SalazarquiA
[ Resposta do Integralismo Lusitano ao Discurso do chefe do governo, Dr. Oliveira Salazar, na Sala do Conselho de Estado. em 23 de Novembro de 1932, no acto de posse dos corpos directivos da União Nacional - o partido único do regime. ("As diferentes forças políticas em face da Revolução Nacional" - Discurso à União Nacional, em 23 de Novembro de 1932, in Discursos, Vol. I)]
Ao seu discurso de 23 de Novembro, decidia fazer uma apostila o sr. presidente do ministério, e com o engenho clarificador que é o mais precioso dote do seu espírito, julgou oportuno resolver, a Ferro e fogo... fátuo, dentro da forja, ou alfurja, do Diário de Notícias, o problema do regime político em Portugal.
A bigorna dessa operação foi aquela massa de cabeças monárquicas que ousaram esperar da Ditadura mais do que lhes prometera e não lhe exigiram, no momento oportuno, tudo quanto ela podia dar à Nação.
A Ditadura Militar sempre nós a considerámos da República, pela República e para a República, e só por indesculpável credulidade algum monárquico suporia que colaborar nela era dar um passo para a realização do seu ideal respeitável.
A questão da fórmula do supremo poder político, já não se agita: tal pretensão seria agora impertinente e até afrontosa para o Governo e para aqueles que o rodeiam, dentro e fora dos quadros da Força Armada. Esse problema importuno não tem que ser resolvido: entende-se que as Instituições ficam solidamente radicadas na alma do Povo, desde que, pela fisionomia política que vai ser dada ao regime, a República docemente se identificará com a Nação.
Se quiserem aceitar a concessão generosa de prestar à Ditadura o seu concurso, enquanto ela não alcança o zénite da normalidade constitucional, poderão os monárquicos continuar a faze-lo, mas ocultando o seu pensamento in pectore, dispondo-se, patrioticamente, à renúncia das suas reivindicações na qualidade de republicanos provisórios, em estágio, mais ou menos longo, para o provimento definitivo. Não teimem em pensar ainda na aspiração política da sua convicção, se a têm: esse problema há que pô-lo de lado, mas pô-lo de lado sem habilidades, evitando todas as manifestações e declarações que lhe possam dar vida, que passem faze-lo renascer na primeira oportunidade.
O sr. presidente do ministério mostrou-se sincero e leal nas suas palavras, e razão teria em dar-se por ofendido daqueles que, ainda agora!, não entendessem nem respeitassem os seus escrúpulos de moral política.
Nós entendemos o seu escrúpulo e admiramos a sua moral política.
E, como bons portugueses que nos honramos de ser, cada vez mais convencidos de que o maior dos problemas nacionais é o do regime, continuaremos submissos ao imperativo deste ditame de coerência e dignidade política: Tudo pela Nação, nada contra a Monarquia!
A bigorna dessa operação foi aquela massa de cabeças monárquicas que ousaram esperar da Ditadura mais do que lhes prometera e não lhe exigiram, no momento oportuno, tudo quanto ela podia dar à Nação.
A Ditadura Militar sempre nós a considerámos da República, pela República e para a República, e só por indesculpável credulidade algum monárquico suporia que colaborar nela era dar um passo para a realização do seu ideal respeitável.
A questão da fórmula do supremo poder político, já não se agita: tal pretensão seria agora impertinente e até afrontosa para o Governo e para aqueles que o rodeiam, dentro e fora dos quadros da Força Armada. Esse problema importuno não tem que ser resolvido: entende-se que as Instituições ficam solidamente radicadas na alma do Povo, desde que, pela fisionomia política que vai ser dada ao regime, a República docemente se identificará com a Nação.
Se quiserem aceitar a concessão generosa de prestar à Ditadura o seu concurso, enquanto ela não alcança o zénite da normalidade constitucional, poderão os monárquicos continuar a faze-lo, mas ocultando o seu pensamento in pectore, dispondo-se, patrioticamente, à renúncia das suas reivindicações na qualidade de republicanos provisórios, em estágio, mais ou menos longo, para o provimento definitivo. Não teimem em pensar ainda na aspiração política da sua convicção, se a têm: esse problema há que pô-lo de lado, mas pô-lo de lado sem habilidades, evitando todas as manifestações e declarações que lhe possam dar vida, que passem faze-lo renascer na primeira oportunidade.
O sr. presidente do ministério mostrou-se sincero e leal nas suas palavras, e razão teria em dar-se por ofendido daqueles que, ainda agora!, não entendessem nem respeitassem os seus escrúpulos de moral política.
Nós entendemos o seu escrúpulo e admiramos a sua moral política.
E, como bons portugueses que nos honramos de ser, cada vez mais convencidos de que o maior dos problemas nacionais é o do regime, continuaremos submissos ao imperativo deste ditame de coerência e dignidade política: Tudo pela Nação, nada contra a Monarquia!