António Jacinto Ferreira (8 de Setembro de 1906, Lisboa - 10 de Outubro de 1995, Lisboa), professor catedrático de Medicina Veterinária, foi um destacado jornalista, membro das novas gerações do Integralismo Lusitano.
Dirigente da Acção Católica Portuguesa, do Movimento Nacional-Sindicalista (Comissário Distrital de Setúbal do NS, em 1935, após a proibição do Nacional-Sindicalismo pelo governo de Oliveira Salazar), e Presidente do Conselho Central da Sociedade de S. Vicente de Paula.
Em 1928, licenciou-se em Veterinária pela Escola Superior de Medicina Veterinária. Estagiou no Matadouro Municipal de Lisboa e no Instituto Nacional de Higiene. Foi Inspector de Sanidade Pecuária de Setúbal em 1939. Fez Doutoramento em Medicina Veterinária e prosseguiu carreira científica e académica, tendo concluído como Professor Catedrático da Escola Superior de Medicina Veterinária. Com vasta obra publicada de teor científico, pertenceu à Junta Nacional de Educação.
No exercício da cidadania, em Setúbal, criou o primeiro grupo do Corpo Nacional de Escuteiros. Foi o fundador e o primeiro Presidente do Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários (SNMV). Nessa qualidade, integrou a Câmara Corporativa na III legislatura, de 1942 a 1949. Sem pertencer à União Nacional, foi deputado independente na Assembleia Nacional pelo círculo de Lisboa na IV legislatura de 1949 a 1953. Foi director do boletim do SNMV e, em 21 de Abril de 1994, foi-lhe atribuído o título de primeiro Sócio Honorário.
Em 1951, fundou o jornal O Debate semanário de grande expansão de que foi director até 1974. Ocupou sucessivos cargos de relevo na Causa Monárquica: Presidente da Junta Directiva da Causa Monárquica; Presidente da Lugar-Tenência. Fazendo parte do Círculo de Estudos Portugueses, pertenceu ao grupo dos que se mantiveram sempre fiéis ao ideário do Integralismo Lusitano.
Em 1991, no prefácio a Integralismo Lusitano - uma doutrina política de ideias novas, que dedicou à memória de António Sardinha, escreveu Jacinto Ferreira:
"Não nos foi dado conhecer em pessoa o principal propulsor desta doutrina, o poeta, ensaísta, pensador e historiador António Sardinha, porque a sua acção pública se revelou quando ainda éramos rapaz de verdes anos. Mas, ao tomarmos, em idade mais amadurecida, conhecimento das ideias que a informaram e ao tomarmos igualmente contacto com os seus principais mentores ainda então vivos - Hipólito Raposo, Pequito Rebelo, Almeida Braga, Alberto de Monsaraz - a ela nos dedicámos e dela fizemos, e temos feito, o estudo e a propaganda que a nossa convicção nos impõe."
(...)
"Tal como em 1914, é preciso, hoje [1991], reconstruir tudo, porque Portugal voltou ao princípio, transformado em campo de ruínas de toda ordem."
(Jacinto Ferreira, 1991, p. 8 e 23).
No testemunho de Mário Saraiva, acerca dos seus últimos anos:
"Veio a "democracia" do PREC abrilino; assaltado e destruído, terminou a acidentada vida do jornal [O Debate]. Jacinto Ferreira, pouco tempo antes de falecer, ainda tentou ressuscitar o seu jornal. Excepcional temperamento de lutador em prol do ideal que abraçou na mocidade!
A sua derradeira intervenção na política activa situou-se como escolhido dirigente no movimento juvenil "Nova Monarquia", no qual, diria, exuberou a sua perene juventude." (Mário Saraiva, 1998, p. 165).
Bibliografia de A. Jacinto Ferreira
Artigos
1962 - António Jacinto Ferreira - Destino de um "Nacionalista" (António José de Brito)
Refs:
Dirigente da Acção Católica Portuguesa, do Movimento Nacional-Sindicalista (Comissário Distrital de Setúbal do NS, em 1935, após a proibição do Nacional-Sindicalismo pelo governo de Oliveira Salazar), e Presidente do Conselho Central da Sociedade de S. Vicente de Paula.
Em 1928, licenciou-se em Veterinária pela Escola Superior de Medicina Veterinária. Estagiou no Matadouro Municipal de Lisboa e no Instituto Nacional de Higiene. Foi Inspector de Sanidade Pecuária de Setúbal em 1939. Fez Doutoramento em Medicina Veterinária e prosseguiu carreira científica e académica, tendo concluído como Professor Catedrático da Escola Superior de Medicina Veterinária. Com vasta obra publicada de teor científico, pertenceu à Junta Nacional de Educação.
No exercício da cidadania, em Setúbal, criou o primeiro grupo do Corpo Nacional de Escuteiros. Foi o fundador e o primeiro Presidente do Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários (SNMV). Nessa qualidade, integrou a Câmara Corporativa na III legislatura, de 1942 a 1949. Sem pertencer à União Nacional, foi deputado independente na Assembleia Nacional pelo círculo de Lisboa na IV legislatura de 1949 a 1953. Foi director do boletim do SNMV e, em 21 de Abril de 1994, foi-lhe atribuído o título de primeiro Sócio Honorário.
Em 1951, fundou o jornal O Debate semanário de grande expansão de que foi director até 1974. Ocupou sucessivos cargos de relevo na Causa Monárquica: Presidente da Junta Directiva da Causa Monárquica; Presidente da Lugar-Tenência. Fazendo parte do Círculo de Estudos Portugueses, pertenceu ao grupo dos que se mantiveram sempre fiéis ao ideário do Integralismo Lusitano.
Em 1991, no prefácio a Integralismo Lusitano - uma doutrina política de ideias novas, que dedicou à memória de António Sardinha, escreveu Jacinto Ferreira:
"Não nos foi dado conhecer em pessoa o principal propulsor desta doutrina, o poeta, ensaísta, pensador e historiador António Sardinha, porque a sua acção pública se revelou quando ainda éramos rapaz de verdes anos. Mas, ao tomarmos, em idade mais amadurecida, conhecimento das ideias que a informaram e ao tomarmos igualmente contacto com os seus principais mentores ainda então vivos - Hipólito Raposo, Pequito Rebelo, Almeida Braga, Alberto de Monsaraz - a ela nos dedicámos e dela fizemos, e temos feito, o estudo e a propaganda que a nossa convicção nos impõe."
(...)
"Tal como em 1914, é preciso, hoje [1991], reconstruir tudo, porque Portugal voltou ao princípio, transformado em campo de ruínas de toda ordem."
(Jacinto Ferreira, 1991, p. 8 e 23).
No testemunho de Mário Saraiva, acerca dos seus últimos anos:
"Veio a "democracia" do PREC abrilino; assaltado e destruído, terminou a acidentada vida do jornal [O Debate]. Jacinto Ferreira, pouco tempo antes de falecer, ainda tentou ressuscitar o seu jornal. Excepcional temperamento de lutador em prol do ideal que abraçou na mocidade!
A sua derradeira intervenção na política activa situou-se como escolhido dirigente no movimento juvenil "Nova Monarquia", no qual, diria, exuberou a sua perene juventude." (Mário Saraiva, 1998, p. 165).
Bibliografia de A. Jacinto Ferreira
- 1944 - Soros e vacinas, Lisboa, Edições Gama.
- 1953 - Quatro anos na Assembleia Nacional, Lisboa, Comissões de Freguesia de Lisboa da Causa Monárquica.
- 1956 - Em prol do ultramar português, Lourenço Marques, Tip. Diário de Notícias, 1956
- 1957 - Prédicas de um monárquico, Lisboa, (s.n.), 1957.
- 1959 - Unidade nacional, Lisboa, (s.n.), 1959.
- 1963 - Para um verdadeiro governo do povo, Lisboa, (s.n.), 1963.
- 1973 - No debate das ideias, Lisboa, (ed. aut., BPP), 1973.
- 1979 - Doenças infecto-contagiosas dos animais domésticos, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1979.
- 1984 - Estudos de microbiologia geral e de imunologia, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1984.
- 1985 - Os animais no adagiário português, Lisboa, Direcção-Geral da Comunicação Social, 1985.
- 1987 - Poder Local e Corpos Intermédios, Lisboa, (ed. Aut.), 1987. (citações e resumos)
- 1991 - Integralismo Lusitano: uma doutrina política de ideias novas, Lisboa, Cultura Monárquica, 1991 (capa e índice - pdf).
- 1992 - Ao serviço da pátria e do rei: memórias políticas (1926-1974), Lisboa: (ed. aut.), 1992.
- 2025 - Deus Pátria Rei. Páginas de "O Debate", Real Associação de Lisboa.
Artigos
1962 - António Jacinto Ferreira - Destino de um "Nacionalista" (António José de Brito)
Refs:
- Arquivo de José de Campos e Sousa
- 1991 - Integralismo Lusitano: uma doutrina política de ideias novas, Lisboa, Cultura Monárquica.
- 1998 - Mário Saraiva, Impressões e Memória, Lisboa, Universitária Editora.