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1958 - Luís de Almeida Braga - Libelo contra o "Estado Novo"

De Luís de Almeida Braga, ficou célebre este libelo contra o Estado Novo, em entrevista concedida ao Diário de Lisboa, publicada em 30 de Maio de 1958:
​
… acuso o Estado Novo de ter 
desvirtuado a doutrina corporativa, tornando-a uma grosseira teia de burocratas opíparos e de fiscais demagogos, que dificultam o trabalho em vez de o facilitar; 
acuso-o de ter aniquilado o que restava das antigas liberdades municipais;
acuso-o 
de ter instituído uma censura permanente, irresponsável e absurda;
acuso-o de ter autorizado que os presos sejam agredidos, desde que se anunciou a utilidade dos “safanões a tempo”;
acuso-o de ter exagerado as tributações para empregar esse dinheiro, que é verdadeiro sangue, em obras espalhafatosas e falsas propagandas de merecimentos pessoais;
acuso-o de em tantas oportunidades fáceis ter desprezado a terra cativa de Olivença, ao contrário do generalíssimo Franco, que sem descanso reclama Gibraltar;
acuso-o de ter falseado o texto da Constituição, impossibilitando a honrada convivência dos Portugueses;
acuso-o de não ter sabido estruturar o ensino de modo a formar homens com o gosto forte da iniciativa e da independência mental;
acuso-o de construir edifícios excessivamente luxuosos para quartéis, quando mais importava instruir quadros e efectivos de sólida moral, inteiramente libertos de influências que não sejam de carácter técnico e ético militares;

acuso-o de ter criado entre nós o culto nietzcheano do super-homem;
acuso-o de ter estabelecido o Partido Único, - invenção danada do comunismo -, e de com ele e por ele embaraçar a solução do problema político português! (...)

A Legião corresponde à Guarda Vermelha da Rússia comunista: é a milícia do Partido Único. Puramente de traça e acção comunista é a chamada «União Nacional», a que não falta nenhum dos caracteres de partido único, por mais que os apaniguados, com palavras vãs, se consumam a negá-lo. Reconheceu-o o insuspeito Mihaïl Manoïlesco em seu exacto livro Le Parti Unique. (...) Manoïlesco é autor muito escutado e louvado nos nossos meios governamentais, que lhe pediram a lição contida no volume intitulado Le Siècle du Corporatisme. Perguntando o que é partido único, ele próprio respondeu: - C’est un parti politique ayant seul - de fait e de droit - la liberté d’action politique dans un pays et constituant, ainsi, une institution fondamentale du régime. Depois, mostrando que o partido único se manifestou de maneira sensivelmente análoga na Itália e na Alemanha, na Rússia e na Turquia, o professor Manoïlesco apresenta a «União Nacional» como exemplo acabado de partido único. A «União Nacional» não tem o monopólio legal da acção política, mas tem o monopólio de facto. (...)
Democracia! A mais prostituída das palavras em todas as línguas, nos tristes dias de agora!
São democratas os comunistas, são democratas os fiéis aos descaídos princípios da Revolução Francesa de 89, e são democratas os jacobinos totalitários: Hitler e Mussolini.
Há a democracia formalista e a democracia orgânica,
a democracia personalista e a democracia histórica da Suissa,
há a democracia dos países monárquicos do Norte da Europa e a democracia turbulenta das repúblicas sul-americanas,
há a democracia política e a democracia social,
a democracia legalista, tradicionalista, espiritualista da Inglaterra
e a democracia racionalista, arbitrária e invejosa,
a democracia cristã e a democracia anticristã, - que sei eu... (...)
Na bela definição de Ortega y Gasset, a essência da democracia é o diálogo com o adversário. Mas este diálogo não o autorizam as leis vigentes. E eu tenho que deixar de ser homem, o homem que renuncia à livre expressão do seu pensamento, à liberdade da palavra escrita. Porque reivindico as responsabilidades na criação e na divulgação da doutrina que alimentou esses que grosseiramente a deturparam para melhor a trair, me insurjo e revolto contra tanta confusão e tanto ludíbrio."

​​...nós não levantaríamos nem o dedo mínimo, se salvar Portugal fosse salvar o conúbio apertado de plutocratas e arrivistas em que para nós se resumem, à luz da perfeita justiça, as "esquerdas" e as "direitas"!

​​
- António Sardinha (1887-1925) - 
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