Rui Enes Ulrich, 1883-1966
Rui Ennes Ulrich (Lisboa, Mártires, 20 de Abril de 1883 - Lisboa, Santa Isabel, 20 de Junho de 1966) foi professor universitário, administrador de empresas, empresário, embaixador e político português.
A família Ulrich estabeleceu-se em Portugal, em Areosa (Viana do Castelo), em meados do século XVIII. Após o terramoto de 1755, a convite do Marquês de Pombal, a família mudou-se para Lisboa onde cooperou na reconstrução da baixa da cidade, dedicando-se a negócios no comércio, indústria e finança. O associativismo empresarial esteve também presente na família: o irmão mais mais velho do avô de Rui Ennes Ulrich foi presidente da Associação Comercial de Lisboa e fundador e presidente da Associação Industrial Portuguesa.
Rui Ulrich era filho de João Henrique Ulrich e de sua mulher Maria Cristina d'Orta Ennes, filha de Guilherme José Ennes, negociante matriculado na Praça de Lisboa, director do Banco de Portugal, Comendador da Ordem de Cristo, e de sua mulher Joana da Cruz de Orta, filha do 1.º Visconde de Orta.
O pai de Rui, João Henrique Ulrich, foi Cavaleiro da Ordem de Cristo e Comendador da Ordem espanhola de Isabel a Católica, vice-governador da Companhia do Crédito Predial, etc.
Rui teve dois irmãos: Fernando Enes Ulrich e João Henrique Ulrich, advogado e vice-governador do Banco Nacional Ultramarino.
Rui casou em Lisboa, Santos-o-Velho, em 22 de Abril de 1907, com Genoveva de Lima Mayer (Lisboa, Lapa, 3 de Setembro de 1886 - Lisboa, Santa Isabel, 8 de Julho de 1963), poetisa e escritora com o nome literário de Veva de Lima, filha de Carlos Félix de Lima Mayer e de sua mulher Amélia da Veiga de Araújo, sobrinha paterna do 1.º Visconde dos Olivais, da qual teve uma filha e um filho: Maria de Lima Mayer Ulrich (Coimbra, Santo António dos Olivais, 9 de Março de 1908 - Lisboa, 25 de Novembro de 1988), solteira e sem geração, a partir de cujo testamento foi criada a Fundação Maria Ulrich; Jorge de Lima Mayer Ulrich (Lisboa, Lapa, 26 de Outubro de 1912 - Lisboa, Santa Isabel, 2 de Maio de 1932), solteiro e sem geração.
Rui matriculou-se na Faculdade de Direito de Coimbra, no ano lectivo de 1899-1900, onde se licenciou em 1904 e doutorou em 1906, vindo a ser Lente de 1907 a 1910. Após a implantação da República, em fins de 1910, pediu a sua exoneração. Em 1936, voltaria ao ensino na Universidade de Direito de Lisboa como Professor Catedrático, da qual foi director depois de 1937.
Foi Sócio da Academia das Ciências de Lisboa, do Instituto Colonial Internacionale da Academia Diplomática Internacional, Vice-Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa, e pertenceu a diversas outras Academias e Sociedades Científicas Nacionais e estrangeiras.
Rui Ennes Ulrich e o Integralismo Lusitano
Em 1915, Rui Ulrich proferiu a conferência "Colonizações Ibéricas" no âmbito das Conferências do Integralismo Lusitano sobre a Questão Ibérica na Liga Naval de Lisboa.
Bibliografia
Carreira académica, empresarial, diplomática
A 21 de Agosto de 1911 foi eleito pelos Juristas Primeiro Vogal Substituto para a Junta do Crédito Público, no triénio de 1911-1914, sendo chamado a substituir um Vogal Efectivo da mesma Junta a 7 de Setembro, servindo até 5 de Novembro seguinte. Chamado novamente, a 25 do mesmo mês, ficou até 6 de Janeiro de 1912.
1949 - ... Foi ainda Membro do Conselho dos Suplentes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e da Delegação Portuguesa às Reuniões do Conselho da O.T.A.N. em Londres, Bruxelas, Otava, Roma e Lisboa
Carreira política
Na 1ª Legislatura, de 1935 a 1938, na 12.ª Secção - Crédito e Seguros, subscreveu ou relatou:
Na II Legislatura, de 1938 a 1942, na 11.ª Secção - Transportes e Turismo como Assessor e na 25.ª Secção - Finanças e Economia Geral também como Assessor, subscreveu ou relatou:
Durante a III Legislatura, de 1942 a 1945, na 24.ª Secção - Finanças e Economia Geral como Assessor, subscreveu ou relatou:
Durante a IV Legislatura, de 1945 a 1949, fez parte do Conselho da Presidência e da 24.ª Secção - Finanças e Economia Geral como Assessor, tendo subscrito ou relatado:
Na V Legislatura, entre 1949 e 1953, no Conselho da Presidência e na 24.ª Secção - Finanças e Economia Geral como Assessor, não subscreveu ou relatou pareceres.
Na VIII Legislatura, entre 1961 e 1965, no Conselho da Presidência e na 10.ª Secção - Crédito e Seguros, 1.ª Subsecção - Crédito e 2.ª Subsecção - Seguros, subscreveu ou relatou quatro pareceres:
Condecorações nacionais
1929 - Em 19 de Outubro, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo de Portugal;
1935 - Em 25 de Março, foi agraciado com a Grã-Cruz da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico de Portugal.
Referências
1934 - Arnaldo Henriques de Oliveira (org.); Carlos Coimbra (prefácio), Catálogo da notável e preciosa biblioteca do Exmo senhor Doutor Ruy Ennes Ulrich, Lisboa: Livraria Manuel dos Santos, 1934.
1947 - Quem é Alguém. Lisboa: Portugália Editora, 1947.
1969 - "Livro de Família", Filipe de Lima Mayer, Edição do Autor, 1.ª Edição, Lisboa, 1969, Volume I, p. 61.
2004 - Fernando de Castro Brandão, A demissão de Rui Ulrich, embaixador em Londres (1935), Lisboa, Ministério dos Negócios Estrangeiros, 2004 [Sep. de Negócios Estrangeiros, nº 7, (Setembro de 2004, pp. 125-137].
2005 - «Veva de Lima (casa)». Revelar LX. 2005.
2006 - Maria Filomena Mónica (coordenadora) (2006). Dicionário Biográfico Parlamentar (1834-1910). Vol. III, Lisboa, Assembleia da República. p. 930
2006 - "Fernando Ulrich banqueiro por tradição familiar", Jornal Económico. 14 de Junho de 2006.
2011 - Pedro Jorge Castro, "Os anos mais loucos da alta sociedade em Portugal". Sábado. Edirevistas, S.A., 10 de Setembro de 2011.
"Raízes e Memórias", Associação Portuguesa de Genealogia, Lisboa, N.º 10, pp. 179 e 189
"Ulrich (Rui Enes)". Portugal - Dicionário Histórico.
Rui Enes Ulrich» (PDF). Assembleia da República. Acedido em 13 de Junho de 2024.
"Raízes e Memórias", Associação Portuguesa de Genealogia, Lisboa, nº 10, p. 189.
Ulrich (João Henrique). Portugal - Dicionário Histórico. Acedido em 13 de Junho de 2024.
Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado de pesquisa a "Rui Ennes Ulrich". Presidência da República Portuguesa. Acedido em 13 de Junho de 2024.
Arquivos
A Fundação Maria Ulrich fez doação de documentação ao Banco de Portugal, respeitante ao período entre 1911 e 1929, referente à Caixa Filial e Agências e à Companhia de Moçambique da qual Rui Ulrich foi administrador e presidente de 1920 e 1933. Existe ainda documentação diversa de carácter particular.
[13 de Junho de 2024 - J.M.Q]
A família Ulrich estabeleceu-se em Portugal, em Areosa (Viana do Castelo), em meados do século XVIII. Após o terramoto de 1755, a convite do Marquês de Pombal, a família mudou-se para Lisboa onde cooperou na reconstrução da baixa da cidade, dedicando-se a negócios no comércio, indústria e finança. O associativismo empresarial esteve também presente na família: o irmão mais mais velho do avô de Rui Ennes Ulrich foi presidente da Associação Comercial de Lisboa e fundador e presidente da Associação Industrial Portuguesa.
Rui Ulrich era filho de João Henrique Ulrich e de sua mulher Maria Cristina d'Orta Ennes, filha de Guilherme José Ennes, negociante matriculado na Praça de Lisboa, director do Banco de Portugal, Comendador da Ordem de Cristo, e de sua mulher Joana da Cruz de Orta, filha do 1.º Visconde de Orta.
O pai de Rui, João Henrique Ulrich, foi Cavaleiro da Ordem de Cristo e Comendador da Ordem espanhola de Isabel a Católica, vice-governador da Companhia do Crédito Predial, etc.
Rui teve dois irmãos: Fernando Enes Ulrich e João Henrique Ulrich, advogado e vice-governador do Banco Nacional Ultramarino.
Rui casou em Lisboa, Santos-o-Velho, em 22 de Abril de 1907, com Genoveva de Lima Mayer (Lisboa, Lapa, 3 de Setembro de 1886 - Lisboa, Santa Isabel, 8 de Julho de 1963), poetisa e escritora com o nome literário de Veva de Lima, filha de Carlos Félix de Lima Mayer e de sua mulher Amélia da Veiga de Araújo, sobrinha paterna do 1.º Visconde dos Olivais, da qual teve uma filha e um filho: Maria de Lima Mayer Ulrich (Coimbra, Santo António dos Olivais, 9 de Março de 1908 - Lisboa, 25 de Novembro de 1988), solteira e sem geração, a partir de cujo testamento foi criada a Fundação Maria Ulrich; Jorge de Lima Mayer Ulrich (Lisboa, Lapa, 26 de Outubro de 1912 - Lisboa, Santa Isabel, 2 de Maio de 1932), solteiro e sem geração.
Rui matriculou-se na Faculdade de Direito de Coimbra, no ano lectivo de 1899-1900, onde se licenciou em 1904 e doutorou em 1906, vindo a ser Lente de 1907 a 1910. Após a implantação da República, em fins de 1910, pediu a sua exoneração. Em 1936, voltaria ao ensino na Universidade de Direito de Lisboa como Professor Catedrático, da qual foi director depois de 1937.
Foi Sócio da Academia das Ciências de Lisboa, do Instituto Colonial Internacionale da Academia Diplomática Internacional, Vice-Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa, e pertenceu a diversas outras Academias e Sociedades Científicas Nacionais e estrangeiras.
Rui Ennes Ulrich e o Integralismo Lusitano
Em 1915, Rui Ulrich proferiu a conferência "Colonizações Ibéricas" no âmbito das Conferências do Integralismo Lusitano sobre a Questão Ibérica na Liga Naval de Lisboa.
Bibliografia
- 1900 - Da bolsa e suas operações, Coimbra, 1900, (Dissertação inaugural)
- 1902 - Estudos de economia nacional, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1902.
- 1902 - Crises económicas portuguesas, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1902.
- 1902 - Estudos de economia social: Vol. I – Crises económicas portuguesas, Coimbra, 1902.
- 1905 - Estudo sobre a condição legal das ordens e congregações religiosas em Portugal de 1834 a 1901, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1905 (Dissertação para a 13.ª cadeira).
- 1906 - Do reporte no direito comercial português, Coimbra 1906, (Dissertação de concurso).
- 1906 - Estudos de economia social: Vol. II - Legislação operaria portugueza, Coimbra, 1906, (Dissertação para a licenciatura)
- 1906 - Theses ex universo jure, Coimbra, 1906.
- 1906 - Theses de direito. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1906.
- 1906 - Legislação operária portuguesa: exposição e critica. Coimbra: França Amado, 1906.
- 1908 - Ciência e administração colonial, vol. I – Introdução, Coimbra, 1908, (Lições em 1907 1908).
- 1909 - Política colonial, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1909. (Lições em 1908-1909).
- 1910 - Economia Social: lições feitas ao Curso do 4º ano jurídico no ano de 1909-1910, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1910.
- 1910 - Economia Colonial, lições feitas ao Curso do 4.° ano jurídico no ano de 1909-1910, vol. I, Coimbra, 1910.
- 1911 - "Regime monetário colonial", in Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa, 29.ª série, 1911
- 1911 - Consulta de 30 de Dezembro de 1911 sobre Dotação da Divida Interna, Junta do Crédito Público.
- 1912 - Finanças coloniais, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1912.
- 1913 - Consulta de 6 de Janeiro de 1912 sobre a Divida Inscrita, Lisboa, 1913, Junta do Crédito Público.
- 1914 - Teoria económica das reservas bancárias. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1914.
- 1916 - Colonizações Ibéricas, A Questão Ibérica [Integralismo Lusitano], Lisboa, Tipografia do Anuário Comercial, 1916, pp. 193-219.
- 1936 - Economia política: lições proferidas ao curso do 2º ano da Faculdade de Direito, 1936.
- 1938 - A propos de l'Alliance Anglaise; notes d'histoire diplomatique par Armand Marques Guedes. Lisbonne: Institut Français au Portugal, 1938.
- 1939 - Prefácio a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses: alguns momentos da sua vida: considerações jurídicas / José de Sousa e Mello, Lisboa, Tip. Largo dos Caminhos de Ferro, 1939.
- 1940 - Crítica do Socialismo Utópico, dos Idealistas e do Socialismo Revolucionário dos Marxistas, Lisboa, Propaganda da União Nacional (Formação Política).
- 1940 - Economia política (bancos de emissão, câmbios, comércio). Lisboa : [s.n.], 1940.
- 1940 - A antiga Bolsa do Porto, [S.l. : s.n.], 1940.
- 1940 - Os diplomatas do Portugal restaurado, Lisboa, 1940.
- 1941 - Discurso de Ruy Ulrich na sessão da Classe de Letras de homenagem ao Brasil em 12 de Junho de 1941. Lisboa, 1941.
- 1942 - Discurso proferido na Sessão Comemorativa do I Centenário de Manuel Pinheiro Chagas, Lisboa: Ottosgráfica, 1942.
- 1943 - Economia política: repartição, propriedade, renda, juro, Lisboa, 1943.
- 1945 - Oliveira Martins o economista, Lisboa, 1945.
- 1947 - Introdução ao Estudo da Economia Política, (Lições proferidas na Faculdade de Direito de Lisboa no ano lectivo de 1946-1947), Lisboa: [s.n.], 1947.
- 1947 - Discurso proferido na solene sessão da Academia das Ciências de Lisboa, comemorativa do Cinquentenário do Governo Colonial de António Enes, em 4 de Novembro de 1946, Lisboa, 1947.
- 1948 - Manipulações monetárias e preços, Coimbra, 1948.
- 1949 - Economia Política, Lisboa, Escolas Profissionais de São José.
- 1950 - Economia política (os transportes), Lisboa, 1950.
- 1954 - Conferência proferida na sala de leitura de D. Manuel II do Paço Ducal de Vila Viçosa em 30 de Abril de 1954, Lisboa: Fundação da Casa de Bragança, 1954.
1954 - Discurso pronunciado na solene sessão comemorativa do I centenário do falecimento de Almeida Garrett, realizada no Salão Nobre da Academia das Ciências, em 9 de Dezembro de 1954, Lisboa. - 1957 - Conceito de Industrialização, Lisboa, 1957.
- 1957 - Conveniência da industrialização: alguns aspectos, Lisboa, 1957.
- 1961 - Prefácio a Tractatus de assecvrationibvs et sponsionibvs..., de Pedro Santerna Lvsitano. Lisboa: Grémio dos Seguradores, 1961.
- 1962 - Prefácio a Seguro de acidentes de trabalho e doenças profissionais, de Henrique Salgado, Lisboa: [s.n.], 1962.
- História da Administração Colonial.
- 2006 - Prefácio a Tractatus de assecurationibus et sponsionibus, nunc primùm luce donatus, de Pedro Santerna Lusitano, com notas biográficas de Moses Amzalak. 3ª ed., Lisboa Instituto de Seguros de Portugal, 2006.
Carreira académica, empresarial, diplomática
A 21 de Agosto de 1911 foi eleito pelos Juristas Primeiro Vogal Substituto para a Junta do Crédito Público, no triénio de 1911-1914, sendo chamado a substituir um Vogal Efectivo da mesma Junta a 7 de Setembro, servindo até 5 de Novembro seguinte. Chamado novamente, a 25 do mesmo mês, ficou até 6 de Janeiro de 1912.
- 1914 - 1927 - Diretor do Banco de Portugal.
- 1920 - 1933 - Administrador da Companhia de Moçambique.
- 1922 - 1933 - Administrador e Presidente do Conselho de Administração da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses
- 1929 - 1930 - Delegado de Portugal à Conferência de Reparações em Haia.
- 1933 - Administrador das Companhias Reunidas de Gás e Eletricidade, da Companhia dos Caminhos de Ferro de Benguela e da Companhia de Seguros Ultramarina.
- 1933 - 1935 - Embaixador de Portugal em Londres.
- 1935 - Procurador à Câmara Corporativa (1935-1938; 1938-1942; 1942-1945; 1945-1949; 1949-1953 [sem registo de actividade]; 1961-1965).
- 1936 - Presidente da Companhia Nacional de Navegação.
- 1936 - Professor Catedrático e Diretor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa
- 1937 - Director da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
- 1940 - Vogal da Junta Nacional da Marinha Mercante.
- 1944 - Presidente do Centro de Estudos Económicos.
- 1950-1953 - Embaixador de Portugal em Londres.
1949 - ... Foi ainda Membro do Conselho dos Suplentes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e da Delegação Portuguesa às Reuniões do Conselho da O.T.A.N. em Londres, Bruxelas, Otava, Roma e Lisboa
Carreira política
Na 1ª Legislatura, de 1935 a 1938, na 12.ª Secção - Crédito e Seguros, subscreveu ou relatou:
- 95/I – Importação de azeite,
- 96/I – Condicionamento industrial, como Relator,
- 97/I – Organização corporativa da agricultura,
- 98/I – Remodelação dos serviços dos correios, telégrafos e telefones,
- 106/I – Autorização de receitas e despesas para 1938,
- 108/I – Autorização ao Governo para contrair um empréstimo interno amortizável de 3 1/2 por cento, como Relator,
- 110/I – Tarifas ferroviárias, como Relator,
- 114/I – Cadastro geométrico da propriedade rústica,
- 115/I – Povoamento florestal,
- 119/I – Estudos e obras de hidráulica agrícola,
- 121/I – Estatuto Jurídico dos Caminhos de Ferro, como Relator,
- 122/I – Plano de Fomento da Colónia de Angola
- 123/I - Colonização interna.
Na II Legislatura, de 1938 a 1942, na 11.ª Secção - Transportes e Turismo como Assessor e na 25.ª Secção - Finanças e Economia Geral também como Assessor, subscreveu ou relatou:
- 1/II – Autorização de receitas e despesas para o ano de 1939,
- 5/II – Electrificação rural do País,
- 7/II – Rectificações dos mapas do plano do povoamento florestal,
- 8/II – Exploração de pedreiras, como Relator,
- 10/II – Fomento mineiro,
- 11/II – Navegação para as colónias,
- 12/II – Autorização de receitas e despesas para 1940,
- 20/II – Autorização de receitas e despesas para 1941,
- 24/II – Autorização de receitas e despesas para 1942,
- 25/II – Autorização ao Governo para emitir um empréstimo consolidado de 3 1/2 por cento, como Relator,
- 26/II – Autorização ao Governo para criar um imposto sobre os lucros extraordinários de guerra
- 30/II - Indústrias derivadas da produção agrícola.
Durante a III Legislatura, de 1942 a 1945, na 24.ª Secção - Finanças e Economia Geral como Assessor, subscreveu ou relatou:
- 20/III – Autorização de receitas e despesas para 1945;
- 22/III – Suplemento eventual de vencimentos dos funcionários e mais servidores do Estado;
- 23/III - Coordenação de transportes terrestres, como Relator.
Durante a IV Legislatura, de 1945 a 1949, fez parte do Conselho da Presidência e da 24.ª Secção - Finanças e Economia Geral como Assessor, tendo subscrito ou relatado:
- 3/IV – Melhoramentos agrícolas,
- 4/IV – Acordos entre os Governos de Portugal e da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte sobre serviços aéreos entre os territórios português e britânico e através deles, como Relator,
- 6/IV – Foros,
- 10/IV – Estabelecimentos fabris do Ministério,
- 12/IV – Melhoramentos no porto de Lisboa,
- 14/IV – Autorização de receitas de despesas para 1947,
- 16/IV – Inquilinato,
- 17/IV – Reorganização do parcelamento da serra de Mértola,
- 19/IV – Restrição do plantio da vinha,
- 20/IV – Imposto sobre sucessões e doações, como Relator,
- 21/IV – Carta dos solos de Portugal,
- 24/IV – Receitas e despesas para 1948,
- 27/IV – Guarda rural e fomento de caça e pesca desportivas,
- 29/IV – Questões conexas com o problema da habitação;
- 39/IV - Tratado do Atlântico Norte, como Relator.
Na V Legislatura, entre 1949 e 1953, no Conselho da Presidência e na 24.ª Secção - Finanças e Economia Geral como Assessor, não subscreveu ou relatou pareceres.
Na VIII Legislatura, entre 1961 e 1965, no Conselho da Presidência e na 10.ª Secção - Crédito e Seguros, 1.ª Subsecção - Crédito e 2.ª Subsecção - Seguros, subscreveu ou relatou quatro pareceres:
- 7/VIII – Junta de Planeamento Económico Regional,
- 9/VIII – Revisão da Lei n.º 2066 de 27 de Junho de 1953 (Lei Orgânica do Ultramar Português),
- 18/VIII – Projecto de Plano Intercalar de Fomento para 1965-1967 (Continente e ilhas)
- 21/VIII - Regime jurídico dos acidentes de trabalho e das doenças profissionais.
Condecorações nacionais
1929 - Em 19 de Outubro, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo de Portugal;
1935 - Em 25 de Março, foi agraciado com a Grã-Cruz da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico de Portugal.
Referências
1934 - Arnaldo Henriques de Oliveira (org.); Carlos Coimbra (prefácio), Catálogo da notável e preciosa biblioteca do Exmo senhor Doutor Ruy Ennes Ulrich, Lisboa: Livraria Manuel dos Santos, 1934.
1947 - Quem é Alguém. Lisboa: Portugália Editora, 1947.
1969 - "Livro de Família", Filipe de Lima Mayer, Edição do Autor, 1.ª Edição, Lisboa, 1969, Volume I, p. 61.
2004 - Fernando de Castro Brandão, A demissão de Rui Ulrich, embaixador em Londres (1935), Lisboa, Ministério dos Negócios Estrangeiros, 2004 [Sep. de Negócios Estrangeiros, nº 7, (Setembro de 2004, pp. 125-137].
2005 - «Veva de Lima (casa)». Revelar LX. 2005.
2006 - Maria Filomena Mónica (coordenadora) (2006). Dicionário Biográfico Parlamentar (1834-1910). Vol. III, Lisboa, Assembleia da República. p. 930
2006 - "Fernando Ulrich banqueiro por tradição familiar", Jornal Económico. 14 de Junho de 2006.
2011 - Pedro Jorge Castro, "Os anos mais loucos da alta sociedade em Portugal". Sábado. Edirevistas, S.A., 10 de Setembro de 2011.
"Raízes e Memórias", Associação Portuguesa de Genealogia, Lisboa, N.º 10, pp. 179 e 189
"Ulrich (Rui Enes)". Portugal - Dicionário Histórico.
Rui Enes Ulrich» (PDF). Assembleia da República. Acedido em 13 de Junho de 2024.
"Raízes e Memórias", Associação Portuguesa de Genealogia, Lisboa, nº 10, p. 189.
Ulrich (João Henrique). Portugal - Dicionário Histórico. Acedido em 13 de Junho de 2024.
Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado de pesquisa a "Rui Ennes Ulrich". Presidência da República Portuguesa. Acedido em 13 de Junho de 2024.
Arquivos
A Fundação Maria Ulrich fez doação de documentação ao Banco de Portugal, respeitante ao período entre 1911 e 1929, referente à Caixa Filial e Agências e à Companhia de Moçambique da qual Rui Ulrich foi administrador e presidente de 1920 e 1933. Existe ainda documentação diversa de carácter particular.
[13 de Junho de 2024 - J.M.Q]