas aos Camisas-Verdes (discursos), 1935
  23. Manifesto Programa da AIB, Janeiro de 1936
  24. Palavra nova dos tempos novos (temas literários e políticos), 1936
  25. Nosso Brasil (brasilidade), 1937
  26. Geografia sentimental (brasilidade), 1937
  27. Páginas de combate (política), 1937
  28. Vida de Jesus (biografia e teologia), 1943
  29. A aliança do Sim e do Não (ensaio histórico, sociológico e religioso), 1943. Teve origem numa conferência, feita em Lisboa, intitulada Pensamento de ontem e tragédias de hoje - dizendo Sim, como cristãos, há quem viva no reverso Não do credo religioso.
  30. A mulher no século XX (psicologia e sociologia), 1946
  31. O Rei dos reis (história e religião), 1946 (Lisboa, Pro Domo)
  32. Conceito cristão da democracia (ensaio político-filosófico), 1946 (Coimbra, Edição Estudo)
  33. Primeiro, Cristo! (religião), 1946 (Porto, Figueirinhas)
  34. A Tua Cruz, Senhor (religião), 1946 (Lisboa, Ática)
  35. Como nasceram as cidades do Brasil (história), 1946 (Lisboa, Ática)
  36. Madrugada do espírito (antologia filosófico-política), 1946 (Lisboa, Pro Domo)
  37. O Integralismo brasileiro perante a Nação (seleção de documentos sobre política), 1945 (ed, Lisboa) 
  38. A imagem daquela noite (teatro religioso), 1947 (Lisboa, Edições Gama)
  39. Mensagem às pedras do deserto (ensaios políticos), 1947
  40. Direitos e deveres do Homem (trabalho apresentado nas Conversações Católicas de San Sebastian), 1948
  41. Poema da Fortaleza de Santa Cruz (poesia), 1948
  42. Extremismo e democracia (política), 1948
  43. Pio IX e o seu tempo (prefácio à obra de Villefranche), 1948.
  44. O ritmo da história (ensaios políticos), 1949
  45. Discursos (seleção de conferências), 1949
  46. São Judas Tadeu e São Simão Cananita (hagiografia), 1950
  47. Sete noites de Joãozinho (literatura infantil), 1951
  48. Prefácio à tradução em língua portuguesa de Princípios Cristãos para o Estudo da Sociologia, do Padre Andrea Oddone S. J..
  49. Espírito da Burguesia (ensaio sociológico), 1951. * A melhor forma de combater a famigerada burguesia, o "espírito burguês", é viver seriamente o cristianismo. A burguesia não é uma classe, é uma mentalidade, um modo ou método de vida, em pleno desacordo com o fim sobrenatural do homem - "Não podeis servir a dois senhores", advertiu Cristo.
  50. O Integralismo na vida brasileira (história e política), 1953
  51. As qualidades e as virtudes de Euclides da Cunha (síntese de conferência proferida em São José do Rio Pardo na V Semana Euclidiana; coautoria de Tasso da Silveira), 1954
  52. Atualidades Brasileiras, 1954
  53. Roteiro e crônica de mil viagens, 1954
  54. Críticas e prefácios (literatura), 1954
  55. Contos e fantasias (literatura), 1954
  56. Sentimentais (literatura), 1954
  57. A inquietação espiritual na atualidade brasileira, 1954
  58. Páginas de ontem, 1954
  59. Viagens pelo Brasil, 1954
  60. Mensagem ao povo brasileiro, 1955
  61. Livro verde da minha campanha, 1956
  62. Doutrina e tática comunistas (noções elementares), 1957
  63. A doutrina do Integralismo (opúsculo), 1957
  64. Reconstrução do Homem, 1957
  65. O Integralismo na vida brasileira, 1957
  66. Palestras com o povo, 1957-1958
  67. Discursos na Câmara dos Deputados (seleção), 1961
  68. Poemas do século tenebroso (sob o pseudónimo Ezequiel), 1961
  69. A crise parlamentar e os cinco discursos de Plínio Salgado, 1962
  70. Como se prepara uma China, 1962.
  71. Imitação de Cristo, Tomás de Kempis (edição e introdução), 1963
  72. Compêndio de Instrução Moral e Cívica (livro didático), 1964
  73. História do Brasil, 2 vols. (livros didáticos de história brasileira), 1969
  74. Trepandé (romance), 1972
  75. 13 anos em Brasília (recordações), 1973
  76. Tempo de exílio (correspondência familiar), 1980 (obra póstuma)
  77. Minha segunda prisão e meu exílio/Diário de bordo, 1980 (obra póstuma)
  78. Discursos parlamentares de Plínio Salgado (organização e introdução de Gumercindo Rocha Dorea), 1982
  79. Plínio Salgado (in Memoriam).
  80. O dono do mundo (romance), 1999 (obra póstuma)


Ver bibliografia de Plínio Salgado disponível no Internet Archive, em contínua actualização.



Bibliografia passiva
  • 1933 - Alceu Amoroso Lima. Estudos (5ª série), Rio de Janeiro: Civilização Brasileira
  • 1940 - Dom Nicolau de Flue Gut, Plínio Salgado, o creador do Integralismo Brasileiro, na Literatura Brasileira. Speyer, Pilger-Druckerei G. m. b. H.
  • 1971 - Hélio Silva. 1938: terrorismo em campo verde. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira.
  • 1977 - Homero Silveira, Aspectos do romance brasileiro contemporâneo. São Paulo, Convívio
  • 1979 - Gilberto Felisberto Vasconcellos, Ideologia curupira: análise do discurso integralista. São Paulo, Brasiliense.
  • 1986 - AAVV, Plínio Salgado. In Memoriam, São Paulo, Editora Voz do Oeste / Casa Plínio Salgado.
  • 1996 - Jayme Ferreira Silva. A verdade sobre o Integralismo: Respondendo a Carlos Lacerda e outros. São Paulo, Edições GRD.
    1996 - Carlos Henrique Hunsche, O Integralismo brasileiro. Porto Alegre, Centro de Documentação AIB/PRP.
  • 1997 - Rubem Nogueira, O homem e o muro: memórias políticas e outras. São Paulo, Edições GRD, 1997.
  • 1999 - Augusta Garcia R. Dorea, Plínio Salgado, um apóstolo brasileiro em terras de Portugal e Espanha, São Paulo, Edições GRD, 1999.
  • 2001 - Gilberto Calil, O Integralismo no Pós-Guerra: A Formação do PRP (1945-1950). Porto Alegre, EdiPUCRS.
  • 2001 - Maria Amélia Salgado Loureiro, Plínio Salgado, meu pai. São Paulo, Edições GRD.
  • 2005 - Rogério Lustosa Victor, O Integralismo nas águas do "Lete": História, memória e esquecimento. Goiânia, UCG [pdf]
  • 2010 - Gilberto Calil, Integralismo e Hegemonia Burguesa: a intervenção do PRP na política brasileira (1945-1965). Cândido Rondom, Ed. UNIOESTE.
  • 2013 - Guilherme Jorge Figueira, As eleições de 1955: Ensaio sobre a participação de Plínio Salgado nas eleições presidenciais. Revista do Arquivo, Rio Claro - SP. n°11, pp. 60-63, Jun. 2013.
  • 2014 - Sérgio de Vasconcellos, Integralismo: Um novo paradigma, 1º volume, Rio de Janeiro.
  • 2015 - Sérgio de Vasconcellos, Integralismo: Um novo paradigma, 2º Volume, Rio de Janeiro.
  • 2016 - Victor Emanuel Vilela Barbuy, 90 anos de "O estrangeiro"
  • 2020 - Victor Emanuel Vilela Barbuy, Integralismo e Nazismo - O Sigma em oposição à Suástica, Frente Integralista Brasileira. [pdf]
  • 2020 - Matheus Batista, O Fascismo em Camisas Verdes: Livro Completo Analisado - Uma resposta integralista a autores picaretas, Frente Integralista Brasileira - [pdf]
  • 2022 - Victor Emanuel Vilela Barbuy, Plínio Salgado, a semana de 1922 e o Modernismo.
  • 2022 - Matheus Lima, Era uma vez na S.E.P. – Breve história sobre a Sociedade de Estudos Políticos, Nova Acção, 27 de Julho de 2022. 
  • 2022 - Sérgio de Vasconcellos, Integralismo: Um novo paradigma, 3º volume, Rio de Janeiro.
  • 2022 - Sérgio de Vasconcellos, Integralismo: Um novo paradigma, 4º volume, Rio de Janeiro.
  • 2024 - Sérgio de Vasconcellos (Org.), Floresta Verde - Antologia do Sigma, Rio de Janeiro, AGbook.

Impõe-se separar o trigo do joio. As obras seguintes devem ser manuseadas com muito cuidado e atenção. Há nela algum trigo, mas também muito joio. A obra de Plínio Salgado é um imenso manifesto anti-totalitário e, no entanto.

​O Fascismo não foi uma coreografia ou estética, foi uma doutrina e uma prática política de índole totalitária. Nos anos de 1930, os métodos milicianos de organização e propaganda, com desfiles de militantes uniformizados, foram adoptados por fascistas, mas também por comunistas, "centristas" (como o partido republicano alemão ou o Social Credit Party britânico), e mesmo por anarquistas, como os da Federação Anarquista Ibérica (FAI) espanhola. Os integralistas brasileiros, tal como os lusitanos (na fase do Nacional-Sindicalismo, 1932-1936) utilizaram métodos milicianos mas, tendo por base uma doutrina personalista e comunitária, situando-se nos antípodas filosóficos e políticos dos totalitarismos. Os integralismos lusófonos têm em comum, para além de uma mesma raíz histórica, cultural e linguística, uma matriz político-filosófica e um ideário que se situa para além das ideologias triunfantes na Revolução Francesa de 1789, de onde derivaram os totalitarismos do século XX. 

  • 1979 - Hélgio Trindade, Integralismo: o fascismo brasileiro da década de 30. 2. ed. Porto Alegre: Difel/UFRGS, 1979.
  • 1987 - René Gertz, O fascismo no sul do Brasil: germanismo, nazismo, integralismo. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1987.
  • 1987 - Ricardo Benzaquen de Araujo, Totalitarismo e Revolução: o Integralismo de Plínio Salgado. Rio de Janeiro, Zahar.
  • 1992 - Marcos Chor Maio. Nem Trotsky, nem Rotschild: o pensamento anti-semita de Gustavo Barroso. Rio de Janeiro, Imago, 1992.
  • 1998 - Maria José Lanziotti Barreras. Dario de Bittencourt (1901-1974): uma incursão pela cultura política autoritária gaúcha. Porto Alegre, EDIPUCRS.
  • 2000 - Gilberto Grassi Calil; Carla Luciana Silva, Velhos Integralistas: a memória de militantes do Sigma. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2000.
  • 2001 - Gilberto Grassi Calil, O Integralismo no Pós Guerra: a formação do PRP (1945-1950). Porto Alegre: EDIPUCRS.
  • 2001 - Carla Luciana Silva, Onda Vermelha: imaginários anticomunistas brasileiros. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2001.
  • 2016 - Hélgio Trindade, A tentação fascista no Brasil: imaginário de dirigentes e militantes integralistas. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2016.
  • ​2010 - João Fábio Bertonha, Bibliografia orientada sobre o integralismo (1932-2007). Jaboticabal: FUNEP, 2010.
  • 2014 - Odilon Caldeira Neto, Sob o Signo do Sigma: Integralismo, Neointegralismo e o Antissemitismo. Maringá: Universidade Estatal de Maringá.
  • 2016 - Jefferson Rodrigues Barbosa, Chauvinismo e Extrema-direita: crítica aos herdeiros do sigma. São Paulo: Ed. Unesp, 2016.
  • 2016 - Giselda Brito Silva, Estudos do Integralismo no Brasil, 2ª ed., Porto Alegre: EdiPUCRS, 2016.
  • 2018 - Leandro Pereira Gonçalves, Plínio Salgado: um católico integralista entre Portugal e o Brasil (1895-1975). Rio de Janeiro: FGV Editora, 2018.
  • 2018 - João Fábio Bertonha, Plínio Salgado: biografia política (1895-1975). São Paulo: Edusp, 2018.
  • 2020 - Leandro Pereira Gonçalves e Odilon Caldeira Neto, O Fascismo em camisas verdes: do integralismo ao neointegralismo - [ver https://integralismo.org.br/opiniao/o-fascismo-em-camisas-verdes-livro-completo-analisado/] 
  • 2023 - João Fábio Bertonha, Plínio Salgado, os integralistas e a ditadura militar. Os herdeiros do fascismo no regime dos generais (1964-1975). Revista História & Perspectivas, [S. l.], v. 24, n. 44, 2011

Videos / Discursos
https://www.youtube.com/watch?v=qwyMkFfzm3Y
2023-05-29 - Discursos de Moisés Lima e Victor Emanuel Vilela Barbuy | Homenagem a Plínio Salgado - Plínio Salgado como um ilustre filho de S. Bento de Sapucaí
​​...nós não levantaríamos nem o dedo mínimo, se salvar Portugal fosse salvar o conúbio apertado de plutocratas e arrivistas em que para nós se resumem, à luz da perfeita justiça, as "esquerdas" e as "direitas"!

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- António Sardinha (1887-1925) - 
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