O volume póstumo "Na Feira dos Mitos, reunindo textos publicados no jornal A Monarquia, entre Fevereiro de 1917 e Dezembro de 1919, correspondente ao período político de mais intensa propaganda do Integralismo Lusitano, tendo sido ainda preparado e prefaciado pelo próprio António Sardinha com "Eu, pecador, me confesso". Refere-se à "anarquia mental" e ao "sibaritismo literário" dos seus vinte anos. Não durou muito esse período. Reconvertido ao Catolicismo, foi ainda a tempo de anular o livro sobre Tomás Pires, mas O Valor da Raça saiu-lhe ainda muito imperfeito, como muitas vezes o confessou a Luís Chaves..
Os editores“Ao leitor atento das obras de António Sardinha, não escaparão decerto afirmações e atitudes que foram modificadas em diverso sentido em artigos ou livros posteriores. Em mais de um passo dos seus escritos, ele se retifica a si mesmo, com a nobreza de quem, só buscando a verdade, abandona de boamente o caminho andado em vão, e com a humildade do cristão que confessa humanamente o seu erro, sem pecado de vaidade.
Até nestas reconsiderações, a sua vida foi um exemplo de coragem moral e de aprumada dignidade que sempre será oportuno recordar.” (Rodrigues Cavalheiro e Hipólito Raposo in “Nota final”, Na Feira dos Mitos, 2ª edição, 1942, p. 314)
Os editores“Ao leitor atento das obras de António Sardinha, não escaparão decerto afirmações e atitudes que foram modificadas em diverso sentido em artigos ou livros posteriores. Em mais de um passo dos seus escritos, ele se retifica a si mesmo, com a nobreza de quem, só buscando a verdade, abandona de boamente o caminho andado em vão, e com a humildade do cristão que confessa humanamente o seu erro, sem pecado de vaidade.
Até nestas reconsiderações, a sua vida foi um exemplo de coragem moral e de aprumada dignidade que sempre será oportuno recordar.” (Rodrigues Cavalheiro e Hipólito Raposo in “Nota final”, Na Feira dos Mitos, 2ª edição, 1942, p. 314)