1929 - José Pequito Rebelo, "Fascismo e Catolicismo - I", Política, nº 5, Lisboa, 15 de Julho de 1929, pp. 1-4; Idem, "Fascismo e Catolicismo - II", Política, nº 6, Lisboa, 15 de Agosto de 1929, pp. 3-8
José Pequito Rebelo dá-nos aqui um panorama das suas aspirações na sequência dos Acordos de Latrão, usando invariavelmente o pretérito nos tempos verbais, adivinhando-se o subjuntivo na terminante questão da primeira parte:
"Como respondeu o discurso de Mussolini, discurso interpretativo da Conciliação, em que se marcam as directivas da política religiosa do fascismo, a estas generosas aspirações de um nacionalismo que creio poder qualificar de nacionalismo cristão?"
No final, Pequito Rebelo mostra-se esperançoso mas não ingénuo, face aos ziguezagues de Mussolini.
Em 1931, os factos vieram responder às suas interrogações e dúvidas de 1929. Perante a dissolução das associações católicas de jovens em Itália, o Papa Pio XI, através da encíclica Non abbiamo bisogno (Nós Não Precisamos, 29 de Junho de 1931) condenou o Fascismo.
A condenação do Fascismo pelos integralistas, em especial a de Francisco Rolão Preto, foi tão explicita quanto a do Papa - o Papa referira-se à "estatolatria pagã" do fascismo; Rolão Preto referiu-se ao "totalitarismo divinizador do Estado".
"Como respondeu o discurso de Mussolini, discurso interpretativo da Conciliação, em que se marcam as directivas da política religiosa do fascismo, a estas generosas aspirações de um nacionalismo que creio poder qualificar de nacionalismo cristão?"
No final, Pequito Rebelo mostra-se esperançoso mas não ingénuo, face aos ziguezagues de Mussolini.
Em 1931, os factos vieram responder às suas interrogações e dúvidas de 1929. Perante a dissolução das associações católicas de jovens em Itália, o Papa Pio XI, através da encíclica Non abbiamo bisogno (Nós Não Precisamos, 29 de Junho de 1931) condenou o Fascismo.
A condenação do Fascismo pelos integralistas, em especial a de Francisco Rolão Preto, foi tão explicita quanto a do Papa - o Papa referira-se à "estatolatria pagã" do fascismo; Rolão Preto referiu-se ao "totalitarismo divinizador do Estado".
O discurso de Mussolini, discurso esperado com tão viva e confiante expectação, foi, pois, uma decepção profunda para os nacionalistas cristãos de todo o mundo (...) de três pecados (Mussolini) se tornava réu: pecado contra a fé (pela ofensa à divina origem do catolicismo), pecado contra a moral (pela tendência a usurpar os privilégios de educação moral da Igreja), pecado contra a hierarquia (pela adesão incondicional ao "Risorgimento", sem distinguir as suas injustiças).