Francisco Rolão Preto, Para Além da Guerra, Lisboa, Edições Gama, 1942.
"Da geração académica que veio a fazer a República, para só falar na que antecedeu a actual, pretendia-se que ela só era republicana nos bancos das escolas, pois à medida que os escolares ingressavam na "vida prática" se transmudavam logo em bons funcionários e serventuários da Monarquia distribuidora de benesses. Puro engano? Também a nossa, geração integralista, foi caluniada, apodada de snobismo, de estulta pretensão, de retrógrada, de artificial, de vã, e todavia foi ela e só ela que liquidou a república demagógica e que tão levianamente a desprezou, como Teófilo Duarte recorda no seu belo livro Sidónio Pais e o seu Consulado há pouco publicado"
(p. 16)
(p. 16)
Lutar e sofrer ao serviço de puras ideias que o espírito e o coração elegeram, eis um privilégio de loucos, loucos que heroicamente iam deixando em farrapos a sua alma por duros caminhos sem glória, sob o desdém dos que beneficiavam sacrifício do seu próprio interesse. (pp. 13-14)
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