Afonso Lopes Vieira, 1878-1946
"o mais lusitano de todos os lusitanos, que, no remoçamento da nossa sensibilidade, é um preceptor a seguir-se e um poeta a decorar-se" / "o preceptor da sensibilidade portuguesa" - António Sardinha, 1887-1925
- "Afonso Lopes Vieira - não posso falar dele sem dizer o nome todo, que é um verso de sete sílabas, isto é, o viático de um destino" - Alfredo Gândara.
"Afonso Lopes Vieira saía de Coimbra advogado.
Mas a sua carta de curso só a utilizou uma vez, erguendo-a no pretório como bandeira de carácter (...) foi para defender um amigo e firmar uma atitude nada cómoda, por infensa à Autoridade, que pela única vez vestiu a toga. Defendeu Hipólito Raposo, levado ao tribunal de Santa Clara, em 20 de Julho de 1920, por motivos políticos. Com que elegância e poesia o fez!
Parte da imprensa protestava contra o facto de um jornalista (o réu dirigia o diário A Monarquia) ser remetido à jurisdição militar. O acto era geralmente tido por ilegal. Pois, no seu discurso, o advogado falou assim ao presidente do tribunal, o general Encarnação Ribeiro:
- Deixe-me V. Exª. dizer-lhe isto: eu e o meu constituinte temos gosto em que esta causa tenha sido trazida aqui... Por um motivo estético, decorativo, pois este tribunal ´e muito mais artístico do que o da Boa Hora..."
(Alfredo Gândara, As raízes da obra de Afonso Lopes Vieira, p. 53-54)
Bibliografia passiva
Alfredo Gândara, As raízes da obra de Afonso Lopes Vieira, Conferência proferida em 7 de Setembro de 1952 na Casa do Poeta, em S. Pedro de Moel, Edição da Comissão Municipal de Turismo da Marinha Grande, 1953.
- "Afonso Lopes Vieira - não posso falar dele sem dizer o nome todo, que é um verso de sete sílabas, isto é, o viático de um destino" - Alfredo Gândara.
"Afonso Lopes Vieira saía de Coimbra advogado.
Mas a sua carta de curso só a utilizou uma vez, erguendo-a no pretório como bandeira de carácter (...) foi para defender um amigo e firmar uma atitude nada cómoda, por infensa à Autoridade, que pela única vez vestiu a toga. Defendeu Hipólito Raposo, levado ao tribunal de Santa Clara, em 20 de Julho de 1920, por motivos políticos. Com que elegância e poesia o fez!
Parte da imprensa protestava contra o facto de um jornalista (o réu dirigia o diário A Monarquia) ser remetido à jurisdição militar. O acto era geralmente tido por ilegal. Pois, no seu discurso, o advogado falou assim ao presidente do tribunal, o general Encarnação Ribeiro:
- Deixe-me V. Exª. dizer-lhe isto: eu e o meu constituinte temos gosto em que esta causa tenha sido trazida aqui... Por um motivo estético, decorativo, pois este tribunal ´e muito mais artístico do que o da Boa Hora..."
(Alfredo Gândara, As raízes da obra de Afonso Lopes Vieira, p. 53-54)
- 1917 - Os "Vencidos da Vida" e os "Filhos de Ramires"
- 1918 - Afonso Lopes Vieira - O Encoberto (Poema)
- 1932 - Afonso Lopes Vieira - A Fé e o Império
- 1935 - Afonso Lopes Vieira - Éclogas de agora (2ª)
- 1942 - Afonso Lopes Vieira - Nova Demanda do Graal
Bibliografia passiva
Alfredo Gândara, As raízes da obra de Afonso Lopes Vieira, Conferência proferida em 7 de Setembro de 1952 na Casa do Poeta, em S. Pedro de Moel, Edição da Comissão Municipal de Turismo da Marinha Grande, 1953.