Uma nota oficiosa do Integralismo Lusitano
Ao País e ao governo:
- A Junta Central do Integralismo Lusitano tem assistido em silêncio à sucessão dos acontecimentos político-militares que, segundo as declarações dos seus numerosos chefes, se destinam a salvar a Nação da tirania incompetente e ruinosa dos partidos.
Repetidas vezes, nos discursos de vários ministros e nos jornais de todos os tamanhos, entoa-se ruidosamente o estribilho do perigo monárquico, a rematar a cantata sentimental da defesa da República.
Esta Junta, em nome do agrupamento que dirige, vem espontaneamente afirmar em público que não é lícito a um governo digno de tal nome, justificar a sua incapacidade com um obstáculo ilusório.
O perigo não é da República, ontem com os partidos, hoje aparentemente sem eles. O que todos os bons portugueses continuam a ver em perigo é o supremo interesse nacional. Se o governo actual o quer servir utilmente, sirva-o sem demora, com actos e não com palavras, que não lhe negaremos o nosso aplauso. E se os monárquicos se lhe afiguram um embaraço e um perigo, pela nossa parte requeremos o governo a declarar lealmente quais as garantias que de nós exige para poder trabalhar em tranquilidade.
Se depois deste procedimento, continuar a mistificação do perigo monárquico, só nos restaria deplorar que alguns homens do governo aceitem a categoria e o papel de embusteiros.
Assim, nesta conjuntura extremamente grave da vida nacional, nós não abdicamos da nossa reivindicação política, mas queremos suspende-la, para que o País e a História possam claramente atribuir a quem devam, a glória de um ressurgimento ou o opróbrio de uma catástrofe.
Lisboa, 15 de Junho de 1926
A JUNTA CENTRAL
(Diário de Lisboa, director Joaquim Manso, Lisboa, Terça-feira, 15 de Junho de 1926, p. 8.)
Esta "Nota oficiosa do Integralismo Lusitano" foi publicada na sequência da apresentação do plano de acção governamental e constitucional pelo general Gomes da Costa no Conselho de Ministros de 14 de Junho de 1926, no qual se defendia um modelo de governo presidencialista e uma representação nacional por delegação directa do municípios, excluindo-se a representação ideológico-partidária. O general Gomes da Costa foi preso e deportado para os Açores menos de um mês depois.
- A Junta Central do Integralismo Lusitano tem assistido em silêncio à sucessão dos acontecimentos político-militares que, segundo as declarações dos seus numerosos chefes, se destinam a salvar a Nação da tirania incompetente e ruinosa dos partidos.
Repetidas vezes, nos discursos de vários ministros e nos jornais de todos os tamanhos, entoa-se ruidosamente o estribilho do perigo monárquico, a rematar a cantata sentimental da defesa da República.
Esta Junta, em nome do agrupamento que dirige, vem espontaneamente afirmar em público que não é lícito a um governo digno de tal nome, justificar a sua incapacidade com um obstáculo ilusório.
O perigo não é da República, ontem com os partidos, hoje aparentemente sem eles. O que todos os bons portugueses continuam a ver em perigo é o supremo interesse nacional. Se o governo actual o quer servir utilmente, sirva-o sem demora, com actos e não com palavras, que não lhe negaremos o nosso aplauso. E se os monárquicos se lhe afiguram um embaraço e um perigo, pela nossa parte requeremos o governo a declarar lealmente quais as garantias que de nós exige para poder trabalhar em tranquilidade.
Se depois deste procedimento, continuar a mistificação do perigo monárquico, só nos restaria deplorar que alguns homens do governo aceitem a categoria e o papel de embusteiros.
Assim, nesta conjuntura extremamente grave da vida nacional, nós não abdicamos da nossa reivindicação política, mas queremos suspende-la, para que o País e a História possam claramente atribuir a quem devam, a glória de um ressurgimento ou o opróbrio de uma catástrofe.
Lisboa, 15 de Junho de 1926
A JUNTA CENTRAL
(Diário de Lisboa, director Joaquim Manso, Lisboa, Terça-feira, 15 de Junho de 1926, p. 8.)
Esta "Nota oficiosa do Integralismo Lusitano" foi publicada na sequência da apresentação do plano de acção governamental e constitucional pelo general Gomes da Costa no Conselho de Ministros de 14 de Junho de 1926, no qual se defendia um modelo de governo presidencialista e uma representação nacional por delegação directa do municípios, excluindo-se a representação ideológico-partidária. O general Gomes da Costa foi preso e deportado para os Açores menos de um mês depois.