O Sr. Presidente: – Tem a palavra o Sr. Deputado Barrilaro Ruas.
O Sr. Barrilaro Ruas (PPM): – Sr. Presidente, Srs. Deputados: Queria, em nome do PPM, associar-me, em palavras muito singelas, à homenagem prestada à grande escritora e portuguesa que é Maria Lamas.
Recordo com uma certa saudade o tempo em que, sendo eu menino e moço, Maria Lamas, sob o pseudónimo de Rosa Silvestre, soube ilustrar, singularmente, a página infantil de um grande jornal de que era directora, um jornal independente, de orientação católica e monárquica, que era A Época, do Conselheiro Fernando de Sousa – não se deve confundir com a outra Época, que infelizmente deslustrou esse título nos últimos anos do Estado Novo. Maria Lamas acompanhou depois os tempos nas suas circunstâncias e soube adaptar-se, de modo extremamente digno, a essas circunstâncias, lutando sempre pelos ideais mais nobres da criança, da juventude, da mulher, da comunidade política em geral, tanto no âmbito nacional, como no âmbito internacional. Tornou-se, de facto, um grande nome das letras e um grande nome da luta pela liberdade, pelos direitos humanos fundamentais, pela paz e pela grandeza dos ideais humanos.
Maria Lamas, felizmente viva, não tem de esperar aquela hora que em geral as escritoras e os grandes nomes esperam – para concitar à sua volta as homenagens de todos.
A Sr.ª Natália Correia (PSD): – Muito bem!
O Orador: – Neste momento, em que Maria Lamas é um grande nome entre os vivos, tenho muito gosto e muita honra em associar a minha voz humilde a este coro de louvores que ela merece como poucos.
Recordo, também, como ela, ainda há muito pouco tempo, assinando uma tradução exemplar de um livro extraordinário, como são As Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar, veio afinal introduzir nessa obra uma nota extremamente feminina e pessoal, através de um estilo e de um português magnífico, que é o seu, numa grande temática universal, que é a temática política, a temática do humanismo, a temática dos grandes temas, que a Humanidade tem de tratar em todas as épocas.
Mais por isto, também gosto de associar o meu nome à homenagem a Maria Lamas.
Aplausos ao PPM, do PSD, do PS, do CDS, do PCP, da ASDI e da UEDS.
[Assembleia da República, II legislatura, 2.ª sessão legislativa (1981-1982), reunião plenária de 9 de Março de 1982. Intervenção de Henrique Barrilaro Ruas na sequência de outras, nomeadamente a da Deputada Alda Nogueira (PCP). Publicada em Diário da Assembleia da República, I Série, n.º 62 (10.03.1982), p. 2615.]
O Sr. Barrilaro Ruas (PPM): – Sr. Presidente, Srs. Deputados: Queria, em nome do PPM, associar-me, em palavras muito singelas, à homenagem prestada à grande escritora e portuguesa que é Maria Lamas.
Recordo com uma certa saudade o tempo em que, sendo eu menino e moço, Maria Lamas, sob o pseudónimo de Rosa Silvestre, soube ilustrar, singularmente, a página infantil de um grande jornal de que era directora, um jornal independente, de orientação católica e monárquica, que era A Época, do Conselheiro Fernando de Sousa – não se deve confundir com a outra Época, que infelizmente deslustrou esse título nos últimos anos do Estado Novo. Maria Lamas acompanhou depois os tempos nas suas circunstâncias e soube adaptar-se, de modo extremamente digno, a essas circunstâncias, lutando sempre pelos ideais mais nobres da criança, da juventude, da mulher, da comunidade política em geral, tanto no âmbito nacional, como no âmbito internacional. Tornou-se, de facto, um grande nome das letras e um grande nome da luta pela liberdade, pelos direitos humanos fundamentais, pela paz e pela grandeza dos ideais humanos.
Maria Lamas, felizmente viva, não tem de esperar aquela hora que em geral as escritoras e os grandes nomes esperam – para concitar à sua volta as homenagens de todos.
A Sr.ª Natália Correia (PSD): – Muito bem!
O Orador: – Neste momento, em que Maria Lamas é um grande nome entre os vivos, tenho muito gosto e muita honra em associar a minha voz humilde a este coro de louvores que ela merece como poucos.
Recordo, também, como ela, ainda há muito pouco tempo, assinando uma tradução exemplar de um livro extraordinário, como são As Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar, veio afinal introduzir nessa obra uma nota extremamente feminina e pessoal, através de um estilo e de um português magnífico, que é o seu, numa grande temática universal, que é a temática política, a temática do humanismo, a temática dos grandes temas, que a Humanidade tem de tratar em todas as épocas.
Mais por isto, também gosto de associar o meu nome à homenagem a Maria Lamas.
Aplausos ao PPM, do PSD, do PS, do CDS, do PCP, da ASDI e da UEDS.
[Assembleia da República, II legislatura, 2.ª sessão legislativa (1981-1982), reunião plenária de 9 de Março de 1982. Intervenção de Henrique Barrilaro Ruas na sequência de outras, nomeadamente a da Deputada Alda Nogueira (PCP). Publicada em Diário da Assembleia da República, I Série, n.º 62 (10.03.1982), p. 2615.]