"Integralismo Lusitano - Nota oficiosa", A Ideia Nacional - Semanário monárquico-sindicalista, nº 3, 31 de Outubro de 1920, p. 1.
Integralismo Lusitano
Nota oficiosa
Sob o título "Ordem Pública" publica o jornal da noite de ontem A Capital uma larga notícia, insinuando que o Integralismo Lusitano pretendia na recepção a S. M. os Reis da Bélgica, promover distúrbios, por meio de vivas à Monarquia, que dariam lugar a alteração da ordem pública. Também na mesma notícia se fez referência à existência de um complot revolucionário, com plano de revolução, bombas, adesão de oficiais do exército, telegrafia sem fios, etc.
Em vista de tão tendenciosa notícia, evidentemente destinada a desviar o espírito do público do espectro da fome, da situação cambial, das negociações escandalosas do carvão e do trigo, tendo simultaneamente por fim encorajar certos elementos republicanos que condenam o projecto de amnistia a Junta Central tem a declarar:
1º - Que saúda com o mais vivo entusiasmo e a mais vibrante admiração, ao pisarem a terra de Portugal, Suas Majestades os Reis da Bélgica;
2º - Que protesta contra o propósito que atribuem aos integralistas de ver distúrbios nas ruas de Lisboa, excedendo os termos de uma manifestação da ordem de simpatia e aclamação à Rainha de sangue português, que ao lado de um Rei heróico, simboliza a Bélgica martirizada oferecendo-se em holocausto à Victoria nobre da civilização latina, pela virtude da Realeza.
3º - Saudar nas pessoas do integralistas presos todos aqueles que nas prisões estão inibidos de dar à recepção um carácter nacional, deixando aos representantes da baixa política do regime o monopólio das reclamações republicanas ao Régio Herói da Grande Guerra, que tão alto levantou o prestígio da instituição monárquica.
A Junta Central
Nota oficiosa
Sob o título "Ordem Pública" publica o jornal da noite de ontem A Capital uma larga notícia, insinuando que o Integralismo Lusitano pretendia na recepção a S. M. os Reis da Bélgica, promover distúrbios, por meio de vivas à Monarquia, que dariam lugar a alteração da ordem pública. Também na mesma notícia se fez referência à existência de um complot revolucionário, com plano de revolução, bombas, adesão de oficiais do exército, telegrafia sem fios, etc.
Em vista de tão tendenciosa notícia, evidentemente destinada a desviar o espírito do público do espectro da fome, da situação cambial, das negociações escandalosas do carvão e do trigo, tendo simultaneamente por fim encorajar certos elementos republicanos que condenam o projecto de amnistia a Junta Central tem a declarar:
1º - Que saúda com o mais vivo entusiasmo e a mais vibrante admiração, ao pisarem a terra de Portugal, Suas Majestades os Reis da Bélgica;
2º - Que protesta contra o propósito que atribuem aos integralistas de ver distúrbios nas ruas de Lisboa, excedendo os termos de uma manifestação da ordem de simpatia e aclamação à Rainha de sangue português, que ao lado de um Rei heróico, simboliza a Bélgica martirizada oferecendo-se em holocausto à Victoria nobre da civilização latina, pela virtude da Realeza.
3º - Saudar nas pessoas do integralistas presos todos aqueles que nas prisões estão inibidos de dar à recepção um carácter nacional, deixando aos representantes da baixa política do regime o monopólio das reclamações republicanas ao Régio Herói da Grande Guerra, que tão alto levantou o prestígio da instituição monárquica.
A Junta Central