"Literatura e Política é um dos mais importantes livros no conjunto de sua obra. O que iremos encontrar em Psicologia da Revolução, A Quarta Humanidade, O que é o Integralismo, Madrugada do Espírito, Direitos e deveres do Homem, Espírito da burguesia e O ritmo da História está embrionariamente em Literatura e Política:
Aparecem duas tisanas para as doenças da Europa: o comunismo e o fascismo. Ambos, materialistas, decretam a falência da democracia: - ou triunfa o imperialismo econômico baseado no “nacionalismo”, no “fascismo”, na “ditadura militar”, ou vence o imperialismo político da Terceira Internacional.
Será esse o dilema para os jovens povos da América? Que rumo devem seguir os países novos, como o Brasil? Se pretendemos empreender a defesa da democracia, em face das prementes realidades econômicas dos povos, devemos colocar o problema sob o ponto de vista retardatário do liberalismo dos nossos partidos oposicionistas? (Literatura e Política, Obras Completas. Volume 19. 1ª edição. São Paulo: Editora das Américas, 1956, p. 20., pp. 64-65.
1931: Manifesto da Legião Revolucionária de São Paulo: “não devemos transplantar para o Brasil nem comunismo, nem fascismo, nem outros sistemas exóticos”
1935: Em Despertemos a Nação!: “o problema brasileiro é muito mais difícil que os da Rússia, da Itália e da Alemanha” (...) “os modelos de Lenine, de Mussolini e de Hitler, suas estratégias, seus processos não valem nada para o caso do Brasil”.