O Integralismo brasileiro perante a Nação (seleção de documentos sobre política), 1945 (/ed, Lisboa):
PREFÁCIO DA 1º EDIÇÃO (1945)
Este livro levou catorze anos a ser escrito. Quem o preparou, dia a dia, foi um homem de bem. As páginas que não tiverem sido escritas por este homem, foram escritas por outros, a respeito deles ou da obra que ele criou. Mas tanto o que esse homem escreveu, como aquilo que dele escreveram, e aqui juntamos, refere-se a um movimento de brasileiros que fizeram do amor à pátria o sentido de suas próprias vidas. Não se trata de um volume construído de propósito, para cuja composição se toma um assunto, esquematiza-se a matéria, adota-se um método e escolhe um estilo. Não é uma simples defesa; é mais: é um testemunho. Não são alegações; são provas. Nem se faz aqui apologética; faz-se história do Brasil. Quando estas páginas foram redigidas ninguém pensou que viessem formar um livro. Os capítulos foram vividos, um por um, e, ao cabo de catorze anos, verificou-se que formavam um conjunto perfeito de equilíbrio e de harmonia, ligados pelo nexo de rara e inexcedível coerência. Constituem toda a historia do Integralismo Brasileiro, o mais caluniado, o mais deturpado dos movimentos de opinião, porque os inimigos, dispondo de poderosos meios de propaganda, o apresentaram exatamente sob o aspeto daqueles males que ele combatia e combate. / Espiritualista e cristão, apontaram-no como adepto de teorias materialistas e anticristãs. Nacionalista, acusaram-no de ligações com potências estrangeiras. Sedento de justiça social, deram-no como adversário dos trabalhadores. Amigo dos humildes e contando em suas fileiras multidões de pobres e de desamparados nos campos e nas cidades, imputaram-lhe um papel reacionário como instrumento de uma burguesia opulenta. Defensor da soberania da Pátria e da sua integridade territorial, injuriaram-no como legião de vendidos aos interesses expansionistas de inimigos da nação. Sustentador da igualdade e tidas as raças e estrénuo advogado dos direitos dos povos meridionais contra a falsa teoria da superioridade dos povos arianos, caluniaram-no como adepto subserviente dos arautos do preconceito étnico. Democrático no mais exato sentido, pois sempre desejou um sentido onde os fortes, os ricos, os astutos e os violentos não pudessem exercer sua tirania sobre as deliberações do povo, pintaram-no como profeta do estatismo absorvente. Baluarte dos respeitos à pessoa humana, desde a sua primeira hora, como se vê dos Estatutos da sociedade que fundou e com o manifesto com que apareceu, classificaram-no como ideologia destruidora das liberdades. Penetrado de sentimento brasileiro, até a medula e timbrando em criticar acremente todas as instituições e costumes alienígenas, atribuíram-lhe a vergonha de copiador de regimes exóticos. Coisa assim semelhante só sofrem os primeiros cristãos em Roma, quando eram tidos por envenenadores de fontes, devoradores de crianças e incendiários da capital do Império. É esta uma glória muito grande para os integralistas, mas não desejamos que as pessoas honestas de nossa Pátria, por falta de informação, participem, nem mesmo por um silencio, que seria criminoso, da ação cruel de nossos algozes.”
(...)
Manifesto de 1945
a) Conceito espiritualista da vida, reconhecendo a existência de um Deus pessoal, e da imortalidade da alma humana;
b) O respeito à pessoa humana e a defesa de tudo o que lhe é inerente: a família, propriedade, salário justo, iniciativa particular, liberdade religiosa, na forma da constituição de 1934;
c) O repúdio dos regimes totalitários, definindo-se nitidamente como sendo totalitários aqueles regimes que pretendem submeter a religião aos interesses do Estado; socializar os bens particulares; tirar ao matrimónio seu carácter sacramental; colocar a Raça, ou a Colectividade acima dos direitos e deveres da pessoa humana; deduzir do materialismo as concepções da Economia, do Direito e da Educação;
d) A defesa da independência e da soberania da Pátria Brasileira, da sua integridade territorial, da sua língua, dos seus costumes cristão tradicionais, e da sua dignidade"
(Integralismo perante a Nação, p. 385).
PREFÁCIO DA 1º EDIÇÃO (1945)
Este livro levou catorze anos a ser escrito. Quem o preparou, dia a dia, foi um homem de bem. As páginas que não tiverem sido escritas por este homem, foram escritas por outros, a respeito deles ou da obra que ele criou. Mas tanto o que esse homem escreveu, como aquilo que dele escreveram, e aqui juntamos, refere-se a um movimento de brasileiros que fizeram do amor à pátria o sentido de suas próprias vidas. Não se trata de um volume construído de propósito, para cuja composição se toma um assunto, esquematiza-se a matéria, adota-se um método e escolhe um estilo. Não é uma simples defesa; é mais: é um testemunho. Não são alegações; são provas. Nem se faz aqui apologética; faz-se história do Brasil. Quando estas páginas foram redigidas ninguém pensou que viessem formar um livro. Os capítulos foram vividos, um por um, e, ao cabo de catorze anos, verificou-se que formavam um conjunto perfeito de equilíbrio e de harmonia, ligados pelo nexo de rara e inexcedível coerência. Constituem toda a historia do Integralismo Brasileiro, o mais caluniado, o mais deturpado dos movimentos de opinião, porque os inimigos, dispondo de poderosos meios de propaganda, o apresentaram exatamente sob o aspeto daqueles males que ele combatia e combate. / Espiritualista e cristão, apontaram-no como adepto de teorias materialistas e anticristãs. Nacionalista, acusaram-no de ligações com potências estrangeiras. Sedento de justiça social, deram-no como adversário dos trabalhadores. Amigo dos humildes e contando em suas fileiras multidões de pobres e de desamparados nos campos e nas cidades, imputaram-lhe um papel reacionário como instrumento de uma burguesia opulenta. Defensor da soberania da Pátria e da sua integridade territorial, injuriaram-no como legião de vendidos aos interesses expansionistas de inimigos da nação. Sustentador da igualdade e tidas as raças e estrénuo advogado dos direitos dos povos meridionais contra a falsa teoria da superioridade dos povos arianos, caluniaram-no como adepto subserviente dos arautos do preconceito étnico. Democrático no mais exato sentido, pois sempre desejou um sentido onde os fortes, os ricos, os astutos e os violentos não pudessem exercer sua tirania sobre as deliberações do povo, pintaram-no como profeta do estatismo absorvente. Baluarte dos respeitos à pessoa humana, desde a sua primeira hora, como se vê dos Estatutos da sociedade que fundou e com o manifesto com que apareceu, classificaram-no como ideologia destruidora das liberdades. Penetrado de sentimento brasileiro, até a medula e timbrando em criticar acremente todas as instituições e costumes alienígenas, atribuíram-lhe a vergonha de copiador de regimes exóticos. Coisa assim semelhante só sofrem os primeiros cristãos em Roma, quando eram tidos por envenenadores de fontes, devoradores de crianças e incendiários da capital do Império. É esta uma glória muito grande para os integralistas, mas não desejamos que as pessoas honestas de nossa Pátria, por falta de informação, participem, nem mesmo por um silencio, que seria criminoso, da ação cruel de nossos algozes.”
(...)
Manifesto de 1945
a) Conceito espiritualista da vida, reconhecendo a existência de um Deus pessoal, e da imortalidade da alma humana;
b) O respeito à pessoa humana e a defesa de tudo o que lhe é inerente: a família, propriedade, salário justo, iniciativa particular, liberdade religiosa, na forma da constituição de 1934;
c) O repúdio dos regimes totalitários, definindo-se nitidamente como sendo totalitários aqueles regimes que pretendem submeter a religião aos interesses do Estado; socializar os bens particulares; tirar ao matrimónio seu carácter sacramental; colocar a Raça, ou a Colectividade acima dos direitos e deveres da pessoa humana; deduzir do materialismo as concepções da Economia, do Direito e da Educação;
d) A defesa da independência e da soberania da Pátria Brasileira, da sua integridade territorial, da sua língua, dos seus costumes cristão tradicionais, e da sua dignidade"
(Integralismo perante a Nação, p. 385).