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"Aliança Peninsular"

3/1/2021

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por Maria da Conceição Vaz Serra Pontes Cabrita
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Depois do fracasso da Restauração Monárquica no Norte, proclamada a 19 de Janeiro de 1919, António Sardinha exila-se em Espanha, entre Janeiro daquele ano e Maio de 1921.

O País vizinho, durante os quase dois anos e meio de exílio, quer seja pela influência, pela reciprocidade de pontos de vista ou pelo simples convívio com, entre outros Juan Vásquez de Mella y Fanjul, com o Marquês de Figueroa, Juan Bautista Armada y Losada, Gabriel Maura Gamazo, Duque de Maura e Conde de la Mortera, Ramiro de Maeztu, Fernando Gallego de Chaves Calleja, Marquês de Quintanar ou Juan de Contreras y López de Ayala, Marquês de Lozoya, ou até, simplesmente pela sua sensibilidade, Espanha revela-se e penetra no seu espírito de uma forma tão profunda que, em carta para sua mulher, Ana Júlia Nunes da Silva, escrita pouco tempo antes de regressar a Portugal e tendo já a confirmação da sua amnistia confessa: «Vai comigo, uma lição amarga de tanta pena, o carinho acolhedor deste vizinho admirável que eu irei ver todas as tardes […], porque não posso nem quero ser ingrato ao país que me acolheu e em que a minha inteligência adquiriu a sua plena maturação.».[1] Na verdade, o seu projecto de «aliança-peninsular»[2] ganha expansão e será um labor constante nos seus anos de exílio e até ao final da sua curta existência, concretizando-se de forma mais unitária, digamos assim, na sua obra A Aliança Peninsular - Antecedentes e Possibilidades (1924) no entanto, este plano de política internacional que António Sardinha propõe, recordemos, remonta a 1915 como alternativa à União Ibérica e correlatas doutrinas iberistas combatidas nas Conferências da Liga Naval, permanecendo sempre presente visto que, para o ensaísta, «Portugal, ligado à Espanha pela mesma finalidade exterior, recupera novamente, o senso adormecido da sua antiga vocação mundial.».[3]

As páginas que compõem À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares editadas postumamente em 1943, nas quais expõe o seu conceito de «Hispanismo», constituem um contributo para aquela obra de síntese que surgirá um mês e pouco antes da sua morte, cujo embrião foi uma conferência proferida em Abril de 1921 na Unión Ibero-Americana, em Madrid, a convite do Marquês de Figueroa,[4] havendo por isso, uma reincidência de temas, de formas de exposição, de argumentação, ainda que por vezes possam surgir de maneira mais alargada e, até, de redacção.
 
A obra A Aliança Peninsular - Antecedentes e Possibilidades conheceu três edições em Portugal[5]: A primeira, surge em 1924, a segunda, em 1930, ambas pela Livraria Civilização e a terceira, de 1972, vem a lume como edição da mulher do autor, Ana Júlia Nunes da Silva.

As duas primeiras edições têm a particularidade de serem ilustradas. Quando a obra é dada à estampa, em 1924, abre com um prefácio de Gabriel Maura Gámazo, Duque de Maura e Conde de la Mortera,[6] grande amigo de António Sardinha que chegou a auxiliá-lo no exílio, concedendo-lhe a sua protecção para o ensaísta se poder deslocar a Badajoz durante uma das presidências de Governo, exercida por seu Pai, António Maura.[7] 
No seu prefácio, o Conde de la Mortera enaltece, em termos gerais, a obra do pensador de Monforte mas sobretudo, chama a atenção do leitor para «La Alianza peninsular, nuncio venturoso del fecundisimo concierto entre todas las gentes hispánicas de Europa y América, no será jamás posible mientras no haya arraigado en las entrañas de la raza un altisimo ideal, sufocador de prevenciones y suspicacias, del recuerdo de recíprocos agravios e injusticias, de la incomprensión mutua, del legitimo orgullo y la mezquina vanidad; es decir, mientras lo que nos junte no valga y pese más que lo que nos separa.».[8] Este prefácio acompanha as três edições da obra, sendo que, a terceira edição congrega, para além de uma «Nota prévia» da autoria de Mário Saraiva,[9] os prólogos que integraram as duas edições que a obra teve em Espanha. Traduzida pelo Marqués de Quintanar, grande amigo de António Sardinha,[10] que conviveu em Coimbra com Eugénio de Castro, em Lisboa com Hipólito Raposo, Alberto de Monsaraz, Pequito Rebelo, Afonso Lopes Vieira e Martinho Nobre de Melo[11] confessa-se, em 1932, influenciado pelo ensaísta de Monforte a tal ponto que desejou divulgar a sua obra em Espanha - «De mi amistad fraternal con Antonio Sardinha, había recibido yo las primeras nociones de estas disciplinas autoritarias y antidemocráticas, hacía cerca de doce años e invariablemente, al ponerme en contacto con los integralistas retoñaba en mí el deseo de iniciar su obra en España.».[12] 

​
La Alianza Peninsular - Antecedentes y posibilidades
, na sua primeira edição, é dada à estampa pela Junta de Propaganda Patriótica y Ciudadana, em 1930, com prólogo de Ramiro de Maeztu[13] que, para além de evocar a obra do autor de Glossário dos Tempos, realça «La publicación en libro castellano de La Alianza Peninsular va a servir para que empiece a erguirse, entre los pueblos de nuestra habla, una figura que antes de mucho tiempo se alzara en el horizonte del espíritu como uno de los grandes profetas de la Hispanidad.».[14]Este membro da Geração de 98 espanhola, é igualmente evocado no artigo de 1922, «Portugal, Tierra Gensor!», incluído na colectânea À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, no qual António Sardinha, exprime a sua admiração e anuência pela obra La crisis del Humanismo (1919), na qual descortina a ineficácia do individualismo[15] e tece algumas considerações sobre uma conferência que Ramiro de Maeztu proferiu sobre Portugal e o Lirismo no sentido de uma complementaridade dual, para sempre existente com Castela, pertencendo-lhe a ela o «espírito dramático».[16] 

Do lirismo português vê, o articulista de Monforte, despontar o Sebastianismo, de Castela o Quixotismo, «nascido do alto sentido patético da existência, que é o segredo em Castela das suas catedrais, dos seus pintores e dos seus heróis.».[17] «Sebastianismo e Quixotismo» é também o título de um artigo que compõe A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, que António Sardinha pensava num futuro alterar quanto à forma, «na expressão aliterada, tresandando a "saudosismo" e a Teixeira de Pascoaes.»,[18] no qual reforça a ideia do espírito lírico português, fruto do meio, do localismo, do bucolismo, que concebe como uma característica inata, gerador de «O Desejado» e da saudade, enquanto que Castela, é a epopeia, canta os seus heróis, não que não tenha lirismo na sua índole mas a épica, a gesta de cavalaria, os seus valores, que a figura tocante de «D. Quijote» representa suplanta, ali, o carácter amorável da lírica.[19] 

Seja como for e, embora António Sardinha insista, uma vez mais, são dois aspectos que individualizam mas que não separam, antes se completam.[20] É interessante pela coincidência de pontos de vista que Ramiro de Maeztu exprime quando esteve cerca de um mês em Portugal, entre o final de 1921 e o limiar do ano seguinte, espaço de tempo que aproveitou para ler Os Lusíadas e Antero de Quental e que em Janeiro de 1922 em carta que escreve a António Sardinha refere: «Cada vez estoy más persuadido de que es cierta mi adivinación de que la integridad del alma, para un peninsular, consiste en completar la tradición cultural de Castilla con la de Portugal, sin olvidar los elementos esenciales que aportamos al espíritu otros peninsulares que, como los vascongados, no habiamos influído hasta ahora esencialmente en la cultura, salvo en el caso accidental, de Loyola. Que en lo politico vaya cada uno de nuestros países por donde quiera, pero en el espiritual hay una unidad que es salvadora para todos. Nosotros nos morimos sin el lirismo portugués y ustedes se deshacen sin nuestro realismo.».[21] 

A segunda edição espanhola vem a lume em 1939, publicada pela «Acción Española», abrindo com prólogo do Marquês de Quintanar que percorrendo o trabalho de António Sardinha, a História de Espanha e de Portugal, no seu momento presente, expõe que «Las razones de la "alianza peninsular," los motivos todos pueden surgir de este gran tema central, están agotados en la presente obra capital de António Sardinha. Para su cultura de historiador, para su inspiración de poeta, para su fragante patriotismo y su tierno amor a España, no puede haber secreto sin descubrir, ni hecho cuyas consecuencias deje sin explorar con la máxima eficacia. Así, la Historia, la Gran Historia de nuestra Península, que es como decir el índice de la Cultura de Occidente, recibe la consagración cordial e intelectual del primer portugués de la época moderna.».[22] La Alianza Peninsular - Antecedentes e Posibilidades não foi a única obra de António Sardinha publicada em Espanha. Mesmo antes da sua primeira edição no País vizinho, são traduzidos pelo jurista, escritor e político valenciano, Juan Beneyto Pérez, dois ensaios: «O génio peninsular» e «1640», ambos de 1922, publicados inicialmente nas páginas de Nação Portuguesa e posteriormente incluídos na colectânea, À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares.[23] 

Sob o título La Cuestión Peninsular, aqueles dois ensaios conhecem em Espanha, duas edições: A primeira, em 1927, pensamos que editada pelo próprio Juan Beneyto também autor do prólogo, a quem a Viúva do autor exprimiu o seu agradecimento e as suas preocupações a nível nacional[24] e, uma segunda edição, por Cerón y Librería Cervantes, em 1940, com prólogo do Marquês de Lozoya[25] que louva a obra de António Sardinha sobretudo nessa visão de unidade cultural entre Portugal e Espanha que, na sua opinião, «constituye el fondo de su obra poética y politica que fué, ciertamente, mejor comprendida en Portugal que en España.».[26] A Juan de Contreras y López de Ayala dedica António Sardinha um artigo a propósito da publicação de Poemas Castellanos (1920), no qual recorda, também, Sonetos Espirituales (1918) e se, a propósito dos primeiros, exprime a evocação da história na emoção do poeta da sua Segóvia admirada,[27] nos quais divisa uma «nobre intenção castelhanista»[28] e uma «lusitaníssima saudade»,[29] que lhe despertam um nostálgico paralelismo entre a aridez do campo castelhano e a melancólica planura dos campos despidos do seu Alentejo natal,[30] em Sonetos Espirituales, o poeta de Monforte vislumbra «uma alma aberta às supremas inquietações do Divino»[31]sentindo-se devedor, pelo tom imbuído de saudade que descortina nos poemas do Marquês de Lozoya, pela emoção que lhe despertam, como um bálsamo para a sua sensibilidade, na solidão do exílio.[32]
 
Em Junho de 1925, falecido já António Sardinha, presta-lhe tributo Juan de Contreras nas páginas da Nação Portuguesa relembrando os tempos em que se conheceram na sua cidade de Segóvia, elucidando-nos sobre alguns traços do carácter do pensador alentejano que pretendia descobrir Castela, que se revelou fiel e grato a esta amizade dos seus tempos de expatriado, que se prolongou por correspondência e intercâmbio de obras, sobretudo poéticas, evocadora da sua perseverança em prosseguir essa missão em prol do hispanismo que, ao que parece, Lozoya não correspondeu com a diligência necessária pelo que António Sardinha não se revelou indiferente na dedicatória inscrita no volume A Aliança Peninsular - Antecedentes e Possibilidades que lhe ofereceu: «Ao querido Marquês de Lozoya; estas páginas dum hispanista que não encontra eco em Espanha.»[33]o que, talvez não se tivesse verificado pois, através da sua leitura, Juan de Contreras confessa-nos que fez daquele ideal um propósito de vida, que tanto seduzia o ensaísta de Monforte.[34] Vê Lozoya, no autor de À Sombra dos Pórticos, mais um historiador que um poeta, um historiador que se apresentava aos olhos do crítico de arte e literato espanhol, pelas páginas da Nação Portuguesa, pela sua colectânea de ensaios, Ao Princípio era o Verbo, como que um rectificador da História, que encarava como uma arte, que a reescreve deixando transparecer o seu espírito lírico mas ao mesmo tempo combativo e ardente enquanto, na poesia revela, em sua opinião, um desalento e enfado próprios de um esforço despendido que não corresponde ao realizado nos seus versos denunciadores de um franciscanismo que se manifesta pelo seu amor às coisas simples nas quais vê revelar-se o Criador.[35] Com Na Corte da Saudade - Sonetos de Toledo, entrevê Juan de Contreras, que os seus poemas «dieron a Toledo, y aun a toda a Castilla, tan fuerte y segura de si misma, un nuevo valor: el de la dulce añoranza de glorias pasadas y amores muertos»[36] que a irmanam a Portugal.

Elucidativa deste esforço em prol da «Amizade Peninsular»,[37] da campanha integralista do projecto «Aliança Peninsular», foi a reunião que o Marquês de Quintanar promoveu e ofereceu a alguns exilados portugueses, no Hotel Ritz em Madrid, que reuniu alguns nomes de destaque do meio literário madrileno, que ficou registada numa fotografia publicada no jornal La Tribuna[38] e que A Monarquia reproduzirá a 3 de Agosto de 1920 (nesta edição, a fotografia de grupo, na entrada):

O volume A Aliança Peninsular - Antecedentes e Possibilidades é dedicado «À memória daqueles soldados espanhóis que, regando com seu sangue anónimo as penhas de Marrocos, souberam dar vida num século sem esperança a toda a grandeza histórica da Península.».[40] De facto, a guerra do Rif, para António Sardinha é uma questão preocupante ao encará-la como uma guerra de civilização, de definição de fronteiras pelo espaço de uma hegemonia hispanista, como que uma Cruzada não apenas considerada no seu aspecto religioso mas também contra uma mentalidade e organização protagonizada pela França, cujo receio seria a asfixia da Península entre a França europeia e as suas possessões no Norte de África.[41]
 
Tem esta obra em prol do hispanismo como núcleo embrionário a conferência que o seu autor proferiu, em 1921 na Unión Ibero-Americana como já fizemos referência.[42] Nela, António Sardinha busca aquilo que nos proporcionou uma união com o País vizinho, aquilo que nos une desde a História, a Arte e as Letras, onde a questão do bilinguismo-literário tem como referente D. Carolina Michaëlis de Vasconcelos, apesar de uma marcante individualidade que reconhece a cada País peninsular que não separa mas complementa.[43]Enaltecendo o que considera a política de cooperação da dinastia de Avis, que se baseava sobretudo nas alianças matrimoniais, presta homenagem às personalidades femininas da História de Portugal que foram protagonistas desta forma de coligação e que facilitaram de alguma maneira, com a sua presença ou com a sua influência, a relação entre as duas Nações, bem como àquelas, do Reino vizinho, que o ensaísta considerou mais marcantes e que talvez, nos surjam mais diluídas na terceira edição da obra do que na primeira e segunda edições uma vez que figuram nas ilustrações que as compõem.[44]
 
Reconhecendo que quando veio para o exílio «trazia contra Espanha todos os preconceitos da minha inteligência e da minha sensibilidade»[45] seria pelo estudo da história e sobretudo pelo contacto directo com o País vizinho que, António Sardinha, revê algumas das noções enunciadas nas conferências da Liga Naval a partir do pressuposto do que descortina enquanto uniformidade de origem e de objectivos.[46] 

Será a «Hispânia»[47] dos textos clássicos que inspirará o enunciar de dois conceitos aparentemente antagónicos - união e dualidade - das duas Nações peninsulares.[48] A ideia de Raça será agora encarada não no seu sentido étnico mas no seu significado espiritual, de um mesmo património cultural, civilizacional[49] que extravasou fronteiras que «criou nacionalidades»,[50] que difundindo o Cristianismo, na sua função histórica e social, dilatou o Império, aqui encarado como um Império espiritual, do qual o génio peninsular, que exibe como principal determinante a vocação apostólica, é origem,[51] que simultaneamente, confere ao nacionalismo português uma dimensão universal no que define como uma propensão missionária ingénita de Portugal[52] na sua «vocação marítima»[53]atribuindo a Castela[54] uma «vocação terrestre»[55] numa alusão ao domínio do Mediterrâneo e da Europa Central,[56] que, um dia, se expandiu com a descoberta do Continente americano que subsequentemente entre as duas Nações, nessa criação do mare nostrum atlântico, lhes concedeu essa dimensão de «pan-Hispanismo»[57] que, no seu momento presente e no seu entender, era necessário restaurar como salvação da civilização ocidental mediante o princípio cristão, seu componente determinante e implícito.[58] 

Como justificação e concretização deste ideal, António Sardinha, chama a atenção para a diferença entre unitarismo, sinónimo de união política e, unidade, esta de ordem espiritual, cultural, sentimental que, apoiada na diversidade confere riqueza à Península,[59] atendendo que e, ao longo da História, existiu um perigo de absorção mútua,[60] urgindo a aproximação e o entendimento entre os dois Países com base numa plataforma comum apoiada numa abertura de espírito que clarifique o que une e o que divide na convicção de uma dualidade que se completa.[61] 

Se a aproximação com o Brasil é apresentada como condição para o futuro de Portugal que deverá organizar-se e fortalecer-se, a aliança com a Espanha tornar-se-á, assim, mais estreita numa identificação de um passado comum além fronteiras e, do qual a Festa da Raça é expressão, não podendo, por isso, Portugal ficar excluído dessa manifestação do internacionalismo hispânico.[62] 

Dando-nos como exemplo o tradicionalista Vásquez de Mella, que apontava para a necessidade de uma aliança entre os dois Países, benéfica para Espanha por necessidade de política externa e para Portugal como forma de recuperação da sua influência no mundo enquanto Nação atlântica[63] sendo, por isso, o caminho preconizado, o Continente americano, deveriam ser lançadas as bases para a constituição de uma «sociedade das nações hispânicas»[64] sob a qual, Portugal, como Nação independente e, restaurado pela Monarquia e pelo Catolicismo, em harmonia com a monárquica e católica Espanha, pudesse constituir uma Península para os autóctones longe da ingerência estrangeira formando como que um bloco invencível, um baluarte que poderia prevenir a queda do Ocidente.[65] 

Recomenda-nos, então Sardinha que olhemos para Camões enquanto «definidor da consciência hispânica»[66] que em Os Lusíadas, no Canto I, (est. 31) e no Canto III, (ests.17 e 18)[67] condensa o «verdadeiro pensamento do hispanismo».[68] Tornava-se ainda necessário, desmistificar «a lenda negra» de Espanha, de sujeição e reclusão,[69] «Bipartida no aspecto trágico e no aspecto burlesco, essa "lenda negra" que à Espanha picaresca das pandeiretas e dos toureiros alia a Espanha sinistra dos Autos-de-Fé e dos Filipes.»,[70] que considera uma infâmia do século XVIII e, principalmente, de origem francesa,[71] reabilitar a figura de Filipe II, em particular e em termos gerais o domínio filipino enquanto Monarquia dual através de uma sucessão legítima[72] que todavia, facilmente se desfez quando irromperam aspirações centralizadoras e as consequentes limitações e extinção de direitos e garantias,[73] ter em conta a restauração da «alma portuguesa»[74] que ocorre num severo século XVII que é necessário regenerar no qual o mito sebástico ganha alento e se manifesta como expressão do espírito português num século austero mas que, na opinião de António Sardinha, produziu alguns dos percursores das doutrinas nacionalistas.[75]
 
Recordando que o Integralismo Lusitano pretende um retorno ao «Hispanismo» que se viveu no século XV, nessa partilha do mundo, o ensaísta chama a atenção para os laços especiais que unem Portugal aos Extremeños na enorme empresa marítima,[76] para a união das duas Nações nas Guerras Peninsulares,[77] para a importância do regresso à Filosofia do Ser, muito particularmente à distinção que S. Tomás de Aquino opera entre «pessoa» e «indivíduo», determinadora de uma maneira de levar avante uma forma de hegemonia no mundo,[78] a «Ordem-Nova» - o apego «à supremacia criadora do Espírito»[79] - que ao «Hispano» confere um super-nacionalismo, que no seu momento presente, considerava necessário retomar reabilitando e evocando um passado colonizador onde a vocação apostólica tem a primazia, não ignorando o paralelismo de uma barbárie fruto da condição humana, atribuindo a decadência que vislumbrava no seu tempo à ruptura com o ideal cristão.[80] Assim, pondo de lado erros e ressentimentos, António Sardinha propõe um abraço de reconciliação no qual «O Encoberto, corporizado no milagre sempre vivo de Restauração, é o Encoberto do Quinto-Império pacífico de Espanha e Portugal, fundadores de nacionalidades, pioneiros da única civilização possível.».[81]

​Dos anos passados no exílio recolhera António Sardinha novas perspectivas, o seu forte sentido religioso robusteceu-se a sua sensibilidade agudizou-se e, se o ideal integralista se centrou na reformulação plena de Portugal agora adquiriu de uma forma mais profunda uma feição que lhe podemos chamar universal determinadora de um modelo de civilização. Foi um ideal que perseguiu até ao fim dos seus dias no retiro da Quinta do Bispo, em Elvas.
 
 
Bibliografia
 
BLEIBERG, German, Diccionário de Historia de España, Madrid, Alianza Editorial, 1979.
CAMÕES, Luís de, Os Lusíadas, Lisboa, Círculo de Leitores, 1980.
DESVIGNES, Ana Isabel de Sousa Sardinha, António Sardinha (1887-1925): Um intelectual no século, Lisboa, Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, 2006.
LÓPEZ, José Garcia, Historia de la Literatura Española, Barcelona, Vicens Vives, 1997 (20ª. edição).
QUINTAS, José Manuel Alves, Filhos de Ramires. As origens do Integralismo Lusitano, Lisboa, Nova Ática, 2004.
SARAIVA, Mário, Às Portas da Cidade, Lisboa, Edição do Autor, 1976.
SARDINHA, António Maria de Sousa, Durante a Fogueira - Páginas da Guerra, Lisboa, Livraria Universal, 1927.
Idem, La Cuestión Peninsular, Cádiz, Cerón y Librería Cervantes, 1940, (2ª edición). Idem, Glossário dos Tempos, Lisboa, Edições Gama, 1942.
Idem, À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, Lisboa, Edições Gama, 1943.
Idem, A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, Lisboa, Edição de Ana Júlia Nunes da Silva Sardinha, 1972 (3ª edição).
 
Revistas e periódicos
 
A Cidade, Revista Cultural de Portalegre, nº 2-Especial (Nova Série), Julho/Dezembro 1988.
Academia (Publicaciones Periódicas): Boletín de la Real Academia de Bellas Artes de San Fernando, nº 77 (2º semestre), 1993.
Acción Española, Madrid, nº 10, 1.5.1932, Tomo II.
Nação Portuguesa - Revista de cultura nacionalista, nº 7-8 (3ª série), 1925.
Nação Portuguesa - Revista de cultura nacionalista, nº 3, Setembro, 1928, Tomo I (série V).

 
 

[1]*     Professora da Universidad de Extremadura (Espanha). Mestre em Filologia Portuguesa e doutoranda da mesma Universidade.
1  «Carta de António Sardinha para Ana Júlia Nunes da Silva, s/d, com carimbo de chegada a Elvas a 14.4.1921», citada por Ana Isabel Simões de Sousa Sardinha Desvignes, António Sardinha (1887-1925): Um intelectual no século, Lisboa, Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, 2006, pp. 244, 245 na p. 245.
[2]  A propósito da «Aliança-peninsular», veja-se também Joaquim Veríssimo Serrão, «O poeta António Sardinha na "Corte da Saudade"», in A Cidade, Revista Cultural de Portalegre, nº 2-Especial (Nova Série), Julho/Dezembro 1988, pp. 123-140 nas pp. 127, 128, 135-138; Ana Isabel Simões de Sousa Sardinha Desvignes, António Sardinha (1887-1925): Um intelectual no século, cit., pp. 238-243.
[3]  António Sardinha, «O nosso futuro», in Durante a Fogueira - Páginas da Guerra, Lisboa, Livraria Universal, 1927, pp. 119-130 na p. 128 citado por Ana Isabel Simões de Sousa Sardinha Desvignes, António Sardinha (1887-1925): Um intelectual no século, cit., p. 238.
[4]  António Sardinha, «Assentando posições (conversa preliminar)», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, Lisboa, Edição de Ana Júlia Nunes da Silva Sardinha, 1972 (3ª edição), pp. LXIX-CXXVI na p. CVIII.
[5]  Nas referências a efectuar, utilizaremos a terceira edição.
[6]  Gabriel Maura Gámazo (1879-1963) foi político e historiador espanhol, membro do partido Liberal-Conservador, deputado nas Cortes por Calatayud, representou o seu País na Conferência de Paz em Haya em 1907 e na Conferência Naval de Londres em 1908 sendo senador vitalício em 1919. Durante a Ditadura de Primo de Rivera exerceu a oposição quando compreendeu que a Assembleia Nacional não se converteria em Cortes. Foi ainda Ministro do Trabalho no último Gabinete de Afonso XIII. No início da Guerra Civil exilou-se de Espanha regressando apenas em 1953. Foi membro da Real Academia de la Historia e da Real Academia Española. Cfr. Germán Bleiberg, «Gamazo, Gabriel Maura», in Diccionario de Historia de España, Madrid, Alianza Editorial, 1979, vol. II, p. 968.
[7]  António Sardinha, «A minha adesão à República», in Glossário dos Tempos, Lisboa, Edições Gama, 1942, pp. 251-286 na p. 256.
[8]  Gabriel Maura Gamazo, «Prólogo, Junio, 1924», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e Possibilidades, cit. pp. XVII-XXV nas pp. XXIV-XXV.
[9]  Mário António Caldas de Mello Saraiva (1910-1998), médico, que para além de ter exercido a sua profissão dedicou-se à escrita sobretudo em matéria de filosofia política colaborando em vários jornais e revistas. Acompanhou as organizações monárquicas desde os seus tempos escolares exercendo nelas vários cargos directivos, tendo sido presidente da Junta Distrital de Lisboa da Causa Monárquica e membro da sua Comissão Doutrinária. Foi fundador do movimento Renovação Portuguesa e da Biblioteca do Pensamento Político. Da sua obra destacamos: Claro Dilema (1944); Os Pilares da Democracia (1949); Coordenadas do Poder Real (1961); Razões Reais (1970); A Verdade e a Mentira (1971); Homens e Mulheres (1975) e Às Portas da Cidade (1976); Outra Democracia (1983); Impressões e Memória (1998). Cfr. Mário Saraiva, Às Portas da Cidade, Lisboa, Edição do Autor, 1976, s/p; José Manuel Alves Quintas, Filhos de Ramires. As origens do Integralismo Lusitano, Lisboa, Nova Ática, 2004, pp. 12, 15-17.
[10]  Fernando Gallego de Chaves Calleja (1889-1974), Marquês de Quintanar e Conde de Santibañez del Rio Cfr.«Homenaje a nuestro Director», Acción Española, Madrid, nº 10, 1.5.1932, Tomo II, pp. 410-423; Ramiro de Maeztu, «Prologo de la primera edición española, 1930)», in António Sardinha, A Aliança Peninsular - Antecedentes e Possibilidades, cit. pp. LX-LXVII na p. LXVI; António Sardinha, La Alianza Peninsular - Antecedentes y Posibilidades, (Traducción de Marqués de Quintanar), Madrid, Junta de Propaganda Patriótica y Ciudadana, 1930 (1ª edición).
[11]  «Homenaje a nuestro Director», Acción Española, Madrid, nº 10, 1.5.1932, tomo II, pp. 410-423 na p. 420.
[12]  Ibidem.
[13]  Ramiro de Maeztu Whitney (1874-1936), membro da chamada Geração de 98 tal como Miguel de Unamuno, Pío Baroja, Antonio Machado ou José Martinez Ruiz, «Azorín», presenciou em Cuba a derrota da esquadra espanhola com a qual e com o desastre militar de Cavite, Espanha perdeu as suas últimas colónias ultramarinas. Ao regressar a Espanha, Ramiro de Maeztu alia-se ao grupo de escritores que pugnavam pela regeneração de Espanha e trava amizade com «Azorín» e Baroja. Nesta época, o autor de La crisis del humanismo (1919), mostra-se partidário da europeização de Espanha. Entretanto, parte para Londres onde é correspondente de vários jornais espanhóis começando aqui uma mudança de orientação no seu pensamento. Durante a Ditadura, é nomeado Embaixador na Argentina e ao regressar, a grandeza de Espanha não se firmava já na sua europeização mas antes na fidelidade às suas tradições. Preside à Acción Española e torna-se membro da Real Academia de Ciencias Morales. Em Outubro de 1936 é morto pelos revolucionários. Cfr. José García López, Historia de la Literatura Española, Barcelona, Vicens Vives, 1997, (20ª edição) p. 622.
[14]  Ramiro de Maeztu, «Prologo de la primera edición española, 1930)», in António Sardinha, A Aliança Peninsular - Antecedentes e Possibilidades, cit. pp. LX-LXVII na p. LXII.
[15]  António Sardinha, «Portugal, Tierra Gensor!, 1922», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, Lisboa, Edições Gama, 1943, pp. 113-128 nas pp. 115, 116.
[16]  Ibidem, p. 117.
[17]  Ibidem.
[18]  António Sardinha, «Assentando posições (conversa preliminar)», in A Aliança Peninsular –Antecedentes e possibilidades, cit., pp. LXIX-CXXVI na p. CIX.
[19]  Idem, «Sebastianismo e Quixotismo», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 87-111 nas pp. 90-93.
[20]  Ibidem, p. 110.
[21]  «Carta de Ramiro de Maeztu para António Sardinha, Monte Estoril, 22.1.1922», Biblioteca Universitária João Paulo II, Universidade Católica Portuguesa, Lisboa.
[22]  Marquês de Quintanar, «Prologo de la segunda edición española, 1939», in António Sardinha, A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. XXVII-LVI na p. XXXIV.
[23]  António Sardinha, «O génio peninsular», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 141-170; Idem, «1640, 1920», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 247-289.
[24]  Juan Beneyto Pérez, «Introducción», in António Sardinha, La Cuestión Peninsular, Cádiz, Cerón y Librería Cervantes, 1940, (2ª edición), pp. 9-11 na p. 9.
[25]  Juan de Contreras y López de Ayala (Segovia, 1893-1978), Marqués de Lozoya, historiador, crítico de arte e literato, foi professor de História de Arte nas Universidades de Valencia, Madrid e Navarra. Ao longo da sua vida desempenhou vários cargos relevantes no mundo da arte. Cfr. José Luís Morales y Marín, Juan Domínguez Sanchez y Fuencisla Rueda Rodríguez, «Centenário del Excmo. Sr. Marqués de Lozoya», in Academia (Publicaciones Periódicas): Boletín de la Real Academia de Bellas Artes de San Fernando, nº 77 (2º semestre), 1993, pp. 9-34 nas pp. 27-34.
[26]  Marqués de Lozoya, «Prologo», in António Sardinha, La Cuestión Peninsular, cit., pp. 5-8 na p. 7.
[27]  António Sardinha, «Poemas Castellanos», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 55-71 na p. 60.
[28]  Ibidem, p. 58.
[29]  Ibidem, p. 60.
[30]  Ibidem.
[31]  Ibidem, p. 63.
[32]  Ibidem, p. 70.
[33]  Marquês de Lozoya, «À memória de António Sardinha - Notas sobre a obra de António Sardinha, 1925», in Nação Portuguesa - Revista de cultura nacionalista, nº 3, Setembro, 1928, Tomo I (série V), pp. 181-188 na p. 183.
[34]  Ibidem, p. 184.
[35]  Ibidem, pp. 185-187.
[36]  Ibidem, p. 187.
[37]  Idem, «Apêndice - Amizade Peninsular, 1920», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 283-289.
[38]  Ibidem, p. 286.
[39]  Cfr. António Ventura e Raul Ladeira, «Para uma Fotobiografia de António Sardinha», in A Cidade, Revista Cultural de Portalegre, nº 2-Especial (Nova Série), Julho/Dezembro 1988, fotografia nº 52; Ana Isabel Simões de Sousa Sardinha Desvignes, António Sardinha (1887-1925): Um intelectual no século, cit., fotografia nº 29.
[40]  António Sardinha, «Dedicatória», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., s/p.
[41]  Cfr. António Sardinha, «Madre-Hispânia», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 179-245 nas pp. 234-238; Idem, «Errata necessária», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 167-185 na p. 185; Idem, «Se ainda é tempo!», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 297-320 nas pp. 301, 302, 306, 313, 320.
[42]  António Sardinha, «Assentando posições (conversa preliminar)», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. LXIX-CXXVI na p. CVIII.
[43]  Idem, «A Unidade Hispânica», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 1-28 nas pp. 4-6
[44]  Nas ilustrações que integram a primeira e a segunda edições da obra figuram: D. Joana de Áustria, Mãe de D. Sebastião, D. Mariana Vitória de Bourbon, Mulher de D. José; D. Carlota Joaquina de Bourbon, Mulher de D. João VI Cfr. António Sardinha, «Assentando posições (conversa preliminar)», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. LXIX-CXXVI na p. CXXIV; Idem, «A Unidade Hispânica», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 1-28 na p. 7.
[45]  António Sardinha, «A descoberta de Espanha, 1919», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 1-13 na p. 3.
[46]  Ibidem, pp. 3, 9.
[47]  É para o autor, a «Madre-Hispânia», que para além do seu conceito, é ainda o título de um ensaio inacabado, por morte do ensaísta, que constitui a redacção do discurso que proferiu em Badajoz, em 1924, no dia 12 de Outubro, dia da Fiesta de la Raza, a partir de 1958 Día de la Hispanidad e hoje, desde 1987, Día Nacional de España. Nesta comemoração, estiveram presentes Eugénio de Castro e alguns dos seus familiares nomeadamente a sua filha, Mafalda, que foi rainha dos Jogos Florais, que integraram a celebração, e, contaram com a colaboração de escritores portugueses dos quais, António Sardinha foi «mantenedor» pela parte de Portugal. Cfr. «Nota dos editores», in António Sardinha, «Madre-Hispânia», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 179-245 na p. 245; «Cartas nº 26 a 30 de Eugénio de Castro para António Sardinha»,Arquivo da Universidade de Coimbra; «Das Ideias, das almas & dos factos - A Festa da Raça», in Nação Portuguesa - Revista de cultura nacionalista, nº 7-8 (3ª série), 1925, pp. CXLVI-CLII na p. CL.
[48]  Cfr. António Sardinha, «A descoberta de Espanha, 1919», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 1-13 nas pp. 12, 13; Idem, «O Pan-Hispanismo, 1922», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 171-178 nas pp. 174, 175; Idem, «Madre-Hispânia», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 179-245 nas pp. 188, 189; Idem, «Assentando posições (conversa preliminar)», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. LXIX-CXXVI na p. LXXIII; Idem, «A Unidade-Hispânica», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 1-28 na p. 23; Idem, «Genealogia duma Idéa», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 49-64 na p. 51; Idem, «Sebastianismo e Quixotismo», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 87-111 na p. 110.
[49]  Cfr. António Sardinha, «Prólogo, 1920», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. XIII-XVIII nas pp. XIII, XIV; Idem, «Portugueses e Espanhóis, 1920», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 103-111 na p. 103; Idem, «O génio peninsular», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 141- 170 na p. 143; Idem, «Madre-Hispânia», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 179-245 na p. 187.
[50]  Cfr. António Sardinha, «A descoberta de Espanha, 1919», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 1-13 na p. 9; Idem, «A Festa da Raça, 1921», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 73-80 na p. 76; Idem, «Hispanismo e Latinidade, 1922», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 89-102 na p. 97; Idem, «Portugal Restaurado, 1919», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 129-140 na p. 132; Idem, «O génio peninsular», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 141-170 na p. 150; Idem, «Madre-Hispânia», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 179-245 na p. 225; Idem, «Assentando posições (conversa preliminar)», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. LXIX-CXXVI nas pp. LXXXII, C; Idem, «A Unidade-Hispânica», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 1-28 na p. 4; Idem, «A "lenda negra"», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 187-208 nas pp. 202, 204; idem, «O que nos divide», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 209-235 nas pp. 211, 232; Idem, «Cabeça de Europa», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 237-267 na p. 256.
[51]  Cfr. António Sardinha, «A descoberta de Espanha, 1919», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 1-13 na p. 13; Idem, «Portugal Restaurado, 1919», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 129-140 na p. 132; Idem, «O génio peninsular», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 141- 170 nas pp. 150, 169; Idem, «Assentando posições (conversa preliminar)», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possililidades, cit., pp. LXIX-CXXVI nas pp. LXXIV, LXXV; Idem, «A "lenda negra"», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 187-208 nas pp. 203, 204; Idem, «Mare nostrum», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 321-352 na p. 330.
[52]  Cfr. António Sardinha, «A descoberta de Espanha, 1919», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 1-13 na p. 12; Idem, «Assentando posições (conversa preliminar)», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. LXIX-CXXVI nas pp. LXX, LXXV, XCIX, C, CIV-CVI, CXIX, CXXII.
[53]  António Sardinha, «O génio peninsular», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 141-170 na p. 154.
[54]  António Sardinha, por vezes, relativamente ao facto histórico prefere utilizar o apelativo «castelhano» a «espanhol» pois considera este como «uma criação política recente, não excedendo talvez no conceito geral dos Estados europeus mais que duzentos e tantos anos.», bem como lhe atribui um conceito nacionalista quando contraposto a «hispânico», de Hispânia, conotado com o espaço geográfico. Cfr. Idem, «O génio peninsular», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 141- 170 na p. 144; Idem, «Madre-Hispânia», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 179-245 na p. 193; Idem, «A "lenda negra"», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 187-208 na p. 196; Idem, «Mare nostrum», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 321-352 na p. 325.
[55]  António Sardinha, «O génio peninsular», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 141- 170 na p. 154.
[56]  António Sardinha, «Madre-Hispânia», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 179-245 na p. 191.
[57]  Cfr. Idem, «Hispanismo e Latinidade, 1922», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 89-102 na p. 101; Idem, «Madre-Hispânia», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 179-245 na p. 193; Idem, «O Pan-Hispanismo, 1922», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 171-178 nas pp. 176, 177; Idem, «Assentando posições (conversa preliminar)», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. LXIX-CXXVI nas pp. CVII, CXXI, CXXII; Idem, «A "lenda negra"», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 187-208 na p. 204; Idem, «O que nos divide», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 209-235 nas pp. 211, 232, 233; Idem, «Cabeça de Europa», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 237-267 na p. 254; Idem, «Mare nostrum», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 321-352 na p. 350.
[58]  Cfr. António Sardinha, «Madre-Hispânia», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 179-245 na p. 225; Idem, «Assentando posições (conversa preliminar)», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. LXIX-CXXVI nas pp. LXXI, XCIV, CXIX, CXXVI; Idem, «Mare nostrum», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 321-352 na p. 330.
[59]  Cfr. António Sardinha, «Madre-Hispânia», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 179-245 nas pp. 188, 189, 192, 193; Idem, «Assentando posições (conversa preliminar)», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. LXIX-CXXVI nas pp. LXXIV, C, CVIII, CXXIII, CXXV; Idem, «Cabeça de Europa», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 237-267 na p. 267; Idem, «Genealogia duma Idéa», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 49-64 nas pp. 51, 52, 63, 64.
[60]  Cfr. António Sardinha, «A descoberta de Espanha, 1919», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 1-13 na p. 7; Idem, «1640, 1920», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 247-289 na p. 266; Idem, «Assentando posições (conversa preliminar)», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. LXIX-CXXVI nas pp. LXXIII, LXXVI, CXIII, CXXI; Idem, «Genealogia duma Idéa», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 49-64 na p. 57; Idem, «O lenço da Verónica», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 113-128 nas pp. 127, 128; Idem, «O que nos divide», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 209-235 nas pp. 230, 231.
[61]  Cfr. António Sardinha, «A Festa da Raça, 1921», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 73-80 na p. 76; Idem, «Madre-Hispânia», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 179-245 na p. 226; Idem, «Assentando posições (conversa preliminar)», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. LXIX-CXXVI nas pp. LXXXV, LXXXVI, C, CVII, CVIII, CXII, CXVIII, CXXII, CXXIII; Idem, «A Unidade-Hispânica», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 1-28 nas pp. 20, 23; Idem, «A "lenda negra"», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 187-208 nas pp. 207, 208; Idem, «O que nos divide», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 209-235 na p. 235; Idem, «Cabeça de Europa», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 237-267 na p. 254.
[62]  Cfr. António Sardinha, «A descoberta de Espanha, 1919», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 1-13 na p. 11; Idem, «A Festa da Raça, 1921», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 73-80 nas pp. 75, 77; Idem, «O génio peninsular», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 141- 170 na p. 143; Idem, «O Pan-Hispanismo, 1922», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 171-178 na p. 178; Idem, «Assentando posições (conversa preliminar)», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. LXIX-CXXVI nas pp. LXXXV, LXXXVI, CVII.
[63]  António Sardinha, «Portugueses e Espanhóis, 1920», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 103-111 na p. 106.
[64]  Cfr. António Sardinha, «Portugueses e Espanhóis, 1920», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 103-111 na p. 107; Idem, «Assentando posições (conversa preliminar)», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. LXIX-CXXVI na p. XCIV.
[65]  Cfr. António Sardinha, «Portugal Restaurado, 1919», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 129-140 nas pp. 137, 139; Idem, «Madre-Hispânia», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 179-245 na p. 242; Idem, «Assentando posições (conversa preliminar)», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. LXIX-CXXVI nas pp. CVI, CVII, CXII, CXIV-CXVIII.
[66]  Cfr. António Sardinha, «Portugal, Tierra Gensor!, 1922», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 113-128 nas pp. 121, 127; Idem, «Assentando posições (conversa preliminar)», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. LXIX-CXXVI nas pp. LXXI, LXXV, LXXXII, LXXXIII, XCVI, CXXV.
[67]  No Canto I, (est.31) e no Canto III na (ests. 17 e 18) Camões, ao referir «Espanha» atribui-lhe o sentido clássico que engloba toda a Península Ibérica e, é nesta acepção que António Sardinha o menciona e cita. Canto I (est. 31), «Ouvido tinha aos fados que viria / ~Ua gente fortíssima de Espanha / pelo mar alto, a qual sujeitaria / da Índia tudo quanto Dóris banha, / E com novas vitórias venceria / A fama antiga, ou sua ou fosse estranha. / Altamente lhe dói perder a glória, / de que Nisa celebra inda a memória.//». Canto III (est. 17), «Eis aqui se descobre a nobre Espanha, / Como cabeça ali de Europa toda, / Em cujo senhorio e glória estranha / Muitas voltas tem dado a fatal roda; / Mas nunca poderá com força ou manha / A fortuna inquieta pôr-lhe noda, / Que lha não tire o esforço e ousadia / De belicosos peitos que em si cria.//». (est. 18), «Com Tingintânia entesta, e ali parece / Que quer fechar o mar Mediterrâneo, / Onde o sabido estreito se enobrece / C'o extremo trabalho do Tebano. / Com nações diferentes se engrandece, / Cercadas com as ondas do Oceano, / Todas de tal nobreza e tal valor, / Que qualquer delas cuida que é melhor.//» Cfr. Luís de Camões, Os Lusíadas, Lisboa, Círculo de Leitores, 1980, pp. 39, 107; António Sardinha, «A Festa da Raça, 1921», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 73-80 na p. 79; Idem, «Portugal, Tierra Gensor!, 1922», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 113-128 nas pp. 121, 127; Idem, «O génio peninsular», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 141-170 nas pp. 144, 145.
[68]  António Sardinha, «Portugal, Tierra Gensor!, 1922», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 113-128 na p. 127; Idem, «A Unidade-Hispânica», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 1-28 na p. 4; Idem, «A "lenda negra"», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 187-208 nas pp. 196-198; Idem, «O que nos divide», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 209-235 na p. 232, 235.
[69]  Cfr. Idem, «A Festa da Raça, 1921», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 73-80 na p. 78; Idem, «Portugueses e Espanhóis, 1920», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 103-111 na p. 107; Idem, «Assentando posições (conversa preliminar)», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. LXIX-CXXVI nas pp. LXXIX; Idem, «Quinas de Portugal», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 149-166 na p. 154; Idem, «A "lenda negra"», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 187-208 nas pp. 192, 207, 208; Idem, «O que nos divide», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 209-235 nas pp. 211-216.
[70]  António Sardinha, «A "lenda negra"», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 187-208 na p. 192.
[71]  Cfr. Idem, «O génio peninsular», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 141- 170 nas pp. 150, 151; «A "lenda negra"», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 187-208 na p. 192.
[72]  Cfr. António Sardinha, «Portugueses e Espanhóis, 1920», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 103-111 nas pp. 109, 110; Idem, «Portugal, Tierra Gensor!, 1922», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 113-128 na p. 124; Idem, Idem, «O génio peninsular», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 141- 170 na p. 160; Idem, «1640, 1920», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 247-289 nas pp. 258, 262, 267, 268, 275; Idem, «Assentando posições (conversa preliminar)», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. LXIX-CXXVI nas pp. LXXIV, LXXVI-LXXXI, CV, CVI; Idem, «A Unidade-Hispânica», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 1-28 na p. 24; Idem, «O que nos divide», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 209-235 nas pp. 216-224, 226, 228.
[73]  Cfr. António Sardinha, «Portugal Restaurado, 1919», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 129-140 na p. 139; Idem, «O génio peninsular», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 141-170 nas pp. 157, 158; Idem, «Assentando posições (conversa preliminar)», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. LXIX-CXXVI nas pp. LXXX, LXXXI, CXXIV; Idem, «O selo da raça», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 29-48 na p. 38.
[74]  Idem, «1640, 1920», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 247-289 na p. 277.
[75]  Ibidem, pp. 279, 280.
[76]  António Sardinha, «Madre-Hispânia», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 179-245 nas pp. 181, 183, 186, 187.
[77]  Cfr. António Sardinha, «Madre-Hispânia», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 179-245 na p. 195; Idem, «Assentando posições (conversa preliminar)», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. LXIX-CXXVI nas pp. CXIV, CXXIII; Idem, «Errata necessária», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 167-185 nas pp. 171, 172.
[78]  Cfr. António Sardinha, «Madre-Hispânia», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 179-245 nas pp. 198, 199, 211, 232; Idem, «Assentando posições (conversa preliminar)», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. LXIX-CXXVI nas pp. LXXV, LXXVI, XCVI.
[79]  António Sardinha, «Madre-Hispânia», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 179-245 na p. 233.
[80]  Cfr. António Sardinha, «Madre-Hispânia», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 179-245 nas pp. 210, 221; Idem, «Assentando posições (conversa preliminar)», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e Possibilidades, cit., pp. LXIX-CXXVI na p. CIV; Idem, «Cabeça de Europa», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 237-267 na p. 254; Idem, «Estaremos decadentes?», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 269-295 nas pp. 277, 278; Idem, «Mare nostrum», in A Aliança Peninsular - Antecedentes e possibilidades, cit., pp. 321-352 na p. 350.
[81]  António Sardinha, «1640, 1920», in À Lareira de Castela - Estudos Peninsulares, cit., pp. 247-289 na p. 282.


Maria da Conceição Pontes Cabrita, "Aliança Peninsular", Revista Militar, º 2496, Janeiro de 2010.

3 Comentários
Joao
14/1/2021 07:32:15 pm

Maria da Conceição Vaz Serra Pontes Cabrita

Falam em aliança de Portugal com Espanha, apresentam fontes de 1932 e se eu disser a si, que Portugal esteve sempre ligado a Espanha desde Philippe I a Carlos II Espanha.

Aceita isto que lhe digo ?
Acredita que Portugal é patrono de Espanha desde da morte de Carlos II de Espanha por sangue da Áustria ?

E precisa de conter o mesmo sangue da Áustria, os senhores não aceitam a verdade, apoiam bastardos à coroa Portuguesa e entristece me. E dizem lusitanos, aquando da monarquia portuguesa eu provo aos iluminados quem é lusitano, agora não vale pena é como estar a falar para uma parede e não há resposta.

Perderam uma batalha com o usurpador miguel em 1826 a 1834, porque os lusitanos derrotaram os portugueses iluminados daquele tempo e os mesmos iluminados continuam com ideias erraticas

Eu estou à espera dos iluminados portugueses que caem na realidade, adoram turcos de sangue e darão a vida por eles, já o fizeram com o adultero de miguel de bourbon e estamos ir no mesmo caminho, por mais que se diga às pessoas, é mesmo que nada.

Eu pedi a certo oficial do exercito um registo em latim da suposta restauração de 1640, ainda estou à espera.

E dei lhe algo da minha família e ficou calado.

"Se faz favor traga me o registo em latim, porque naquela época era escrito em latim, não existia o português como hoje conversamos. Devia ser de bom gesto em todas as publicações existirem fontes das referências que aborda é a minha opinião.

Eu que não sou nada a estas artes militares, nem de história, possuo talvez a prova mais importante para confirmar que não existiu revolta nenhuma de João IV e este era infante Espanhol, filho de Teothonio de Bragança (meu 11 avô paterno) e neto de Philippe II de Espanha (meu 12 avô paterno ) e sua avô Catharina de Bragança.

Aqui mostra que João IV é rei (fibi Regem elegere. Galli (França) in Belgio (Bélgica), Angli (Inglaterra) in Indiis (India) ex ruinis Monarchiæ)

"PHILIPPO IV. quod non tantas haberet vires, ut vel fubditos rebelles frangere poffet. Hac opportunitate ufi Lufitani A. 164o. die 1. Decembris excuffo Hifpanorum jugo JoANNEM IV. Ducem Bragantiæ fibi Regem elegere. Galli in Belgio, Angli in Indiis ex ruinis Monarchiæ"

Então temos o Philippe IV de Espanha que foi o Rei de Portugal de 1621 a 1656, aqui mostra sem margens para quaisquer dúvidas que Joannem IV Ducem Bragantiae reinou a partir de 1656.

"In Lufitania vero ab anno 1621. ufque ad annum 1640. regnavit prarlaudatus Philippus IV. rex Hifpaniaruin: at anno 1640. Luiitani proprium regem elegerunt Joannem IV. ducem Bragantiae, qui regnavit ufque ad annum 1656. Huic fucçellit Alphonfus VI. mortuus anno 1683. atque Alphonfo Petrus II. qui e vivis migra, vit anno 1706"

Catharina Ducifîà Bragantiæ , ejusdem Eduardi filia , & Philippus Rex Caftellæ Elizabethæ filiüs.; A Philippo IV. (PhiIippi II. qui armis regno potitus eft, nepote) Lufitani regiminis Caftellani pertaefi, defcifcentes, Iohannem Bragantiæ Ducem,Theodofiifilium, & Catharinæ nepotem ad regnum promoverunt: €aftellani id ut in^ juftè, & nequiter fà&um incufànt: Quod non folum jure fànguinis, fed juftae vitoriæ, Philippüs II

Agora outro registo da avô de Joao IV meu 10 avô paterno, a Catharina de Bragança casada com Philippe II de Espanha meu 12 avô paterno, com o mesmo sangue ou ADN.

Pro Catharina Duciffa Bragantiæ, immediatè Eduardi filia arguebatur, Patrem Eduardum fi tempore mortis Henrici in vivis fuiffet , indubitatum futurum regni hæredem , Eduardo defun&o ipfi ejus filiæ fuperftitiidem jus competere, eam Rainutio gradu proximiorem, & Philippo fororis filio , cum ipfâ effet fratris filia , præferendam, Pro Philippo Caftellæ Rege, Ifabellæ Emanuelis filiæ, & Caroli V, Imperatoris filio , afferebatur ; Rainutium Eduardi nepotem,& Catharinam ejufdem filiam , beneficio juris Repræfentationis niti, quod nihil aliud erat, quam fi&iojuris civilis , nec ad regnorum fucceffiones pertinebat , ipfum Rainutio gradus proximitate, Catharina fexus nobilitate , utrifque ætatis prærogativa poti9rem. A Philippo IV. ( Philippi II. qui armis regno potitus eft,nepote) Lufitani regiminis Caftellani pertaefi , defcifcentes, Johannem Bragantiæ Ducem , Theodofii filium , & Catharinæ nepotem ad regnum promoverunt: Caßellani id ut injuftè,& nequiter faétum incufant.

Nesta vida caro Senhor Tenente Coronel, a verdade tem que vir ao de cima, o João IV de Bragança come&c

Responder
Joao
14/1/2021 07:46:41 pm

Continuação

Nesta vida caro Senhor Tenente Coronel, a verdade tem que vir ao de cima, o João IV de Bragança começou a reinar em Portugal em 1656 quando morreu o seu tio Philippe IV de Espanha e trago tudo em latim, não sou mestre em história caro Senhor."

Os senhores ainda não me estão a levar a sério, nem sequer responderam, eu estou a provar com dados em latim da inexistência da restauração de 1 de Dezembro de 1640 e que Portugal era independente a Espanha mas federado de acordo com as alianças de família. Austria, Belgica, Espanha, Portugal e Alemanha

Os senhores apoiam gente sem uma gota de sangue a um rei Português e acertaram no pote.

Quando os bastardos bourbons e orleans forem mandados embora da peninsula iberica, vamos ter Espana e Portugal juntos por sangue de acordo com as cortes de Lamego de 1143.

E Portugal y Espanha, não vieram da Turquia, que eu saiba, vieram de Limburg e aprendam alguma coisa caros senhores

Na minha Genealogia da casa Real Portuguesa trago em latim até o meu sobrenome e não sou turco, venho de Limburg como o Conde Henrique, como o Radulfus de Habsburg, eu gosto de provar tudo. Existem muitos historiadores, mestres, doutores, professores da história da arte, que contam inverdades e nós não viemos da borgonha, não. Eu não sou nada aos ilustres iluminados portugueses que escolheram para seu rei usurpadores, eu guardo tudo, tão ilustres pessoas com graus académicos e conseguem ter uma ilusão supra sobre um salvador com origem turca.

Registo 1 - Succeffum é sucessor, Patrem é pai e Nativita é nascimento.

HISTORIÆ ECCLESIASTICÆLIBER CXXVIII. wiarraadio vadovavovaADRIANUS VI PAPA., CAROLUS V. OCCIDENTIS IMPERATOR

S. XV. Solimanus ob finiftrum asaltus fruce cellum in rabiem a&us. Jac Bolius Solimanus ob adversum hujus expedi & feq. tionis fucceffum spe in rabiem versa, Jacques de tam impotenti ira commovebatur, ut Borbon.l.cit. parum abfuerit, quin furore ac indignatione abreptus ipsum Mustapham Sororium fuum hujus belli auctorem neciSæeal.XVI. addixiffet. Referunt Scriptorum non- A.C.1522.

Magnus Magister in fuo Palatio a Turcarum Imperatore in . Salutatus. Fac. de Riduo post, nimirum in ipfo Nativita Bourbon. D tis Christi Salvatoris fefto vigefima hin. du Siege de Rhodas quinta veces quinta Decembris die Solimanus urp. 682. bem, quam recens fuo imperio subjecerat, poflidendam ingreffus eft, ipfumque Magistrum, qui suum adhuc palatium incoluerat, invisit, multisque honorum significationibus cumulatum etiam Patrem fuum appellavit

O meu muito obrigado

HENRICVs primus Comes Limburgicus, post discessum Godofredi, Balduini, & Eustachij, Bulloniensium fratrum & Ducum Lotharingiæ, ab Henrico quarto Imperatore factus est Dux Lotharingiæ,cui postca opem ferens contra Henricum V. filium, ab ipso Henrico filio primùm proscriptus eft,vnà cum eius filio,& deinde reftitutus. Henricvs secundus:Dux Lotharingiæ,& Comes Limburgensis

Genealogiae Rudolphi I. Romanorum Imperator primam lucem afpexit A. I218. Calendis Maii, & quidem in gentilitio fuo Caftro Limburg , quod in Brisgoia fitum;Series genealogica Stirpis Habsburgo-Außriacæ ab ERNESTo Ferreo Außriae Duce usque PHILIPPUM Pulchrum Regem Caftiliae, Archiducem Au/triae duarum linearum Auftriaco-Hj/panicæ & Aigftriaco-Germanicæ Parentem.

Responder
Joao
15/1/2021 11:49:34 am

MONARQUIA ORGÂNICA TRADICIONALISTA ANTI-PARLAMENTAR

Se os senhores são monárquicos, tem ser originais e verdadeiros convosco, pensar pela vossa cabeça, descobrir a verdade do Legitimo Rei Lusitano.

Os senhores que estão neste forum apoiam bastardos a sangue de Lusitanos, apoiam gente de origem Turca de Sultão Solimanus, antigamente desde 1522, 1693, 1718, 1834, sabiam que os bourbons ou borbonis eram turcos e não existiam agencias de genética, eles sabiam. Os senhores são iluminados e não são Lusitanos, não.

Quem apoia a monarquia tradicional tem que respeitar Portugal, as suas Leys de 1143, 1706, 1755, 1834 e os senhores todos vós ilustres apoiam turcos de sangue, para mim não é aceitável, não.

Os outros iluminados que perderam a guerra em 1826 a 1834 pelo adulterio de miguel a D. Joao VI o Rei de Portugal, foi lhes perdoado a vida a esses iluminados e perderam muitos a cabeça, hoje repete se a história, outros iluminados voltam apoiar o mesmo sangue turco.

Enquanto não descobrirem a verdade e continuarem junto a pessoas que tem fotos no vosso forum como publicidade é uma cumplicidade deverás impressionante.

A minha monarquia, não terá partidos,
terá sim os Senhores Magistrados, as Forças Armadas, a guarda Imperial do reino e a Judiciária. Isto no primeiro nível.
No segundo nível temos saúde, educação e finanças.

Quando se compra um imovel ou movel, algo nosso, não se pode pagar o mesmo artigo n vezes ao Estado, não deve.

O povo paga 1/8 por ano do seu rendimento

A Igreja Católica Romana e Apostólica não entra em Portugal, não, nunca nunca nunca mais, as pessoas podem continuar a ter fé, a Igreja será a original da Monarquia desde o seu princípio, os Judeus fazem parte da Monarquia.

A Igreja Católica desde 1522 com papa Adrianus VI e outros ajudaram os turcos a sentarem em cadeiras de reis católicos em Espanha e Portugal tentaram falharam e eu não os perdoou, não.

Acabou a festa, as ordens religiosas dominicanas, franciscanas, beneditos, pés descalsos e outras, podem cá ficar com outra denominação.

Descobri a verdade, toda ela.

Já agora quem é o D. Jeronymo Osório ? não existe um registo do tempo de D. Manuel, nem um, mas em 1940, encontramos algo extraordinario, inventaram histórias inexistentes, é surpreendente.

1/S UNIVERSITY 25 APR. 1940 OF OXFORD

DA VIDA E FEITOS D'ELREI D. MANOEL.

LIVRO I.

B EM que eu seja do animo , integerrimo Principe D. Henrique , de que nada ha mais proveitoso que a Historia para adquirir prudencia , nein mais poderoso que ella para despertar virtudes, mais saudavel para sanear as feridas da Republica , ném mais aprazivel para o deleitamento da vida; e bem que me admoestàssem meus amigos que desse com a lingua Latina lustre as façanhas dos nossos Portuguezes , muito longe me desviava deste seu desejo.

Agora um registo antigo, de D. Joao II que mencionam nos vossos comentários, antigo mesmo e reparem que não foi inventado, nada foi inventado. É obrigatório contar a verdade. Não se pode inventar nada.

ELREY D. JOAÕ II.

LXVI. Efte Sello he de chumbo , pendente de feda vermelha, azul, e branca, com efta letra: Siglllum Sereniffxmi Joannis II, Regis FortugaIia C2* Algarbiorum citra C3" ultra more in Africa Guine* Dominus.

Eftá em huma doaçao ao Duque de Beja o Senhor D. Manoel da Villa de Santiago: feita em Béja a 30 de Mayo de 1489. Conferva-fe na Torre do Tombo na Caía da Coroa, gaveta 17, maço 9.

LXVII. Efte Sello he de cera vermelha, pendente de huma trança delãa azul, eamarella, com efta letra: Sigillum Dei gratia Regis

Portugalia & Algarh Eftá taõ mal tratado , que fe naõ pode ler mais, que o que fica efc crito, mas he fem duvida do dito Rey,

Eftá em huma íèntença dada contra D. Pedro de Attaide, Fidalgo da íiia Caíà, culpado com o Duque de Viíèu, por conípirar contra a fua pe£ foa Real, e do Principe íèu filho, de o matarem, pelo que vifto, otc. Foy fentenciado a morte natural, e que foflè degollado, e efquartejado, e confiícados todos os feus bens para a Coroa, ôtc. DaTom.IV. G da da em a Villa de Setuval. EIRey o mandou pelo Doutor Joao de Elvas do feu Coníèlho, e Corregedor da fua Corte. Anno de 1484. Eftá na Caía da Coroa, gaveta 2, maço 1.

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