Joaquim Mendes Guerra, 1893-1953
Joaquim Lopes Neves Mendes Guerra nasceu no Casteleiro, em 1893, filho de Manuel José Fernandes Mendes Guerra, também natural do Casteleiro e de Emília dos Prazeres Neves Mendes Guerra, natural de Tamanhos no concelho de Trancoso. Joaquim Mendes Guerra foi casado com Maria do Céu Barreiros Guerra.
Em 1913, estava matriculado na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, mudando no ano seguinte para a Faculdade de Direito, onde foi condiscípulo de António de Oliveira Salazar e Manuel Gonçalves Cerejeira.
Terminado o curso, Joaquim Mendes Guerra regressou ao Casteleiro. Na política, ao invés de seu pai que pertencera ao Diretório do Partido Progressista do Sabugal, até 10 de Agosto de 1898, Mendes Guerra aderiu ao tradicionalismo municipalista do Integralismo Lusitano.
Fundou e dirigiu o semanário Gazeta do Sabugal, com sede no Casteleiro, "órgão dos lavradores do concelho” publicado de 18 de Abril de 1926 a 4 de Março de 1928 (colecção da Biblioteca Nacional). Teve presença regular no diário monárquico A Voz, publicando também nos cadernos do C.A.D.C. e em outros órgãos oficiosos da Igreja. Teve amizade com o Cardeal Cerejeira e irmãos e primos Dinis da Fonseca.
Em 2 de Janeiro de 1926 tomou posse como Presidente da Junta de Freguesia de Casteleiro. Terá tido participação no "motim do aguilhão" frente à Câmara do Sabugal, em 10 de Fevereiro de 1926. Em 30 de Junho, tomou posse como Presidente da Comissão Administrativa do Concelho do Sabugal.
A organização política do Integralismo Lusitano dissolveu-se na sequência da morte de D. Manuel, para integrar a Causa Monárquica de D. Duarte Nuno de Bragança, tendo Mendes Guerra continuado a sua militância no Movimento Nacional-Sindicalista criado pelos integralistas Alberto Monsaraz e Rolão Preto. Em 1936, Rolão Preto, no livro Justiça!, estando o Movimento Nacional-Sindicalista já proibido por Salazar, identifica-o como “escritor nacional-sindicalista” ao citar um artigo que ele publicara em A Voz ("Alguns apontamentos e sugestões da vida paroquial na Nova Reforma Administrativa do Estado", A Voz, 4 de Fevereiro e 25 de Março de 1930)
Faleceu na sua casa, na Quinta Mimosa, no Casteleiro, vítima de hemorragia cerebral, em 24 de Janeiro de 1953. No dia da sua morte foi publicado o seu último artigo no jornal “A Voz”, sob o título “Usos e Festas Tradicionais da Beira”.
fontes:
https://capeiaarraiana.pt/2012/10/15/casteleiro-berco-da-imprensa-regional/
https://archeevo.amap.pt/details?id=109958
Em 1913, estava matriculado na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, mudando no ano seguinte para a Faculdade de Direito, onde foi condiscípulo de António de Oliveira Salazar e Manuel Gonçalves Cerejeira.
Terminado o curso, Joaquim Mendes Guerra regressou ao Casteleiro. Na política, ao invés de seu pai que pertencera ao Diretório do Partido Progressista do Sabugal, até 10 de Agosto de 1898, Mendes Guerra aderiu ao tradicionalismo municipalista do Integralismo Lusitano.
Fundou e dirigiu o semanário Gazeta do Sabugal, com sede no Casteleiro, "órgão dos lavradores do concelho” publicado de 18 de Abril de 1926 a 4 de Março de 1928 (colecção da Biblioteca Nacional). Teve presença regular no diário monárquico A Voz, publicando também nos cadernos do C.A.D.C. e em outros órgãos oficiosos da Igreja. Teve amizade com o Cardeal Cerejeira e irmãos e primos Dinis da Fonseca.
Em 2 de Janeiro de 1926 tomou posse como Presidente da Junta de Freguesia de Casteleiro. Terá tido participação no "motim do aguilhão" frente à Câmara do Sabugal, em 10 de Fevereiro de 1926. Em 30 de Junho, tomou posse como Presidente da Comissão Administrativa do Concelho do Sabugal.
A organização política do Integralismo Lusitano dissolveu-se na sequência da morte de D. Manuel, para integrar a Causa Monárquica de D. Duarte Nuno de Bragança, tendo Mendes Guerra continuado a sua militância no Movimento Nacional-Sindicalista criado pelos integralistas Alberto Monsaraz e Rolão Preto. Em 1936, Rolão Preto, no livro Justiça!, estando o Movimento Nacional-Sindicalista já proibido por Salazar, identifica-o como “escritor nacional-sindicalista” ao citar um artigo que ele publicara em A Voz ("Alguns apontamentos e sugestões da vida paroquial na Nova Reforma Administrativa do Estado", A Voz, 4 de Fevereiro e 25 de Março de 1930)
Faleceu na sua casa, na Quinta Mimosa, no Casteleiro, vítima de hemorragia cerebral, em 24 de Janeiro de 1953. No dia da sua morte foi publicado o seu último artigo no jornal “A Voz”, sob o título “Usos e Festas Tradicionais da Beira”.
fontes:
https://capeiaarraiana.pt/2012/10/15/casteleiro-berco-da-imprensa-regional/
https://archeevo.amap.pt/details?id=109958